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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 130 – 25 de Outubro de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(Parte 19)

Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Dar à luz uma criança deformada pode ser considerado uma expiação?

Sim. A mãe e o pai que dão à luz seres desgraçados como os da camponesa de Lutter – referida no item 220 do texto publicado na edição anterior – são criaturas submetidas, de igual modo, a uma expiação, porque não existe uma única infração das leis de Deus que, cedo ou tarde, não tenha suas funestas consequências, nesta vida ou na seguinte. Foi exatamente isso que informou um Espírito protetor em mensagem dada à Sociedade Espírita de Paris em 29-7-1864. (Revue Spirite de 1864, pp. 283 e 284.)

B. A faculdade chamada de dupla vista é o mesmo que visão espiritual?

Sim. Kardec diz que a faculdade da dupla vista seria mais exatamente chamada de visão espiritual,  sexto sentido ou sentido espiritual, que, como os demais sentidos, pode ser mais ou menos obtuso ou sutil. (Obra citada, pág. 295.)

C. As pessoas dotadas de visão espiritual são médiuns?

Sim e não, conforme as circunstâncias. A mediunidade consiste na intervenção dos Espíritos; o que se faz por si mesmo não é um ato mediúnico. (Obra citada, pp. 296 a 298.)

Texto para leitura

222. O Espiritismo vem rasgar esse mistério, provando que essas almas deserdadas desde o berço já viveram antes e apenas expiam, em corpos disformes, suas faltas passadas. (P. 283)

223. A mãe e o pai que dão à luz seres desgraçados como os da camponesa de Lutter são criaturas submetidas, de igual modo, a uma expiação, porque não existe uma única infração das leis de Deus que, cedo ou tarde, não tenha suas funestas consequências, nesta vida ou na seguinte. (P. 283)

224. Foi exatamente isso que informou um Espírito protetor em mensagem dada à Sociedade Espírita de Paris em 29-7-1864: “Não creais que essa mulher (...) seja vítima do acaso ou de uma cega fatalidade. Não: o que lhe acontece tem sua razão de ser, ficai bem convencidos”. “Ela é castigada no seu orgulho; desprezou os fracos e os enfermos; foi dura para com os seres infelizes, dos quais desviava  os olhos com desgosto, em vez de os abarcar com um olhar de comiseração; envaideceu-se da beleza física de seus filhos, à custa de mães menos favorecidas; mostrava-os com orgulho, porque a seus olhos a beleza do corpo valia mais que a da alma; assim, neles desenvolveu vícios, que lhes retardaram o avanço, em vez de desenvolver as qualidades do coração.” (P. 284)

225. Mais um suicídio foi indevidamente atribuído pela imprensa às ideias espíritas. Filho de um médico, o suicida contava apenas dezenove anos quando desferiu um tiro na boca. Na semana seguinte à divulgação da notícia pelo Siècle, o Sr. d’Ambel informou pelas páginas do jornal Avenir que o Espiritismo era completamente estranho ao ato do rapaz, que, por haver fracassado em várias tentativas nos exames de bacharelato e temendo ser reprovado mais uma vez, suicidou-se em seguida a uma viva discussão com seu pai. Na verdade, diz o Sr. d’Ambel, o moço não conhecia a doutrina espírita, que, com certeza, o teria detido na rampa fatal, caso a estudasse. (PP. 284 e 285)

226. Na seção de livros, a Revue noticia o relançamento da obra A Pluralidade dos Mundos Habitados, revista e ampliada pelo Sr. Camille Flammarion, que tratou da questão da existência de vida em outros mundos do ponto de vista da astronomia, da física e da filosofia natural. Sem qualquer referência ao Espiritismo, a obra constitui, ainda assim, documento valioso por confirmar a tese esposada pela doutrina espírita acerca do assunto. (P. 286)

227. Encerrando o número de setembro, Kardec anuncia o surgimento em Bordeaux de mais um periódico espírita: A Voz de Além-Túmulo, a quarta publicação espírita surgida na mesma cidade, que contava em sua direção com o confrade Aug. Bez. (P. 286)

228. O número de outubro de 1864 começa com um artigo a respeito dos espelhos mágicos, nome dado a objetos de reflexos geralmente brilhantes, como o gelo, placas metálicas, garrafas e vidros, nos quais certas pessoas veem imagens que lhes possibilitam responder a perguntas que lhes são dirigidas. (P. 289)

229. O fenômeno não é extremamente raro e pôde ser observado por Kardec no cantão de Berne, na Suíça, onde um camponês de 64 anos, muito religioso e com formação protestante, gozava da faculdade de descobrir fontes e de ver num copo as respostas às perguntas que lhe faziam. (PP. 289 e 290)

230. Eis alguns curiosidades a respeito do caso: I) O sensitivo se recusava a responder às perguntas que visassem à cupidez ou à realização de algum desígnio mau. II) O mesmo procedimento adotava se as perguntas fossem fúteis ou de pura curiosidade. III) O copo por ele utilizado era um copo comum para água, mas estava sempre vazio: em nenhuma hipótese ele o usava para outra coisa. IV) Quando lhe faziam alguma pergunta, ele concentrava a atenção e a vontade no assunto proposto, olhando no fundo do copo, onde se formavam de imediato as imagens das pessoas, que ele descrevia, física e moralmente, como o faria um sonâmbulo lúcido. (PP. 290 a 292)

231. Depois de relatar alguns fatos ocorridos com o sensitivo, Kardec atesta que ele era dotado de uma faculdade especial e, realmente, via. O exame atento do fenômeno - diz o Codificador - demonstra uma completa analogia entre sua faculdade e o fenômeno designado sob o nome de segunda vista, dupla vista ou sonambulismo desperto. Ela tem, pois, o seu princípio na propriedade radiante do fluido perispiritual, que permite à alma perceber, em certos casos, coisas a distância. (P. 294)

232. O copo constituía, no caso, um simples acessório, porque tal faculdade é inerente ao indivíduo e não ao objeto. Essa é a razão por que nem todos veem nos chamados espelhos mágicos, visto que, para isto, não basta a visão corporal; é preciso ser dotado da dupla vista, que seria mais exatamente chamada visão espiritual - o sexto sentido ou sentido espiritual, de que tanto se falou e que, como os demais sentidos, pode ser mais ou menos obtuso ou sutil. (P. 295)

233. Criticando a expressão espelhos mágicos, que ele propõe seja substituída por espelhos espirituais, Kardec encerra o artigo reafirmando que a visão espiritual é um dos atributos do Espírito e constitui uma das percepções do sentido espiritual, que se expande sempre que uma causa exterior entorpece os sentidos corpóreos. As pessoas dotadas de visão espiritual são médiuns? Sim e não, conforme as circunstâncias. A mediunidade consiste na intervenção dos Espíritos; o que se faz por si mesmo não é um ato mediúnico. (PP. 296 a 298)  (Continua no próximo número.)


 


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