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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 128 – 11 de Outubro de 2009
WASHINGTON L. N. FERNANDES
washingtonfernandes@terra.com.br
São Paulo - SP (Brasil)
 

A paranormalidade da
profetisa de Saint-Germain
no século XVIII

 
A Sra. Marie-Anne-Adelaide (1772-1848), conhecida como a profetisa (ou sibila) de Saint-Germain, foi um exemplo interessante de paranormalidade, ocorrido nos sécs. XVIII e XIX em França, que naturalmente deve muito nos interessar, confirmando que as relações do mundo espiritual e do mundo material sempre existiram, antes do advento do Espiritismo. Desde a Antiguidade, as pessoas que tinham a faculdade de intermediar as relações com o mundo espiritual, e que hoje sabemos serem os médiuns, ficaram conhecidas então com os adjetivos de bruxos e feiticeiros, profetas e Elohins, em Israel, Pitris e Avatares na Índia, os Kamis no Japão, os Ferouers na Pérsia, os Manes e Pitons na Grécia, os Penates e Oráculos em Roma e Idade Média. No século XV, muito conhecido ficou o caso de Joana d’Arc (1412-1431), queimada viva por ouvir as vozes dos Espíritos.  

Com relação à profetisa de Saint-Germain, ela nasceu em Alençon, França, filha de um comerciante, tendo sido educada num convento de religiosas beneditinas. Quando ficou maior, seus pais a colocaram na casa de uma costureira, para acabar de educá-la, mas Marie-Anne não se adaptou muito a essa nova vida, alimentando o sonho de viver na famosa Paris, a Capital do mundo. Na primeira oportunidade, Marie-Anne fugiu de casa, tomando o rumo da capital da França. Conseguiu encontrar colocação numa loja de lingerie, onde passou a trabalhar. Passado algum tempo, começou nela a manifestar-se a arte profética, e logo começou a dar suas primeiras consultas. Logo sua reputação cresceu, fazendo-a mudar-se de casa, que passou  a ser frequentada então por altas personagens da história da política francesa, do Diretório e do Império. Em 1803 foi presa e, em 1832, foi processada em Bruxelas, na Bélgica. Escreveu livros, que revelam uma inteligência penetrante, como Souvenirs prophétiques d’une Sybille (Lembranças Proféticas de uma Sibila), 1814; Oracles Sibyllins (Oráculos Sibilinos), 1820, Memoires Historiques et Secretes de l’Impératrice Josephine (Memórias Históricas e Secretas da Imperatriz Josephine), 1820.  

Tudo poderia ficar numa questão de crença, onde cada um pode ou não aceitar as faculdades dessa senhora como sendo legítimas. O Espiritismo diria que cada um deve dar de graça o que de graça recebeu, conforme ensinou Jesus, mas isto não significa negar os fenômenos que historicamente são autênticos. Se cada um não faz o que é recomendável, problema de consciência pessoal. A profetisa de Saint-Germain parece estar nesse caso, pois ela cobrava, é certo, mas é verdade que ela realizou notáveis profecias, envolvendo grandes nomes da política francesa. 

Quem consultou a sibila e duas de suas profecias  

As enciclopédias europeias registram algumas conhecidas personalidades da literatura e da política francesa que procuraram a profetiza de Saint-Germain, bem como informam algumas de suas profecias. Recorreram aos seus dons as seguintes pessoas: 

- os políticos e revolucionários franceses Maximilien de Robespierre (1758-1794), Louis Antoine Léon Saint-Just (1767-1794) e Jean-Paul Marat (1743-1793), a primeira esposa de Napoleão Bonaparte (1769-1821) e imperatriz dos franceses, Josephine de Beuharnais (1763-1814), o duque de Berry Alexandre I (1777-1825), a escritora francesa Mme de Staël (1766-1817), o ator trágico preferido de Napoleão, François Joseph Talma (1763-1826), o pintor Louis David (1748-1825), e muitos outros.  

Com relação às suas profecias, que existem em registros históricos, consta que ela anunciou a Robespierre e Saint-Just a tragédia deles em cadafalso, o que realmente veio a se cumprir em 1794, quando eles foram guilhotinados em praça pública. Naturalmente, não se tratou de uma simples previsão, tendo em vista que ambos, quando a consultaram, estavam em situação favorável na política, pois pertenciam ao Comitê da Salvação Pública, instalaram o Terror, e foram a verdadeira inspiração para ditadura dos montanheses. A previsão de Marie-Anne, com relação ao destino deles, foi sem dúvida um efetiva visão de futuro. Já com relação à viúva Josephine de Beauharnais, que a consultava continuamente, ela profetizou as vitórias de seu marido Napoleão nas batalhas com países vizinhos, como também previu que eles se separariam pelo divórcio, o que veio a ocorrer em 1809.  

Enfim, a julgar pelo interesse despertado por ela em pessoas conhecidas da sociedade francesa, e porque algumas de suas profecias se cumpriram fielmente, tudo indica que a Profetisa de Saint-Germain era realmente portadora de mediunidade premonitória, e para o espírita serve como mais um registro de que o Espiritismo começava a ser preparado antes de 1857, ano da publicação de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec (1804-1869), demonstrando a relação e a influência do mundo espiritual no mundo material.

 

Referências:

(1) Enciclopédia Europeu-Americana, Ed. Espasa Calpe, Madri, Espanha, 1905, vols. 29, pág. 1602.

(2) Larousse du XX Siècle, Paris, França, 1933, vol. 4, pág. 401.


 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita