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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 131 - 1o de Novembro de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 8)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Por que Blandina se dedicava ao trabalho com as crianças?

Ela disse que, embora tivesse sido casada em sua úl­tima existência, não fora mãe. "Não pude acariciar um filhinho, em meus sonhos recentes de mulher", informou a educadora, "mas hoje sei que preciso reeducar-me no amor de mãe, con­soante os débitos que contraí no passado". "Realmente, sinto grande afeição pelas crianças, contudo, tenho igualmente enormes dívidas mo­rais para com elas..." (Entre a Terra e o Céu, cap. X, pp. 65 a 67.) 

B. Que importância tem o trabalho na evolução dos Espíritos?

Importância muito grande. "A evolução, a competência, o aprimoramento e a sublimação resultam do trabalho incessante”, afirmou Blandina. “Quanto mais se nos avulta o conhecimento, mais nos sentimos distanciados do repouso. A inércia opera a coagulação de nossas forças mentais, nos planos mais baixos da vida. O serviço é a nossa bênção." (Obra citada, cap. XI, pp. 68 e 69.) 

C. Quais são as missas mais favoráveis ao concurso espiritual?

Frequentemente, segundo Mariana, as missas humildes, realizadas aos primeiros cânticos da manhã, são as mais favoráveis ao concurso espiritual. "Quando a missa obedece a pura convenção social, funcionando como exibição de vaidade ou poder, a nossa colaboração resulta invariavel­mente nula", explicou a benfeitora. É o caso, por exemplo, segundo ela mesma referiu, dos atos bajulatórios a políticos astuciosos e aos magnatas do ouro que, em verdade, constituem reais sacrilégios em nome do Senhor. (Obra citada, cap. XI, pp. 70 a 72.)

Texto para leitura

28. Reparações e reajustamento - Ante as explicações dadas por Blan­dina, André declarou ser possível entender com mais segurança os pro­cessos dolorosos das enfermidades congênitas e das moléstias insidio­sas que assaltam a meninice no mundo, como o mongolismo, a epilepsia, a meningite, a lepra, o câncer... Hilário aludiu, também, aos desas­tres irremediáveis que arrebatam adoráveis flores do lar, deixando in­consoláveis pais e mães... São as reparações que nos martirizam na carne, sem as quais – asseverou Blandina – "não atingiríamos o pró­prio reajustamento". Clarêncio esclareceu: "Cada qual de nós renasce na Terra a exprimir na matéria densa o patrimônio de bens ou males que incorporamos aos tecidos sutis da alma. A patogenia, na essência, en­volve estudos que remontam ao corpo espiritual, para que não seja um quadro de conclusões falhas ou de todo irreais. Voltando à Terra, atraímos os acontecimentos agradáveis ou desagradáveis, segundo os tí­tulos de trabalho que já conquistamos ou conforme as nossas necessida­des de redenção". E, bem humorado, acentuou: "A carne, de certo modo, em muitas circunstâncias não é apenas um vaso divino para o cresci­mento de nossas potencialidades, mas também uma espécie de carvão mi­lagroso, absorvendo-nos os tóxicos e resíduos de sombra que trazemos no corpo substancial". Por fim, ante uma pergunta de André, Blandina explicou por que se dedicava àquele trabalho de tanta complexidade. A jovem apagou a luz do sorriso que lhe adornava o semblante, como flor aberta que de repente se fechasse, e contou ter sido casada em sua úl­tima existência, da qual retornara fazia apenas três anos. "Não pude acariciar um filhinho, em meus sonhos recentes de mulher", informou a educadora, "mas hoje sei que preciso reeducar-me no amor de mãe, con­soante os débitos que contraí no passado". "Realmente, sinto grande afeição pelas crianças, contudo, tenho igualmente enormes dívidas mo­rais para com elas..." (Cap. X, págs. 65 e 67) 

29. A evolução resulta do trabalho incessante - O Lar da Bênção, onde Blandina cuidava pessoalmente de doze crianças, atendia na época mais de duas mil crianças. O educandário era formado por um conjunto de la­res, nos quais muitas almas femininas se reajustavam para a venerável missão da maternidade, atendendo a multidões de meninos que se desti­navam, quase todos, ao retorno à Terra. A direção central do educandá­rio não residia ali. "O parque é uma das várias dependências de vasto es­tabelecimento de assistência e educação, do qual somos hoje tutela­dos", informou Blandina. Na verdade, trata-se de uma larga escola, do­tada com todos os recursos indispensáveis ao aproveitamento dos que ali estagiam. Até cursos primários de alfabetização o educandário man­tém. A explicação é simples: é preciso movimentar todas as medidas de despertamento espiritual ao alcance dos Espíritos que ali trabalham. "A cultura intelectual pode não ser condição básica de nossa felici­dade", observou Blandina, "no entanto, é imperativo de engrandecimento de nossa alma. Quem não sabe ler, não sabe ver como deve". E ajuntou: "A evolução, a competência, o aprimoramento e a sublimação resultam do trabalho incessante. Quanto mais se nos avulta o conhecimento, mais nos sentimos distanciados do repouso. A inércia opera a coagulação de nossas forças mentais, nos planos mais baixos da vida. O serviço é a nossa bênção". Mariana, a avó de Blandina, respondendo a uma pergunta de Hilário, informou que cooperava, ali, com os serviços de sua neta, mas sua principal tarefa se verificava num templo católico, a que se vinculou profundamente, quando de sua última encarnação. (Cap. XI, págs. 68 e 69) 

30. O valor da missa católica - A alusão feita por Mariana ao catoli­cismo suscitou uma observação de Clarêncio: "o auxílio divino é como o Sol, irradiando-se para todos". "As instituições e as almas que se voltam para o Pai Celestial recebem o suprimento de recursos de que necessitam, segundo as possibilidades de recepção que demonstrem." Hi­lário estava, porém, curioso por saber como se processa o auxílio es­piritual nas igrejas, uma vez que a comunicação direta é ali vedada. "Muito simplesmente – esclareceu Mariana –; o culto da oração é o meio mais seguro para a nossa influência. A mente que se coloca em prece estabelece um fio de intercâmbio natural conosco...". O pensa­mento era a chave dessa assistência. "A intuição beneficia em toda parte, e, quanto mais alto é o teor de qualidades nobres na criatura, mais ampla é a zona lúcida de que se serve para registrar o socorro espiritual", acrescentou Mariana, informando que, efetivamente, o culto público, qual vinha sendo realizado nas igrejas, não favorecia o contacto das forças superiores com a mente popular. Os interesses ras­teiros, a preocupação de riqueza e pompa, o apego a exterioridades, tudo isso constitui obstáculos, mas é sempre possível fazer algo em benefício do próximo. Aludindo diretamente às missas, Mariana esclare­ceu: "Quando a missa obedece a pura convenção social, funcionando como exibição de vaidade ou poder, a nossa colaboração resulta invariavel­mente nula". É o caso, por exemplo, segundo ela mesma referiu, dos atos bajulatórios a políticos astuciosos e aos magnatas do ouro que, em verdade, constituem reais sacrilégios em nome do Senhor. "Mas, se o ato religioso é simples, partilhado por mentes e corações sinceros, inclinados à caridade evangélica e centralizados na luz da oração, com os melhores sentimentos que possuem, o culto se reveste de grande va­lor, pelas vibrações de paz e carinho que arremessa na direção daquele a quem é endereçado." Dito isso, Mariana revelou que, frequentemente, as missas humildes, realizadas aos primeiros cânticos da manhã, são as mais favoráveis ao concurso espiritual. (Cap. XI, págs. 70 a 72) 

31. Poucos praticam a religião - Hilário aproveitou o ensejo e formu­lou uma pergunta interessante, ligada à questão dos nomes dos patronos ligados às várias igrejas. Por exemplo, um templo foi erguido à memó­ria de Gerardo Majela. "Isso expressa uma obrigação para o grande mís­tico europeu?" Mariana respondeu dizendo que certamente tal fato não constitui uma obrigação escravizante, mas um serviço que honra o nome do patrono e que merecerá deste certo reconhecimento, mesclado de res­ponsabilidade. Todo trabalho do bem, qualquer que seja, permanece li­gado a Jesus. No entanto, se algum servo do Senhor está ligado a al­guma obra, evidente que tanto quanto lhe seja possível desdobrar-se-á para enriquecê-la de bênçãos... E se o santuário for dedicado a um su­posto herói da virtude, sem mérito bastante, à frente do Senhor?  Ma­riana esclareceu: "Numa contingência dessas, mensageiros de Jesus res­ponsabilizar-se-iam pela instituição, distribuindo aí os benefícios adequados aos merecimentos e necessidades de cada um". Com relação à assistência às igrejas, Mariana explicou que o trabalho espiritual é complexo e se divide em múltiplos setores, não estando restrito à es­fera da experiência física. "Inumeráveis são as almas que, desligadas do corpo, recorrem aos altares, implorando esclarecimento... Outras, depois da morte, confiam-se a desequilibradas emoções, invocando a proteção dos Espíritos santificados... É preciso corrigir aqui e aju­dar além...", informou.  "A maioria das pessoas aceita a religião, mas não se preocupa em praticá-la. Daí nasce o terrível aumento das aflições e dos enigmas." Hilário quis saber, por fim, se Mariana achava a organização católica suficiente para conduzir o mundo mo­derno. A avó de Blandina sorriu com tristeza e ponderou: "Meu amigo, entre cooperar e aprovar, há sensível diferença. A sociedade ajuda a criança sem infantilizar-se. As igrejas nascidas do Cristianismo ca­minham para grande renovação. O progresso assim exige. As ideias de céu e inferno e os excessos de natureza política, na hierarquia ecle­siástica, estabeleceram grandes perturbações para a alma popular. En­tretanto, cabe-nos considerar as religiões que envelhecem como frutos fortemente amadurecidos. A polpa alterada pelo tempo deve ser colocada à margem, contudo, as sementes são indispensáveis à produção do fu­turo. Auxiliemos as igrejas antigas, em vez de acusá-las". "Todos so­mos filhos do Pai Celestial e onde houver o mínimo gérmen de Cristia­nismo aí surgirão recursos de recuperação do homem e da coletividade para o Cristo, Nosso Senhor." (Cap. XI, págs. 72 a 74) (Continua no próximo número.)
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita