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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 130 – 25 de Outubro de 2009

MARCELO DAMASCENO DO VALE
marcellus.vale@gmail.com

Curitiba, Paraná (Brasil)
 
 

Anseios da Imortalidade

“... ou tudo ou nada: Viveremos eternamente, ou tudo se aniquilará de vez? É uma tese, essa, que se impõe.” (O Céu e o Inferno – Capítulo 1, Item 1.)


Quantos esforços da medicina, dos laboratórios farmacêuticos, dos biólogos para alcançar e tornar real o mito da imortalidade? As mudanças da fisionomia à medida que avançamos nos anos e uma mentalidade moderna de valorização da aparência em detrimento do conteúdo, permitiu a criação recente da indústria das plásticas, dos cosméticos rejuvenescedores, buscando imortalizar a beleza física em uma luta insana contra a velhice, contra a morte. 

A guerra contra o decaimento das estruturas biológicas, buscando, se possível, a imortalidade, é enfatizada por pesquisadores nas técnicas de congelamento, aguardando um futuro onde seria possível reviver os corpos.

Engenheiros da Genética e da Biologia gastam fortunas em pesquisas, nas quais consigam evitar o encurtamento dos telômeros (*) nos cromossomos, evitando a morte celular.

Um americano, desenvolvedor de jogos para computador, Richard Garriot, elaborou o que chama de disco da imortalidade. Um microchip que contém o DNA sequenciado e digitalizado de algumas pessoas. Esse disco será levado ao espaço e depositado na Estação Espacial Internacional. Teoricamente, segundo o criador, se alguma tragédia ocorrer à raça humana, pode ser que o DNA deles seja usado para ressuscitar a humanidade por uma civilização alienígena.

O cinema trouxe a imortalidade em obras como “O Sexto Dia”, onde a clonagem permitiria a manutenção eterna da vida física, transferindo-se as memórias para um novo corpo após a morte do corpo anterior.

Jonathan Swift, no livro “As viagens de Gulliver”, refere-se a seres imortais. Karen Marie Moning escreveu sobre guerreiros imortais, os highlanders. Peter Kelder relata o encontro da fonte da juventude, anteriormente almejada pelo conquistador espanhol Juan Ponce de Leon.

A Academia Brasileira de Letras denomina seus membros como imortais, mas poucos, além deles próprios, lembram a sequência de ocupantes das suas cadeiras.

O arquétipo da vida eterna foi apresentado, com maior destaque, na mitologia grega e romana através dos deuses imortais.

Contudo, hoje, é desesperadora a busca da humanidade pela sobrevivência prolongada – ou a imortalidade se possível. A ideia de aniquilamento maltrata a razão e desgasta o sentimento arrasando a resistência moral heroica, resvalando o ser na busca desesperada por emoções artificiais.

Não enxergando a sua própria imortalidade e sentindo-se vencido pela ideia inevitável do aniquilamento, não obstante todas as técnicas de adiamento da velhice, principalmente quando assiste à morte de entes queridos ou próximos e também graças às mensagens violentas e atormentadas dos veículos de comunicação, o ser humano entrega-se ao esquecimento de si mesmo no alcoolismo, na toxicomania, à viciação sexual.

Desejando o esquecimento de si mesmo, pois raramente se permite refletir sobre sua natureza e sua destinação, entrega-se ao desânimo.

Em uma época onde o utilitarismo devasta esperanças, é fundamental voltarmo-nos para o Cristo que comprovou a eternidade da alma, voltando após o sepulcro. Jesus demonstrou que somos Espíritos eternos, transitoriamente envolvidos por um corpo que reduz as percepções reais.

Entender que a morte é uma transição, um fenômeno de renovação indispensável em nossa ascensão para novos níveis evolutivos, é receita saudável, encontrando nesta amiga a continuação daquilo que somos.

Nosso grande desafio nesses tempos de desespero ante a morte é vivermos como Espíritos, internalizarmos a realidade de que nós já somos eternos, imortais.

Ante as dúvidas sobre a nossa eternidade, lembremos a saudação dos primeiros tempos cristãos:

– “Ave-Cristo! Os que vão viver para sempre te glorificam e saúdam!”

Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto (João 12:24).

 

(*) Os telômeros funcionam como um protetor para os cromossomos, assegurando que a informação genética (DNA) relevante seja perfeitamente copiada quando a célula se duplica. Cada vez que a célula se divide, os telômeros são ligeiramente encurtados e como não se regeneram chega a um ponto em que, de tão encurtados a célula perde completa ou parcialmente a sua capacidade de divisão. O organismo tende a morrer num curto prazo de tempo no momento em que seus telômeros se esgotam.
 

     


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita