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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 136 – 6 de Dezembro de 2009

MILTON  R. MEDRAN MOREIRA 
medran@via-rs.net
Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil)

 

Olhos e ouvidos de Deus


 
Quem, como eu, teve educação religiosa na infância, sabe. Para que a gente não caísse na tentação dos pecados que nos levariam ao inferno, ensinavam-nos que Deus tinha um olho muito poderoso e tudo via. Quando estávamos ali para cometer um daqueles pecadinhos próprios de nossa idade, lembrávamos que o olho de Deus estava vendo e... segurávamos!  

Nada escapava àquele olho. Nem nossos pensamentos mais íntimos. Ele invadia nossa alma, sabia de nossos secretos desejos. E o pior de tudo é que, mesmo que ficássemos só na vontade, ele também nos puniria. Porque por pensamento também se pecava. 

Eram tempos em que se acreditava num Deus severo, que não tolerava as fraquezas humanas e nos obrigava a andar na linha. Obedecíamos por medo. 

Há quem tenha saudade desses tempos. Eu não. Pode-se compreender, hoje, que a ética está dentro da alma humana. A vida já nos possibilita entender que ser bom, correto, viver de acordo com a consciência, só traz vantagens. Para nós e para os que nos rodeiam. 

Pena que nem todo o mundo se dá conta disso. Deixaram de crer naquele Deus de antigamente, mas também não foram capazes de descobrir esse outro que está dentro da gente. E porque em nada creem e acham que de seus atos não resultam consequências, tentam enganar todo mundo. Às vezes, uma comunidade inteira. Como julgam que ninguém está vendo, tornam-se capazes de tudo. 

Mas a vida tem seus mecanismos inteligentes, independentemente de nossas crenças. Atribuições que, antes, julgávamos serem da competência exclusiva dos “deuses” são assumidas pelo próprio homem. E é assim que, pouco a pouco, eles vão sendo descobertos:  

Um repórter que se faz passar por corruptor...  

Uma câmara escondida capta o momento exato em que o figurão recebe a propina... 

Uma interceptação telefônica flagrando o acerto entre a empreiteira e o político...  

Os que antes julgavam tudo poder vão, dessa forma, caindo nas malhas da lei e se desmoralizando perante a sociedade. 

Aparatos eletrônicos que desmascaram políticos desonestos, empresários ou profissionais safados são, pode-se dizer hoje, os olhos e os ouvidos de Deus a serviço do homem.  

Talvez, por aí, um dia, eles possam entender que, realmente, não vale a pena. E, mesmo que, por um tempo ainda, não sejam descobertos, eles sofrerão, no íntimo de suas consciências, os efeitos do mal praticado. 

Nos perfeitos mecanismos das leis da vida, não há lugar para a impunidade. 


     


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita