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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 134 – 22 de Novembro de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(Parte 23)

Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Que papel Kardec teve na codificação do Espiritismo?

Falando aos espíritas da Bélgica, Kardec disse que seu papel não foi o de inventor, nem o de criador do Espiritismo. “Vi, observei, estudei os fatos com cuidado e perseverança; coordenei-os e lhes deduzi as consequências: eis toda a parte que me cabe”, arrematou o Codificador do Espiritismo. (Revue Spirite de 1864, pág. 325.)

B. Qual é o principal efeito do arrependimento?

Segundo Kardec, o Espírito culpado não compreende realmente a gravidade de seus erros senão quando se arrepende. O arrependimento traz-lhe então o pesar e o remorso, sentimento doloroso que, no entanto, é a transição do mal para o bem, da doença moral para a saúde moral. O caso Jaques Latour comprovou essa assertiva. (Obra citada, p. 333.) 

C. Que proveito podemos tirar das existências passadas se não lembramos o que fomos nem o que fizemos?

Essa questão - diz Kardec - está completamente resolvida. De fato, se o mal que praticamos estiver apagado e nenhum traço dele reste, sua lembrança será inútil. Se dele ainda restar algum vestígio, por não nos havermos corrigido completamente, podemos conhecê-lo por nossas tendências atuais. Basta então saber o que somos, sem que seja necessário saber o que fomos. (Obra citada, pág. 334.) 

Texto para leitura

270. Demonstrando o Espiritismo, não por hipótese, mas por fatos, a existência do mundo invisível e o futuro que nos aguarda, ele dá ao homem a força moral, a coragem e a resignação, porque todos passam a saber que não trabalham apenas pelo presente, mas pelo futuro. O homem tem, assim, uma base sólida para o estabelecimento da ordem moral na Terra, em que a solidariedade e a fraternidade deixam de ser palavras vãs. E, imbuído dessas ideias, ele tende a conformar a elas suas leis e suas instituições sociais. (P. 324)

271. Se os detratores do Espiritismo – dizemos dos que militam pelo progresso social, pela emancipação dos povos, pela liberdade e reforma dos abusos – conhecessem as verdadeiras tendências do Espiritismo, em vez de o atacar, veriam nele a mais poderosa alavanca para chegar-se à destruição dos abusos que combatem. (P. 325)

272. Tal é, em resumo, o ponto de vista sob o qual se deve encarar o Espiritismo - disse Kardec -, concluindo sua alocução dirigida aos espíritas da Bélgica, a quem reiterou que seu papel não foi o de inventor, nem o de criador. “Vi, observei, estudei os fatos com cuidado e perseverança; coordenei-os e lhes deduzi as consequências: eis toda a parte que me cabe”, arrematou o Codificador do Espiritismo. (P. 325)

273. Num interessante artigo biográfico sobre Méry, publicado pelo Journal Littéraire de 25-9-1864, Pierre Dangeau afirma que Méry acreditava firmemente ter vivido várias vezes na Terra e se lembrava das menores circunstâncias de suas existências precedentes. Kardec aproveita o ensejo para mostrar que a lei das vidas sucessivas não é um fato circunstancial e isolado, mas abarca a todas as pessoas e que, conforme Méry atestava em suas lembranças, nada do que adquirimos em inteligência, em saber e em moralidade fica perdido. (PP. 326 a 328)

274. Kardec reitera ainda, em seu comentário, os motivos que, segundo os Espíritos, dão causa ao esquecimento de nossas existências passadas e afirma que, à medida que o indivíduo se depura, os laços materiais são menos tenazes e o véu que obscurece o passado é menos opaco. Desse modo, a faculdade da lembrança retrospectiva segue também o desenvolvimento do Espírito. (P. 329)

275. A Revue traz novas comunicações de Jaques Latour. Numa delas, o Espírito diz que, se os culpados da Terra pudessem vê-lo, ficariam apavorados com as consequências de seus crimes. “Que responsabilidade - diz Latour - assumem os que recusam a instrução às classes pobres da sociedade! Julgam que com a polícia e os guardas podem prevenir os crimes. Como estão errados!” (PP. 330 a 332)

276. Latour disse ainda, arrependido, que se ele tivesse sido bem guiado na vida, não teria feito todo o mal que fizera. Como seus instintos não haviam sido reprimidos, a eles obedeceu, pois não conhecia freios. “Se todos os homens - afirmou Latour - pensassem bastante em Deus, ou, pelo menos, se todos os homens nele acreditassem, semelhantes coisas não mais seriam praticadas.” (P. 333)

277. Comentando as diversas comunicações de Latour, Kardec destaca o valor do arrependimento para aquele que erra, porquanto o Espírito não compreende realmente a gravidade de seus erros senão quando se arrepende. O arrependimento traz o pesar, o remorso, sentimento doloroso que é, todavia, a transição do mal para o bem, da doença moral para a saúde moral. O caso Jaques Latour comprova essa assertiva. (P. 333)

278. Há, no entanto, pessoas que perguntam que proveito pode ser tirado das existências passadas, se a gente não se lembra do que foi nem do que fez. Essa questão - diz o Codificador - está completamente resolvida. De fato, se o mal que praticamos estiver apagado e nenhum traço dele reste, sua lembrança será inútil. Se dele ainda restar algum vestígio, por não nos havermos corrigido completamente, podemos conhecê-lo por nossas tendências atuais. Basta então saber o que somos, sem que seja necessário saber o que fomos. (P. 334)

279. Durante a vida, quando se sabe da reprovação que acompanha o culpado, deve-se agradecer a Deus por haver lançado um véu sobre o nosso passado. Se Latour tivesse sido condenado há muito tempo e, assim, resgatado seus débitos, seus antecedentes criminais em nada o ajudariam ante a sociedade. Conquanto arrependido, quem o teria admitido na intimidade? Ora, os sentimentos que manifesta como Espírito arrependido nos dão a esperança de que, na próxima existência terrena, será um homem honesto e considerado, e o véu lançado sobre o passado lhe abrirá a porta da reabilitação. (P. 334)

280. A Revue divulga três comunicações obtidas pela sra. Delanne em que o comunicante, o Espírito de Pierre Legay, se exprime exatamente como fazia em vida, imaginando que ainda estivesse entre os encarnados. Curiosamente, os Espíritos de Pierre Legay e do Sr. Colbert, morto há trinta anos, se viam e conversavam como se estivessem no corpo físico, sem se darem conta de sua situação. (PP. 336 a 341)

281. Kardec informa que os que se acham em situação idêntica à de Pierre Legay  parecem mais numerosos do que se pensa, e não uma exceção. Temos, assim, em redor de nós Espíritos que têm consciência da vida espiritual e uma porção de outros que vivem, por assim dizer, uma vida semimaterial, julgando-se ainda neste mundo. (PP. 340 e 341) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita