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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 3 - N° 130 – 25 de Outubro de 2009

 

O menino de vidro

 

Carlinhos era um menino que tinha poucos amigos.

E sabem por quê? Porque tratava mal a todas as pessoas. Achava-se sempre com todos os direitos e nenhum dever de nada.

Nas brincadeiras, tratava os amigos com grosseria, criticando-os asperamente por qualquer erro no jogo.

Em casa, maltratava a mãezinha respondendo mal-educado e reclamando de tudo o que ela fazia com a maior dedicação.

Na escola, respondia com rudeza para a professora, desrespeitando-a na frente de toda a classe.

Mas Carlinhos, quando se tratava dele mesmo, de algo que alguém dissesse contra ele, reagia com sensibilidade exagerada.

Quando os amigos, a professora ou a mãe chamavam sua atenção por alguma coisa que tivesse feito de errado, ele ficava logo amuado, bravo. E, considerando-se injustiçado, ficava de mal com as pessoas e não queria mais conversa.

Em virtude desse comportamento, as pessoas afastavam-se dele.

Dessa forma, em pouco tempo, Carlinhos estava sozinho. Não tinha mais com quem brincar ou com quem conversar. Não tinha companheiros para o jogo nem para passeios.

Um dia, ele estava muito triste sentado no sofá da sala, e a mãe percebeu, aproximando-se carinhosa:

— Carlinhos, está um dia tão bonito, meu filho! Por que não vai brincar?

O menino suspirou, e respondeu, com os braços apoiados nos joelhos e as mãos segurando a cabeça:

— Com quem? Ninguém quer mais brincar comigo!

— Então, vá passear um pouco — sugeriu a mãe.

Ele balançou a cabeça, desanimado, respondendo:

— Sozinho não tem graça.

A mãe, condoída da situação do filho, sentou-se a seu lado. Com os olhos úmidos de pranto, ele perguntou:

— Por que será, mamãe, que todos se afastaram de mim? Até a professora não conversa mais comigo nem pede que eu faça nada na classe!

A senhora meditou por alguns instantes e respondeu:

— Bem, creio que é porque você é um menino de vidro.

O garoto fitou a mãe, surpreso.

— Menino de vidro?... Como assim?

— Carlinhos, você é muito sensível às críticas alheias. Ninguém pode apontar o menor erro e você se zanga. Como o vidro, quebra-se com facilidade, entendeu? E, por outro lado, não tem o menor cuidado ao tratar os outros e magoa-os com muita frequência.

— Mas quando os outros cometem erros devemos ficar calados? — justificou-se o menino.

—Jesus ensinou que não devemos ver o argueiro no olho do nosso irmão, quando temos no nosso olho uma trave. Isto quer dizer, meu filho, que precisamos ver primeiro os nossos defeitos e nos esforçar para corrigi-los. Quanto aos outros, não é errado vermos suas falhas, mas é a maneira como fazemos isso. Com carinho e respeito, podemos até mostrar a eles que estão errados, mas sem magoar ninguém. Compreendeu?

O garoto ficou pensativo durante alguns minutos e depois disse, pesaroso:

— Entendi, mamãe. Só que agora já não tenho amigos.

A mãe sorriu compreensiva, afirmando:

— Mude seu comportamento. Mostre a eles que você está diferente e não tardarão a notar sua mudança. Tenha paciência e dê tempo ao tempo.

Carlinhos assim o fez. Na escola passou a agir diferente, tratando bem a professora e os próprios colegas que, a princípio, o olharam entre surpresos e desconfiados.

No recreio, Carlinhos viu os amigos jogando bola e aproximou-se. Ficou sentado, observando apenas. Não pediu para jogar nem ficou criticando e reclamando como fazia antes. Sorria apenas, incentivando os jogadores e batendo palmas, sorridente, quando o gol surgia.

No terceiro dia, os amigos conversaram entre si em voz baixa e, depois, convidaram Carlinhos para participar do jogo. Ele aceitou, satisfeito, agradecendo com um sorriso, o que deixou boquiabertos os colegas que conheciam seu comportamento anterior. Quando errava, ele pedia desculpas, reconhecendo o erro.

Não demorou muito, já o buscavam em casa para brincar.

A mãe perguntou, uma semana depois:

— Como vão as coisas, meu filho?

Com enorme sorriso estampado na face, ele respondeu:

— Muito bem, mamãe. Graças a Jesus e à senhora, tudo voltou a ser como antes. Não sou mais um menino de vidro.    


                                                        Tia Célia


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita