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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 133 - 15 de Novembro de 2009

JOSÉ ARGEMIRO DA SILVEIRA
joseargemirosilveira@gmail.com
Ribeirão Preto, São Paulo (Brasil)
 

A Justiça Divina

“Com a medida com que medirdes sereis medidos.” (Mateus, 7:1.) 


Encontramos nos ensinamentos de Jesus muitas passagens onde fica bem claro o esclarecimento sobre a lei de causa e efeito. “Todo o que comete pecado é escravo do pecado” (João, 8:34). “Todos os que tomarem espada, morrerão à espada” (Mt. 26:52). “Se perdoarmos as ofensas recebidas, Deus igualmente perdoará nossos pecados” (Mt. 6:14-15). “O que quereis que vos façam os homens, isso mesmo fazei vós a eles” (Lc. 6:31).  

A humanidade poderia estar em melhor situação, mais evoluída espiritualmente, se esses ensinos tivessem sido compreendidos e praticados. As pessoas se tornariam mais responsáveis, mais honestas, mais cumpridoras dos seus deveres. Entretanto, isto não ocorreu. A compreensão da lei de causa e efeito, ou ação e reação, nos faz sentir que somos os construtores dos nossos destinos, e que, portanto, cabe a cada um trabalhar para melhorar o seu futuro. A lei funciona sempre como as leis que disciplinam os fatos materiais: lei de gravidade, de astronomia, de biologia etc. Tudo o que fazemos, por atos, palavras e pensamentos, produz um resultado correspondente.  

Para se compreender bem o mecanismo da lei de ação e reação é necessário admitir a pré-existência da alma, ou seja, a vida do Espírito antes da existência física atual. Só na existência atual, efetivamente, não há como entender o princípio de causa e efeito. Se admitirmos que todos partimos de um mesmo ponto, criados iguais por Deus, sem conhecimento, sem desenvolvimento, mas com um potencial, com capacidades a serem desenvolvidas, tudo fica compreensível. Se pela criação se conhece o Criador – tal como pela obra se conhece o artífice –, a reencarnação é um pressuposto indispensável para aceitarmos a bondade e a justiça do Supremo Pai. Ora, um pai trata igualmente os seus filhos. E o Pai não criaria alguns filhos dotados de grande inteligência, enquanto outros arrastam a tragédia da debilidade mental ou da idiotia. Um pai ama igualmente os seus filhos. E o Pai não daria vitalidade e saúde para uns, e deformidade e doença para outros. Deus não pode ser injusto. Não podemos imaginar um Deus que protege alguns de seus filhos em detrimento de outros. Deus não pode ser injusto. Não se pode admitir que o Criador distribua flores aos filhos que abençoa e espinhos aos que deserda. Quem pensa isto não conhece a lição luminosa de Jesus, ou, se a conhece, distorceu-a até os limites do absurdo. Afirmou o Mestre: “Qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará coisas boas aos que as pedirem! (Mt. 7:9-11.)  

Se admitirmos que todos partimos do mesmo ponto, em igualdade de condições, com um potencial a desenvolver, compreenderemos que devemos ser bons e evitar ser maus por causa da nossa própria realização e aperfeiçoamento. O Pai nos dá tarefas, as condições adequadas, para desenvolvermos as faculdades, atualizar as potencialidades. Cabe a cada um apressar o seu progresso, e consequentemente a conquista da felicidade. 

As diferenças individuais se referem ao grau evolutivo de cada um. Ou porque já viveram mais, ou porque aproveitaram melhor o tempo, já cresceram mais em conhecimento e virtudes. Daí os predicados que parecem beneficiar uns em detrimento de outros, mas a injustiça é aparente. Ocorre porque só vemos o presente. Na verdade, cada um constrói o seu destino. O presente é resultado do passado, assim como no dia de hoje estamos construindo o amanhã. A cada um segundo suas obras como ensinou Jesus. 

Huberto Rohden, filósofo e sábio brasileiro, foi sacerdote durante cerca de 30 anos. Depois deixou a Igreja, tornando-se um pensador independente. Ele escreveu: “o homem medianamente sensato não se tornará melhor por promessa de prêmio, ou ameaça de castigo póstumo, por dois motivos: 1º) porque os mais sensatos não acreditam no céu ou no inferno da teologia; 2º) porque os crentes nesses lugares póstumos sabem, de acordo com as próprias teologias, que bastam 5 minutos de arrependimento ou confissão para cancelar 50 anos de crimes e maldades. Ninguém se sujeitaria a meio século de vida honesta, em vez de alcançar um céu eterno em 5 minutos”. 

Se na infância e na adolescência da humanidade o homem preferiu se iludir com teorias que lhe acenavam com conquista da “salvação” rapidamente, de maneira até bastante fácil, hoje que já crescemos um pouco mais, que nos achamos amadurecidos, é tempo de encararmos a realidade. Estudar, meditar e procurar compreender os ensinos do Mestre Jesus, empenhando-nos para afeiçoarmos nossas vidas a eles, única maneira de realizarmos nossa evolução espiritual. Edificar o “Reino de Deus” em nós, como disse o Mestre.

     


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita