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Correio Mediúnico
Ano 3 - N° 129 – 18 de Outubro de 2009
 

 

Notas da sovinice

Cornélio Pires

 
 

Você deseja saber,

Caro Antônio da Planura,

O que sucede aos sovinas

Depois que a morte os procura.

 

O assunto pede cuidado,

Porquanto, em tudo, na essência,

Não se deve caminhar

Com base na imprevidência.

 

Observe a natureza:

Na horta uma simples erva

Vive, ajuda e se garante

Mantendo a própria reserva.

 

A árvore ampara sempre

Na bondade de que é feita,

Mas resguarda a seiva própria

Para dar outra colheita.

 

Melhor é viver no mundo,

Relembrando a história antiga:

Nem tanto quanto a cigarra,

Nem tanto quanto a formiga.

 

Em verdade, nunca vi

Em meus caminhos terrenos

Quem não tenha um tanto mais.

Para dar a quem tem menos.

 

Toda pessoa precisa

De escoras, forças e meios,

De maneira a não pesar

Nos orçamentos alheios.

 

Mas sovinice, meu caro,

Na melhor definição,

É o pesadelo da posse

Com trevas no coração.

 

Você recorda Nhô Bruno,

Falecido em Miradouro;

Sem corpo, dorme no pó,

Julgando que dorme em ouro...

 

Enterrou muita moeda,

O nosso amigo Marçal,

Desencarnado, é vigia

Na barranca do quintal.

 

Agora depois da morte,

Alanco do Estaleiro,

Anda buscando o colchão

Em que prendia o dinheiro.

 

Sem corpo, Nhá Benta Paula

Hoje é um fantasma perfeito,

Mora no armário das jóias

Que guardava sem proveito.

 

Conquanto rica, Nhá Cota,

Desencarnada em Cumbica,

Vive na cova, pensando

Que mora em mina de mica.

 

Apegada nas baixelas,

Morreu Nhá Joana de Deus,

Sem corpo, vive agarrada

Ao que ficou nos museus.

 

Muito rico, mas sovina,

Finou-se Juca do Grampo,

Comeu por economia

Tatu ervado no campo.

 

Falando em ouro e mais ouro

Morreu Altino de Grotas,

Mora no barro pensando

Que está num montão de notas.

 

Nosso prezado Nhô Tuca,

Morto no Sítio dos Lessas,

Vive com medo dos santos

Aos quais fintava promessas.

 

Prudência, caro Antonico,

É paz na hora futura,

Entretanto, sovinice

De qualquer modo é loucura.

 

Trabalhe, faça proveito

Do que ajuntou pelo bem,

Saiba, sempre, antes de tudo,

Que Deus não falta a ninguém.

 


 

Do cap. 15 do livro Retratos da Vida, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier. 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita