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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 131 - 1o de Novembro de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(Parte 20)
 

Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Pode um sensitivo ler com a mesma facilidade o pensamento de todas as pessoas?

Não. Examinando o caso narrado pelo Sr. Deschamps, Kardec afirma que, para que ele pudesse ler tão claramente no pensamento da jovem referida em seu relato, era preciso um intermediário entre ambos, um elo qualquer, elo esse que não passa da radiação fluídica que dá a visão espiritual. Mas ele não poderia ler com a mesma facilidade o pensamento de todo o mundo, porque, de um indivíduo a outro, podem existir relações fluídicas que facilitem essa transmissão e não havê-las do mesmo indivíduo para uma outra pessoa. (Revue Spirite de 1864, pp. 302 e 303.)

B. Qual é, segundo o Espírito de Mesmer, o objetivo do Espiritismo no mundo?

Mesmer disse que o Espiritismo, em tudo e por tudo, é o espiritualismo do Cristianismo, e seu grande objetivo “não é dar montes de ouro a um e deixar a consciência de um ser fraco à vontade de um ser forte”. “Se o Espiritismo proporciona satisfações - diz Mesmer -, são as da calma, da esperança e da fé; se às vezes adverte por pressentimentos, ou pela visão adormecida ou desperta, é que os Espíritos sabem perfeitamente que um caso de socorro e particular não transtornará a superfície do globo.” (Obra citada, pp. 303 e 304.) 

C. Que é preciso para que haja estabilidade e vitalidade nos grupos espíritas?

A homogeneidade e a comunhão de pensamentos e sentimentos são, segundo Kardec, a condição sine qua non de estabilidade e vitalidade dos grupos, e para isso todos os esforços devem ser dirigidos. Entendendo que, para atingir esse objetivo, os grupos menores reúnem melhores condições do que os grupos mais numerosos, o Codificador disse: “Melhor será, numa cidade, haver cem grupos de dez a vinte adeptos, dos quais nenhum pretende a supremacia sobre os outros, do que uma sociedade única, que reunisse todos”. “Esse fracionamento em nada prejudicará a unidade dos princípios, desde que a bandeira seja única e todos marchem para o mesmo objetivo.” (Obra citada, pág. 306.) 

Texto para leitura

234. Dito isto, Kardec afirma que, no fenômeno em causa, restava ainda um ponto a esclarecer: o da previsão das coisas futuras. Lembrando que, em princípio, o futuro é oculto ao homem e só excepcionalmente lhe é revelado, o Codificador remete o leitor ao artigo sobre a teoria da presciência, publicado em maio de 1864, no qual a questão é tratada de maneira completa, advertindo, por fim, que seria uma imprudência confiar de maneira absoluta nessas predições. (P. 299)

235. Em interessante artigo, publicado originalmente na Presse Littéraire, Émile Deschamps escreve sobre a transmissão do pensamento, cujos exemplos - segundo Kardec - já eram então muito frequentes, embora a ciência não lhe concedesse qualquer atenção. (PP. 299 a 302)

236. “No dia em que essas relações forem reconhecidas como lei fisiológica, ver-se-á realizar um imenso progresso”, previu Kardec, porque a ciência terá então a chave de uma porção de efeitos aparentemente misteriosos que preferia negar, por não sabê-los explicar. (P. 302)

237. Examinando o caso narrado pelo Sr. Deschamps, Kardec afirma que, para que ele pudesse ler tão claramente no pensamento da jovem referida em seu relato, era preciso um intermediário entre ambos, um elo qualquer, elo esse que não passa da radiação fluídica que dá a visão espiritual, não barrada pelos corpos materiais. (P. 302)

238. Poderia o Sr. Deschamps ler com a mesma facilidade o pensamento de todo o mundo? Certamente que não, porque, de um indivíduo a outro, podem existir relações fluídicas que facilitem essa transmissão e não havê-las do mesmo indivíduo para uma outra pessoa. (P. 303)

239. Dissertando sobre o papel do Espiritismo no mundo, o Espírito de Mesmer adverte que o Espiritismo, em tudo e por tudo, é o espiritualismo do Cristianismo e seu grande objetivo “não é dar montes de ouro a um e deixar a consciência de um ser fraco à vontade de um ser forte”. “Se o Espiritismo proporciona satisfações - diz Mesmer -, são as da calma, da esperança e da fé; se às vezes adverte por pressentimentos, ou pela visão adormecida ou desperta, é que os Espíritos sabem perfeitamente que um caso de socorro e particular não transtornará a superfície do globo.” (PP. 303 e 304)

240. Comentando a mensagem de Mesmer, Kardec afirma que, devido à condição de inferioridade em que se acham os homens na Terra, a penetração do pensamento, se fosse geral, constituiria um perigo, em face dos abusos que engendraria. Mas Deus, que é soberanamente bom, mede a extensão dessa faculdade pela nossa fraqueza. (P. 304)

241. Cedendo a insistentes pedidos dos confrades da Bélgica, Kardec visitou as cidades de Bruxelas e Antuérpia, onde pôde constatar de modo favorável o desenvolvimento do Espiritismo naquele país. No retorno a Paris, chegou-lhe uma mensagem dos membros da Sociedade Espírita de Bruxelas que muito o comoveu: “Comemorando vossa viagem à Bélgica, nosso grupo decidiu fundar um leito de criança na creche de Saint Josse Tennoode”. (PP. 304 e 305)

242. Em Antuérpia, onde o número de adeptos era maior, vários grupos tinham por nome títulos especiais e característicos: um é A Fraternidade, outro Amor e Caridade etc. O grupo Amor e Caridade, provando que seu nome constituía uma bandeira de trabalho, tinha por objetivo especial a caridade material, sem prejuízo das instruções dos Espíritos, que eram ali, de certo modo, a parte acessória. Sua organização era muito simples, mas com excelentes resultados. Como o grupo levava o socorro material a domicílio, muitas vezes os próprios Espíritos indicaram-lhe nomes e endereços de pessoas necessitadas. (P. 305)

243. Advertindo os grupos espíritas nascentes para a necessidade de homogeneidade e comunhão de pensamentos e sentimentos, Kardec assevera que tal providência é a condição sine qua non de estabilidade e vitalidade dos grupos, e para o qual todos os esforços devem ser dirigidos. (P. 306)

244. Entendendo que, para atingir esse objetivo, os grupos menores reúnem melhores condições do que os grupos mais numerosos, o Codificador afirma: “Melhor será, numa cidade, haver cem grupos de dez a vinte adeptos, dos quais nenhum pretende a supremacia sobre os outros, do que uma sociedade única, que reunisse todos”. “Esse fracionamento em nada prejudicará a unidade dos princípios, desde que a bandeira seja única e todos marchem para o mesmo objetivo.” (P. 306)

245. Em Antuérpia, Kardec conheceu um médium tiptólogo dotado de uma faculdade especialíssima. Eis como ele agia: I) A indicação das letras era feita por batidas do pé da mesinha, mas com tal rapidez que quase igualava a da escrita. II) Quase sempre o Espírito ditava palavras e frases começando pela última letra (veja exemplo na pág. 389). III) Além da rapidez com que os golpes eram dados, a maneira de proceder abreviava muito a operação. Como a mesinha possuía três pés, o alfabeto foi dividido em três séries: a primeira, de A a H; a segunda, de I a P; a terceira, de Q a Z. Para indicar a letra T, por exemplo, em vez de dar 20 batidas, o pé incumbido da terceira série batia apenas 4 vezes. (PP. 307 e 308) (Continua no próximo número.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita