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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 131 - 1o de Novembro de 2009

MARCELO TEIXEIRA
maltemtx@uol.com.br
Petrópolis, RJ (Brasil)
 

As novas formações
familiares


Há cerca de 20 anos, ocorreu numa casa espírita fluminense o seguinte episódio: um expositor fazia uma palestra sobre família. Em dado momento, ele disse que se há só a mãe e o filho, não é uma família. Faltava um elemento: o pai. Por isso, mãe e filho não bastavam para formar uma família. No momento em que ele dizia isso, uma moça, mãe solteira que ia a um centro espírita pela primeira vez, entrava para assistir à palestra e ficou em pé, olhando para ele, extremamente incomodada com o que ouvira. E com toda razão. Afinal, ela e o filho, se não eram uma família, seriam o que, então? 

Semanas depois, num treinamento interno, esse e todos os outros expositores foram devidamente orientados a não fazer esse tipo de comentário. Afinal, a ausência da figura paterna não desqualifica uma família. O tempo passou, e pesquisas recentes traduzem em dados o que todos já sabem: o perfil da família mudou. 

O educador e expositor espírita Álvaro Chrispino, em um seminário intitulado “O Espírita do século 21”, chama atenção, entre outros tópicos, para a necessidade de o espírita estar cada vez mais preparado para receber famílias comandadas por mães solteiras e pais solteiros, crianças criadas por avós, casais homossexuais que levam uma vida digna e resolveram adotar uma criança... 

Durante muito tempo, nos acostumamos a crer que família são pai, mãe, filhos e demais parentes. Quando muitos casais começaram a se separar e outras tantas pessoas (mulheres e homens) optaram por ter filhos sozinhas, pensou-se: – Meu Deus, a família acabou! Ledo engano. O conceito de família é que está se ampliando. 

A “Revista O Globo”, de 12 de outubro de 2008, traz, em reportagem de capa, a história do médico Sérgio D’Agostini, um bem-sucedido homem solteiro de 43 anos, morador da Zona Sul carioca. Sérgio adotou um menino recém-nascido, filho de uma moradora de rua, portador de várias doenças herdadas dos pais. Em três tempos, pôs a vida do garoto em dia, mas pôs a sua de cabeça para baixo e descobriu a saudável rotina de ser pai solteiro. A reportagem cita, ainda, que já havia 80 homens solteiros na fila da adoção. Homens que têm todo o direito de serem chamados de família quando estiverem cuidando de seus filhos adotivos. 

A pergunta 775, de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, diz: “Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?”. Resposta: “Um agravamento do egoísmo.” Veja bem, laços de família. Há mais de uma forma de dar esse laço firme. E achar que só existe um tipo de família (pai, mãe e filhos) e torcer o nariz para quem não se enquadra nesse padrão é contribuir para o agravamento do egoísmo.   

Casamentos entre homem e mulher com nascimento de filhos sempre haverá. E fazemos votos que sejam casamentos felizes. Mas o andar da carruagem humana está mostrando que há outros modelos de família. E se há, é porque pessoas que não se enquadram naquilo que se convencionou como padrão querem ser solidárias, dar amor, conduzir uma criança pela vida... 

Como fazemos parte da grande família humana, ajudemos para que essas novas formações familiares sejam bem acolhidas na casa espírita. 

 

Marcelo Teixeira é expositor espírita, dirigente do departamento de divulgação da União Municipal Espírita de Petrópolis (Umep), jornalista e publicitário.
 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita