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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 132 - 8 de Novembro de 2009

LEDA MARIA FLABOREA
ledaflaborea@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)
 

Amargura


“O fardo é proporcional às forças, como a recompensa será proporcional à resignação e à coragem.”
  Lacordaire ¹ 

No nosso entender, a palavra amargura pode ter dois significados: o primeiro, ligado à inconformação, à rebeldia ante os desígnios de Deus; e o segundo, significando queixume, descontentamento com a própria vida. 

Independentemente de sua significação, esta é uma atitude que não combina com o servidor de Jesus, se desejamos ser – pressupõe-se que essa deva ser, cristãos que somos, nossa busca constante – Seus discípulos. 

Problemas todos nós temos, até porque o comprometimento ante as leis divinas, que criamos nas estações planetárias pelas quais transitamos, não nos permitiria uma vida isenta de preocupações. Por exemplo, no lar, jardim de espinheiro, onde angústias e inquietações exigem de cada um de nós renúncias e sacrifícios; no trabalho profissional, que não nos agrada realizar, porque quase sempre nos julgamos merecedores de melhores posições, mesmo que não tenhamos as aptidões necessárias para tal; no grupo de assistência social ou espiritual do qual fazemos parte, que não valoriza nossas ideias e esforços, geralmente - segundo nosso ponto de vista – melhores e maiores do que as que estão sendo praticadas. Tudo isso são dificuldades colocadas em nosso caminho, obrigando-nos a refletir sobre o verdadeiro significado de sua presença em nossa existência. 

Somado a isso, surgem, no campo de atuação no qual estamos inseridos, aqueles problemas inerentes à própria existência, uma vez que o planeta onde estagiamos, presentemente, é eivado de dificuldades para nossa sobrevivência. Isto quer dizer que, vivendo em um planeta ainda tão materializado, habitando corpos ainda tão grosseiros, necessitamos de recursos materiais para não perecermos, sem termos cumprido o programa reencarnatório a nós destinado. Evidentemente que Deus sempre proverá o planeta e a humanidade que nele habita com os recursos necessários, para que a Lei do Progresso se cumpra, segundo Seus desígnios. 

Então, não importa o tamanho ou a importância desses problemas – recursos financeiros que faltam, enfermidade que chega a nós ou em ente querido, desajustes afetivos que não conseguimos administrar, tribulações que nos intranquilizam –, o fato é que o Pai precisa nos encontrar executando as tarefas que nos competem para poder nos ajudar. 

Destacamos isto porque, muitas vezes, pensamentos de pesar, de vitimização (“Deus me abandonou” ou “ninguém olha por mim”) afastam-nos das nossas obrigações mais simples, contaminam os companheiros de jornada, afetam o trabalho, o grupo no qual atuamos e nos adoecem. Agora, se permanecemos atentos, agradecendo ao Pai as oportunidades oferecidas, Seus Mensageiros encontrarão, na própria tarefa, os meios de nos socorrer. Por tudo isso, é importante prosseguirmos ajudando os outros dentro das nossas limitações. Poderemos ser ou estar limitados neste momento, mas não poderemos ser ou estar ociosos, física e/ou intelectualmente. 

Santo Agostinho nos recorda que ainda na condição de desencarnados, vagando no espaço, escolhemos a prova, porque nos considerávamos bastante fortes para suportá-la. E pergunta-nos, com toda razão: “Por que murmurais agora?” 

E, prosseguindo, alerta: “Vós, que pediste a fortuna e a glória o fizestes para sustentar a luta com a tentação e vencê-la. Vós, que pedistes para lutar de alma e corpo contra o mal moral e físico, sabeis que quanto mais forte fosse a prova, mais gloriosa seria a vitória, e que se saísseis triunfantes, mesmo que vossa carne fosse lançada sobre o monturo, na ocasião da morte, ela deixaria escapar uma alma esplendente de alvura, purificada pelo batismo da expiação do sofrimento”. ² 

Emmanuel destaca, ainda, com propriedade, a diferença entre amargura real e amargura injustificada. Na primeira, é compreensível, mas não pode paralisar nossa ação junto daqueles que estão ligados a nós. Na segunda, se os fatos são de menor importância, não merece de nós nem o fato de ficarmos descontentes ou queixosos. Judiciosamente, o benfeitor espiritual adverte para guardarmos reflexão e prudência, a fim de não perturbarmos a obra do Mestre, e para que aqueles que nos cercam, sobretudo os nossos amados, não se privem da graça de Deus. ³ 

Assim, em qualquer circunstância, não nos esqueçamos de que, em nos queixando do quê e de quem quer que seja, “estaremos intimando, a nós mesmos, a viver em nível mais alto e a fazer coisa melhor”. 4

 

Referências:

1 – KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. V, item 18.

2 – idem - item 19.

3 – EMMANUEL (Espírito). Vinha de Luz – [psicografado por] F.C.Xavier – 14ª ed., FEB – Rio de Janeiro/RJ – 1996 – lição 123.

4 – EMMANUEL (Espírito). Palavras de Vida Eterna – [psicografado por] F.C.Xavier- 20ª ed., Edição Comunhão Espírita Cristã – Uberaba/MG – 1995 – lição 100.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita