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Clássicos do Espiritismo
Ano 3 - N° 136 – 6 de Dezembro de 2009

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
 

A Evolução Anímica

  Gabriel Delanne

 (Parte 15)

Damos continuidade nesta edição ao estudo do clássico A Evolução Anímica, que será aqui estudado em 17 partes. A fonte do estudo é a 8ª edição do livro, baseada em tradução de Manoel Quintão publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. O Espírito reencarna onde quer?

Não. No mundo sideral há leis tão ou mais rigorosas do que as que regem o nosso mundo. As afinidades perispiríticas e as leis magnéticas do pensamento e da vontade representam, no feito, um grande papel. (A Evolução Anímica, pp. 205 e 206.) 

B. Por que muitos obsidiados são tidos muitas vezes como loucos?

A subjugação ou a obsessão simples não são, a bem dizer, um estado consciencial. Trata-se simplesmente da intermissão e imposição de um Espírito a comunicar-se, a impedir que outros o façam, ou a substituir os evocados. Muitos obsidiados são tratados como loucos porque se atribui à alucinação o que de fato não passa de sugestão espiritual incoercível. Quando vemos uma pessoa hipnotizada rir, chorar, executar passivamente os atos mais extravagantes, compreendemos que a atuação do Espírito obsessor é substancialmente idêntica à do hipnotizador humano sobre o seu paciente. A única diferença é que, na obsessão, a vontade operante tanto pode ser de um como de alguns agentes invisíveis e inacessíveis aos processos correntes de que dispõe a Medicina. (Obra citada, pp. 211 a 213.)  

C. É difícil distinguir a loucura da obsessão?

Sim. O motivo disso é que os sentidos são suscetíveis de alucinação consequente a desordens do sistema nervoso, independente de uma intervenção externa e ostensiva. É preciso, portanto, grande prática e muito discernimento para reconhecer a origem do mal. (Obra citada, pág. 217.)  

Texto para leitura 

155. Note-se ainda que o Espírito não reencarna onde quer. No mundo sideral há leis tão ou mais rigorosas do que as que regem o nosso mundo. As afinidades perispiríticas e as leis magnéticas do pensamento e da vontade representam, no feito, um grande papel. Os Espíritos errantes que não compreendem as grandes leis da evolução são propensos a reencarnar na Terra, objetivando dar livre curso às paixões que não podem satisfazer no espaço. Se isso lhes fosse permitido, assediariam as classes ricas, tomariam os ambientes que chamamos privilegiados. Falta-lhes, porém, a correspondência fluídica com esses encarnados e, por isso, lhes é vedado o acesso a esses ambientes. Pertencemos a uma certa categoria de Espíritos que, mais ou menos no mesmo ritmo, procuram conjugar a sua evolução ajudando uns aos outros. Através das vidas sucessivas, podemos escalar todas as posições sociais e prestar-nos mútuo socorro. (Págs. 205 e 206)  

156. Da mesma maneira que existem famílias que honram as artes, existem famílias outras nas quais os vícios constituem o traço característico. Dr. Morel refere a história de uma família dos Vosges, na qual o bisavô alcoólatra sucumbira ao próprio vício. O avô, assaltado pela mesma paixão do álcool, morreu maníaco. Ele teve um filho mais sóbrio, que não escapou, porém, da hipocondria, com tendências homicidas, e um neto que acabou, por sua vez, atingido pela idiotia. Assim, na primeira geração, excessos alcoólicos. Na segunda, embriaguez hereditária. Na terceira, diátese hipocondríaca. Na quarta, estupidez e possível extinção da prole. (Pág. 206)  

157. Muitas vezes – explica Delanne – é como prova que o Espírito encarna nessas famílias, por querer adquirir forças para domar a matéria. O sr. Trélat conta o caso de uma senhora morigerada e econômica que era assaltada por crises dipsomaníacas irresistíveis. A mãe e uma tia dela eram também alcoólatras. (Pág. 206)  

158. Casos há, admite Delanne, em que o crime e a loucura são hereditários. Outro fato, verificado pelos Drs. Férus e Lélut, é ser a loucura muito mais frequente nos criminosos do que nos outros homens. Grande é o número de criminosos cujos ascendentes deram mostras de loucura. Está nesse número o célebre Verger, que matou o arcebispo de Paris. A mãe e um irmão de Verger morreram loucos – da loucura do suicídio. (Págs. 206 e 207)  

159. A loucura – A loucura propriamente dita faz-se acompanhar sempre de um estado mórbido dos órgãos, que se traduz, as mais das vezes, por uma lesão. A alienação será, pois, uma enfermidade física quanto à sua causa, embora mental quanto à maioria dos seus efeitos. Pode a loucura transmitir-se por via hereditária, mas às vezes se transforma, quando manifesta nos descendentes. Nada é tão comum como ver a loucura degenerar em suicídio, ou o suicídio degenerar em loucura, alcoolismo, hipocondria. (Pág. 207)  

160. Há famílias cujos membros, com raras exceções, são acometidos de loucura, na mesma idade. Mas é preciso assinalar, no entanto, que muitos desses casos, atribuídos a enfermidades do cérebro, são produzidos pela ação de Espíritos desencarnados. A obsessão apresenta, amiúde, todos os sintomas da legítima loucura. Em casos assim, não é do corpo, mas da alma que importa cuidar. Dirigindo-nos ao Espírito obsessor, podemos conseguir, algumas vezes, fazê-lo abandonar a presa. A bibliografia espírita menciona algumas curas deste gênero. (Pág. 208)  

161. Se nos dermos ao cuidado de observar um grande número de fatos chamados alucinatórios, facilmente concluiremos que muitas vezes não passam de simples vidência mediúnica. As visões de Carlos IX, citadas por Sully, levam-nos a crer que em torno do sanguinário rei reuniam-se muitos Espíritos para clamar vingança. Abercombie cita o caso de um vidente que não sabia diferenciar se as pessoas que via eram entidades reais ou fantasmas. (Págs. 208 e 209)  

162. Quando o corpo não goza saúde perfeita, isto é, quando as relações normais entre alma e corpo se perturbam, a força vital pode exteriorizar-se parcialmente, dando azo a que Espíritos malévolos tirem disso partido. Importa, pois, nesses casos peculiares, cuidar simultaneamente do corpo e da alma. E a cura será tanto mais rápida quanto melhor conheçamos a natureza do mal. (Pág. 210)  

163. A obsessão – Reportando-se diretamente à obra de Kardec, que ele aconselha devamos consultar sempre que nos depararmos com enfermidades desta espécie, Delanne disserta sobre a obsessão e a loucura. Eis, de forma resumida, os pontos principais contidos nesse estudo: I – Há que fazer rigorosas distinções entre a obsessão, a fascinação, a possessão e a loucura propriamente dita, que compreende a alucinação, a monomania, a mania, a demência e a idiotia. II – Entre a obsessão e a subjugação integral há várias gradações que, agravando-se com o tempo, podem produzir verdadeiras lesões cerebrais. III – A subjugação ou a obsessão simples não são, a bem dizer, um estado consciencial. Trata-se simplesmente da intermissão e imposição de um Espírito a comunicar-se, a impedir que outros o façam, ou a substituir os evocados. O médium tem, pois, nesses casos a noção do que se passa. IV – Na fascinação, o fenômeno se acentua e as consequências tornam-se mais graves. O médium não se julga ludibriado, mas não goza do seu livre-arbítrio e só obedece às injunções do Espírito: é a hipnotização espiritual a exercer-se. V – Às vezes são vários os Espíritos que se agregam para atormentar a vítima, de modo que, simplesmente obsidiada no começo, ela acaba realmente louca. Aos que não compreendem que os Espíritos possam empregar seu tempo para torturar os encarnados, basta lançar os olhos à Gazeta dos Tribunais e verificar quanta baixeza a Humanidade é capaz de praticar. VI – Os Espíritos atrasados alimentam as paixões mais ignóbeis, sobretudo a da vingança, se puderem identificar na carne um ser que lhes tenha feito mal. VII – Muitos obsidiados são tratados como loucos porque se atribui à alucinação o que de fato não passa de sugestão espiritual incoercível. Quando vemos uma pessoa hipnotizada rir, chorar, executar passivamente os atos mais extravagantes, compreendemos que a atuação do Espírito obsessor é substancialmente idêntica à do hipnotizador humano sobre o seu paciente. A única diferença é que, na obsessão, a vontade operante tanto pode ser de um como de alguns agentes invisíveis e inacessíveis aos processos correntes de que dispõe a Medicina. (Págs. 211 a 213)  

164. Depois de relatar o caso da Senhorita M..., extraído da obra de Brierre de Boismont, Delanne explica que a anulação da vontade diante da sugestão dos Espíritos prende-se à fraqueza do sistema nervoso, e é fácil reproduzi-la artificial e transitoriamente com um indivíduo hipnotizável. Os obsidiados podem comparar-se, portanto, com os sonâmbulos em vigília que, embora sofrendo a ação do magnetizador, mantêm consciência do seu estado. Um caso tirado da obra de Charles Richet mostra como as coisas se passam no caso dos sonâmbulos. (Pág. 213 a 217)  

165. O Espiritismo oferece, desse modo, uma explicação lógica de certos estados da alma averbados de loucura e que, absolutamente, nada têm de comum com as falsas percepções e com as perturbações cerebrais, porque se prendem a uma certa ação análoga à da sugestão hipnótica, cuja causa há que procurar no mundo espiritual. O que torna difícil distinguir a loucura da obsessão é que os sentidos são suscetíveis de alucinação consequente a desordens do sistema nervoso, independente de uma intervenção externa e ostensiva. É preciso, portanto, grande prática e muito discernimento para reconhecer a origem do mal. (N.R..: Delanne foi muito feliz ao escrever essas palavras, porque o Dr. Célio Trujilo Costa, médico-psiquiatra e conhecido estudioso do Espiritismo, diretor clínico do Hospital Espírita de Psiquiatria Bom Retiro, afirma que só uma meticulosa observação pode levar o especialista a distinguir uma crise obsessiva de um surto de esquizofrenia.) (Pág. 217)  (Continua no próximo número.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita