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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 134 – 22 de Novembro de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 11)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como foi o encontro de Leonardo Pires com Esteves?

O encontro não foi dos mais agradáveis. Esteves percebeu, ao chegar ao recinto, a presença de Lola e Leonardo, a quem reconheceu, estarrecido e agoniado. Leonardo, dando um salto para trás, bradou: "Agora! agora, sim!... Vieste mesmo! Vejo-te, fora de minha cabeça, vejo-te como és!... Liquidemos nossa conta... Risca-me dentre os vivos ou eu te riscarei!..." Esteves, sacudido pelas próprias reminiscências, respondeu-lhe, agres­sivo: "Conheço-te e odeio-te!... Assassino, assassino!..." Como as duas entidades se engalfinhariam, Clarêncio interferiu, imobilizando-os prontamente. (Entre a Terra e o Céu, cap. XIV, págs. 90 a 92.)

B. Esteves, ao despertar no corpo físico, lembrou-se do que aconteceu?

Sim, mas interpretou de modo particular o ocorrido. Ele – que agora se chamava Mário Silva e era enfermeiro de profissão – disse à sua mãe que sonhara que al­guém o chamara, a distância, em alta voz. Pensando tratar-se de algum doente em estado grave, ele foi, mas, ao invés de topar um doente, viu-se numa cela mal iluminada e úmida. "Era um perfeito cubí­culo de prisão, onde me surpreendi encarcerado, de repente, junto de um crimi­noso de mau aspecto e de infortunada mulher em pranto...", re­latou ele. "Senti tanta simpatia pela moça desventurada, quanta aver­são pelo réu de medonha catadura. Tive, porém, a impressão nítida de que nos conhecíamos. Um misto de ódio e sofrimento me tomou de as­salto, junto deles, principalmente ao lado do infeliz, cujo olhar se me afi­gurava cruel..." (Obra citada, cap. XV, págs. 93 a 95.)

C. André Luiz quis seguir o enfermeiro para obter novos informes, mas Clarêncio o impediu. Por que Clarêncio agiu assim?

André pretendia, de fato, seguir Mário Silva, para recolher novas informações acerca do caso que começava a tornar-se fasci­nante. Mas Clarêncio explicou-lhe que não é bom incomodar os encarnados durante o dia, provocando eluci­dações que seriam desagradáveis e fora de ocasião. "Aguardemos a noite – propôs o Instrutor –, porque enquanto o corpo físico se refaz a alma invariavelmente procura o lugar ou o objeto a que imanta o cora­ção." (Obra citada, cap. XV, págs. 97 e 98.)

Texto para leitura

40. Esteves aparece - Alguns instantes se passaram, e nova personagem deu entrada na sala. Era José Esteves, parcialmente liberto pelo sono, que favorece tais entendimentos, pela atração magnética mais in­tensivamente facilitada, quando o envoltório de matéria densa exige recuperação. Parecia contar então trinta e cinco anos e não perceber no recinto a presença de outros Espíritos que não fossem Lola e Leo­nardo, a quem reconheceu, estarrecido e agoniado. Aliás, os três pro­tagonistas daquele encontro jaziam repentinamente hipnotizados por vi­brações de assombro e desespero. Leonardo, então, dando um salto para trás, bradou: "Agora! agora, sim!... Vieste mesmo! Vejo-te, fora de minha cabeça, vejo-te como és!... Liquidemos nossa conta... Risca-me dentre os vivos ou eu te riscarei!..." Antonina pedia-lhe piedade, e Esteves, sacudido pelas próprias reminiscências, respondeu-lhe, agres­sivo: "Conheço-te e odeio-te!... Assassino, assassino!..." Como as duas entidades se engalfinhariam, sem dúvida, como animais enfureci­dos, Clarêncio interferiu, imobilizando-os prontamente. Tocado pelo Ministro, Esteves enxergou os benfeitores espirituais, acalmando-se. O Ministro, dirigindo-se então a Leonardo com voz segura, concitou: "Meu amigo, extirpa da mente a ideia do crime. Achas-te cansado, enfermo. Recebe­rás a medicação de que necessitas". Num átimo, Clarêncio ausentou-se e regressou trazendo consigo dois amigos espirituais que transportaram Leonardo, semi-inconsciente, para uma casa de reajuste, onde mais tarde receberia a assistência de André e seus amigos. Este­ves foi aco­modado numa poltrona e Antonina restituída a seu quarto, mas foi grande a dificuldade para recompô-la em espírito e religá-la à vesti­menta carnal, quase inerte. Por mais de duas horas ela exigiu atenção das entidades e, mesmo assim, quando acordou estava exausta e entonte­cida. Antonina acreditou-se liberta de estranho pesadelo e, sem saber explicar a razão, continuava soluçando... (Cap. XIV, págs. 90 a 92)  

41. O sonho - Esteves, amedrontado, suplicou que não o prendessem, porque ele fora a vítima, e retirou-se para a via pública, vagarosa­mente, regressando ao seu lar. Clarêncio e os demais seguiram-no a pe­quena distância. Novo dia se iniciava: eram cinco horas e trinta minu­tos. Esteves entrou em seu apartamento e se esforçou por reaver o corpo físico, contando para isso com a ajuda afetuosa de Clarêncio, com o que ele pôde recuperar a calma natural. Quinze minutos depois, o despertador tilintou e o rapaz acordou, guardando a impressão de ter tido um mau sonho. Ele se chamava então Mário Silva, enfermeiro de profissão. Na sala do apartamento, sua mãe o saudou, carinhosa, e ele, para explicar o semblante carregado logo cedo, relatou-lhe o sonho que tivera. Al­guém o chamara, a distância, em alta voz. Pensando tratar-se de algum doente em estado grave, ele foi, mas, ao invés de topar um doente, viu-se numa cela mal iluminada e úmida. "Era um perfeito cubí­culo de prisão, onde me surpreendi encarcerado, de repente, junto de um crimi­noso de mau aspecto e de infortunada mulher em pranto...", re­latou ele. "Senti tanta simpatia pela moça desventurada, quanta aver­são pelo réu de medonha catadura. Tive, porém, a impressão nítida de que nos conhecíamos. Um misto de ódio e sofrimento me tomou de as­salto, junto deles, principalmente ao lado do infeliz, cujo olhar se me afi­gurava cruel..." (Cap. XV, págs. 93 a 95) 

42. A explicação do sonho - Mário explicou à sua mãe não entender por que não se retirara daquele lugar, visto que sua vontade era agredir o homem que o repelia, ao mesmo tempo em que desejava acariciar a infe­liz mulher. Eles só não se engalfinharam numa luta de resultados im­previsíveis, porque apareceu de repente um delegado policial, seguido de dois guardas. Seu adversário fora então conduzido para fora e a jo­vem levada para o interior do cárcere... "Depois... depois, não con­sigo precisar as recordações... Sei apenas que me pus a correr, em fuga para nossa casa, de vez que os policiais se mostravam igualmente dispostos a recolher-me", concluiu o enfermeiro, explicando com isso o seu abatimento. A mãe lhe perguntou: "Meu filho, o sonho terá alguma relação com a nossa Zulmira? A mulher com quem simpatizou não seria, acaso, nossa velha amiga, e o homem que lhe inspirou tanta repugnância não poderia ser interpretado como sendo o esposo dela?" Mário não soube responder e alegou que nunca mais tivera notícia de Zulmira, sa­bendo apenas que ela morava no mesmo bairro e que o marido era ferro­viário de importância. A mãe ponderou: "Nunca pude entender-lhe a ati­tude. Tantos anos de convivência, tantos projetos de felicidade!... Trocar tudo, assim, por um viúvo, acompanhado de dois filhos!..." O rapaz, denotando certa amargura, observou: "Ora, mamãe, evitemos re­cordações sem proveito. Zulmira não deve reaparecer em minha memória e esse Amaro que ela desposou é um ponto negro em meu coração. Creio que o melhor sentimento para eles dois em minha vida íntima é o ódio com que os reúno em minha lembrança. Não desejo revê-los e, francamente, se eu soubesse que residiam aqui, em nossa vizinhança, decidiria nossa transferência para outro rumo..." (Cap. XV, págs. 95 e 96) 

43. Um triângulo amoroso - A mãe de Mário Silva tinha a convicção de que as pessoas, no sono, procuram os afetos ou os desafetos do ca­minho, mas o filho não se ligava a isso e, visivelmente enfadado, bei­jou-a e saiu para o hospital, onde o serviço cirúrgico de duas crian­ças, às oito em ponto, o aguardava. André estava surpreso! Zulmira, a quem Mário se referiu, seria a esposa de Amaro? Clarêncio elucidou o caso: "Realmente, o nosso novo amigo foi noivo de Zulmira, a senhora obsidiada que conhecemos. Pretendia desposá-la, mas foi preterido no coração dela por Amaro, que lhe deve assistência e carinho. O passado fala do presente. Acham-se enredados numa teia de compromissos que lhes reclamam resgate". Nesse comenos, a mãe do enfermeiro, devotada e sensível, meditando no sonho do filho, enquanto varria a casa, orava por ele, rogando a Jesus o abençoasse. Ela sabia quanto seu filho sofreu ao perder a noiva querida e receava vê-lo de novo atormentado e vencido... O pensamento em prece escapava-lhe da cabeça, como tênue esguicho de luz. Clarêncio abeirou-se dela e transmitiu-lhe forças calmantes, sossegando-lhe o coração. Depois, explicou aos pupilos que já a conhecia: "Nossa irmã Minervina é velha conhecida. Recebeu nos braços meia dúzia de filhos que tem sabido conduzir, admiravelmente. Coração abnegado, alma rica de fé". André pretendia seguir Mário Silva, para obter novos informes acerca do caso que começava a tornar-se fasci­nante. Clarêncio, contudo, explicou-lhe (pela segunda vez nesta história) que não é bom incomodar os encarnados durante o dia, provocando eluci­dações que seriam desagradáveis e fora de ocasião. "Aguardemos a noite – propôs o Instrutor –, porque enquanto o corpo físico se refaz a alma invariavelmente procura o lugar ou o objeto a que imanta o coração". (Cap. XV, págs. 97 e 98) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita