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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 133 – 15 de Novembro de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(Parte 22)

Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Os Espíritos podem, por meio da mediunidade, servir utilmente às especulações e aos interesses subalternos?

Não. Quando se soube que os Espíritos podiam comunicar-se - lembra Kardec -, um primeiro pensamento, aliás muito natural, foi que eles pudessem servir utilmente às especulações de toda ordem. Não tardou, porém, a se reconhecer que, nesse ponto, só se obtinham mistificações. Assim, não existe hoje um só espírita esclarecido que perca tempo em perseguir tais quimeras, pois todos sabem que Deus não dá aos homens semelhantes meios de enriquecimento e, por esta razão, não permite aos Espíritos revelações desse gênero. (Revue Spirite de 1864, pág. 317.) 

B. Quem pode ser considerado verdadeiro defensor do Espiritismo?

Segundo Kardec, entre os verdadeiros defensores do Espiritismo deveriam colocar-se na primeira linha todos os que militam pela causa com coragem, perseverança, abnegação e desinteresse, sem segunda intenção pessoal; os que buscam o triunfo da doutrina pela doutrina, e os que provam, por seus exemplos, que a moral espírita não é palavra vã. (Obra citada, pág. 320.) 

C. Em que se apoia e se fundamenta o Espiritismo?

O Espiritismo tem sua fonte nos fatos da natureza, em fatos positivos, que se produzem aos nossos olhos e a cada instante. É, pois, resultado da observação, numa palavra, uma ciência: a ciência das relações entre os mundos visível e invisível. Ele nada inventou, porque não se inventa o que está na natureza. Newton não inventou a lei da gravitação; esta lei existia antes dele, embora ninguém a conhecesse. O Espiritismo vem, por sua vez, mostrar uma nova lei, uma nova força da natureza: a que reside na ação do Espírito sobre a matéria, lei tão universal quanto a da gravitação e da eletricidade. Mas não procedeu por via de hipóteses, como o acusam, e não supôs a existência do mundo espiritual para explicar os fenômenos que tinha sob as vistas. Ele procedeu pela via da análise e da observação; dos fatos remontou à causa, e o elemento espiritual se apresentou como força ativa, que ele só proclamou depois de o haver constatado. (Obra citada, pp. 322 e 323.)

Texto para leitura

258. Um certo médico de Zittau, de nome Berthelen, autor de um opúsculo sobre as mesas girantes, organizou uma sociedade intitulada “Associação dos achadores de tesouros”, cujo objetivo era cavar o solo das cidades onde se presumia existissem tesouros enterrados. Uma sonâmbula, Sra. Louise Ebermann, conduzia as operações da empresa. (P. 316)

259. Julgando com essa notícia lançar o descrédito sobre o Espiritismo, os jornais franceses e estrangeiros se deliciaram com o fato. O resultado foi-lhes, porém, adverso, porquanto a repercussão do episódio acabou levando ao aumento do número dos adeptos sérios, os únicos que contam entre os espíritas. (P. 316)

260. A razão disso é simples: aquele que toma contacto com a doutrina espírita aprende desde logo, pela leitura das obras espíritas, que os Espíritos não podem favorecer nenhuma pesquisa dessa natureza. E percebe então que o noticiário é capcioso e falta com a verdade, o que, longe de ser um mal, torna-se um bem para a própria doutrina. (P. 317)

261. Quando se soube que os Espíritos podiam comunicar-se - lembra Kardec -, um primeiro pensamento, aliás muito natural, foi que eles pudessem servir utilmente às especulações de toda ordem. Não tardou, porém, a se reconhecer que, nesse ponto, só se obtinham mistificações. Assim, não existe hoje um só espírita esclarecido que perca tempo em perseguir tais quimeras, pois todos sabem que Deus não dá aos homens semelhantes meios de enriquecimento e, por esta razão, não permite aos Espíritos revelações desse gênero. (P. 317)

262. Em Antuérpia, visitando uma exposição de pintura, Kardec teve sua atenção atraída para um quadro intitulado: Cena de interior de camponeses espíritas, que retratava num interior de fazenda três pessoas em costume flamengo sentadas em volta de um enorme cepo, sobre o qual tinham eles as mãos postas. Se excetuarmos o quadro mediúnico exposto em Constantinopla (mencionado na Revue de julho de 1863), era, segundo Kardec, a primeira vez que o Espiritismo figurava tão claramente confessado nas obras de arte. “É um começo”, observa o Codificador. (P. 318)

263. Falando aos espíritas de Bruxelas e Antuérpia, Kardec disse que entre os verdadeiros defensores do Espiritismo deveriam colocar-se na primeira linha todos os que militam pela causa com coragem, perseverança, abnegação e desinteresse, sem segunda intenção pessoal, que buscam o triunfo da doutrina pela doutrina e que, por seus exemplos, provam que a moral espírita não é palavra vã e se esforçam por justificar esta notável afirmação de um incrédulo: “Com uma tal doutrina, não se pode ser espírita sem ser homem de bem”. (P. 320)

264. O Espiritismo tem sido mais entravado pelos que o compreendem mal do que pelos que não o compreendem absolutamente e, mesmo, por seus inimigos declarados. E o curioso - segundo Kardec - é que os que o compreendem mal geralmente têm a pretensão de compreendê-lo melhor que os outros. (P. 321)

265. Para remediar esses inconvenientes, ou seja, para prevenir as consequências da ignorância e das falsas interpretações, é preciso cuidar da divulgação das ideias justas, em formar adeptos esclarecidos, cujo número crescente neutralizará a influência das ideias erradas. (P. 321)

266. Um fato capital, que deve ser proclamado bem alto: o Espiritismo não é uma concepção individual, um produto da imaginação; não é uma teoria, um sistema inventado. Tem sua fonte nos fatos da natureza, em fatos positivos, que se produzem aos nossos olhos e a cada instante. É, pois, resultado da observação, numa palavra, uma ciência: a ciência das relações entre os mundos visível e invisível. (PP. 322 e 323)

267.  O Espiritismo nada inventou, porque não se inventa o que está na natureza. Newton não inventou a lei da gravitação; esta lei existia antes dele, embora ninguém a conhecesse. Por sua vez, o Espiritismo vem mostrar uma nova lei, uma nova força da natureza: a que reside na ação do Espírito sobre a matéria, lei tão universal quanto a da gravitação e da eletricidade. Mas não procedeu por via de hipóteses, como o acusam, e não supôs a existência do mundo espiritual para explicar os fenômenos que tinha sob as vistas. (P. 323)

268. O Espiritismo procedeu pela via da análise e da observação; dos fatos remontou à causa, e o elemento espiritual se apresentou como força ativa, que ele só proclamou depois de o haver constatado. (P. 323)

269. A ação do elemento espiritual abre, assim, novos horizontes à ciência e lhe dá a chave de uma porção de problemas incompreendidos. Mas, se a descoberta de leis puramente materiais produziu no mundo revoluções materiais, a do elemento espiritual nele prepara uma revolução moral, porque muda totalmente o curso das ideias e das crenças mais arraigadas e mostra a vida sob um outro aspecto, matando a superstição e o fanatismo e dando ao homem um objetivo para o seu trabalho e os seus esforços. (PP. 323 e 324)(Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita