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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 128 – 11 de Outubro de 2009

MARIA FÁTIMA DE ALMEIDA
mfatimaalmeida@yahoo.com.br
São Paulo, SP (Brasil)


Doenças, doentes e cura

 

 Desde o início dos tempos, nosso raciocínio movimenta energias e desencadeia ações e reações. As imagens gravadas pela “filmadora da consciência” que registra todos os pensamentos, sentimentos e atitudes, ficam arquivadas no perispírito. Como não é possível apagar esse filme ou excluir esse arquivo, os efeitos retornam sem a intervenção de nenhum tipo de entidade que não o próprio autor da ação. E quando as ações produzem reações em outras criaturas, estas podem reagir sobre nós, vingando-se, até que a sintonia seja desfeita pela vontade dos envolvidos por meio do perdão.

 

A violação de qualquer lei traz desequilíbrio. Qualquer lei pode ser violada a qualquer hora e momento. Entretanto, os resultados disso interferem no cotidiano do agente, gerando doenças ou sensações de sofrimento.

 

Causas de doenças segundo a ciência - Quando nos perguntamos sobre por que adoecemos, é necessário observar que qualquer doença necessita, para surgir, de vários fatores que se conjugam, ou seja, tendências inatas ou predisposições, educação, cultura, condições de habitat, estado emocional, hábitos, vícios e um estímulo detonador. Como exemplo, analisemos uma crise de rinite: a predisposição somada à exposição de agentes como poeiras, odores, fungos, ácaros, mudanças climáticas, poluição são fatores suficientes para sensibilizar o nariz. Nesse caso, limpar livros antigos, por exemplo, pode ser o estímulo detonador da crise de espirros, coriza, coceira no nariz etc.

 

Causas de doenças segundo a espiritualidade – Esta aceita todos os fatores causais preconizados pela ciência com o diferencial da reencarnação. O indivíduo é herdeiro de suas escolhas feitas em outras vidas, e sua personalidade e seus defeitos é que fazem toda a diferença.

 

Finalidade das doenças segundo a ciência – A ciência vê a doença como probabilidade ligada a fatores externos ao indivíduo. Alguns cientistas já aceitam que fatores como temperamento, por exemplo, podem influenciar em seu surgimento, embora não admitam a responsabilidade, pois creem em heranças ancestrais como fator principal da continuidade do modo de ser. Tenta-se fugir da responsabilidade que exige mudanças, mantendo o estudo da doença no físico, centrado em sofisticados exames laboratoriais.   

 

Finalidade das doenças segundo a espiritualidade - Como foi colocado por Jesus, “Bem-aventurados os aflitos” (Mateus, 5:5.), a doença é um motivador para a reflexão. Uma crise que propicia mudanças redireciona energias, recicla raciocínios, comportamentos, leva à interpretação de sentimentos e sensações e, além disso, à interiorização.

 

A observação mostra-nos que pessoas parecidas em personalidade costumam ter doenças semelhantes, pois cada característica desarmônica produz bloqueio energético, que irá se manifestar no órgão físico correspondente, desencadeando doença.

 

A lei do livre-arbítrio aplica-se aos seres dotados de raciocínio contínuo - Pensamento e vontade são forças energéticas, e toda vez que o ser humano pensa, sente e age emite vibrações e, automaticamente, põe em ação essas forças sobre o meio, recebendo seu choque de retorno cedo ou tarde, quer queira ou não, quer acredite ou não. O fator psíquico não anula a lei física de ação e reação, mas a pessoa pode diminuir o choque de retorno, mudando, assim, as condições vibratórias, promovendo um reajuste de pensar-sentir-agir. Do ponto de vista material, a Lei de Ação e Reação é de efeito absoluto, mas na esfera mental-emocional é de efeito relativo. A cada momento, o indivíduo pode atenuar o choque de retorno, gerando impulsos e vibrações contrárias às ações anteriores. Exemplificando: vibrações de ódio podem ser neutralizadas por vibrações de amor de igual intensidade.

 

O simbolismo da doença, segundo a ciência, simboliza apenas o sofrimento; mas, segundo a espiritualidade, vai-se mais além. Cada tipo de doença e o lugar afetado por ela são recados claros de desajustes em andamento, como autocabotagem, carência afetiva, preocupação, ansiedade, medos, temores, tristezas, depressão, frustração, culpa, fuga etc. Algumas enfermidades costumam se repetir em muitas pessoas. Dessa foram, cada um de nós tem o dever de se auto-observar para progredir e se curar, ativa e definitivamente.

 

A doença é transformadora. Ao mesmo tempo em que mostra defeitos de caráter, ajuda a corrigi-los. Determinada doença aponta a intolerância deste; outra, o orgulho daquele; outras ainda mostram a impaciência, a irritabilidade, a inveja, a ira, a suscetibilidade etc.

 

A evolução ativa e a reforma íntima se apresentam como o único remédio possível - A pessoa amadurecida observa, reflete e conclui que viver é tarefa fascinante de autoconhecimento e auto-aprimoramento, e procura perceber isso e executar tal tarefa sem interferir na dos outros. Busca harmonia e conexão com o todo; angaria ajuda, mas não cria dependência dela; percebe dificuldades e obstáculos como fases a serem superados. Aceita que doenças e sofrimentos refletem escolhas inadequadas do seu passado, reunindo forças e modificando-as no presente. Descobre o valor do tempo e das oportunidades sem perdê-lo em choros e lamentações. Sente-se responsável pelo próprio corpo, respeitando-o no combate aos vícios e hábitos danosos, na busca de longevidade sem doenças, e pelo meio ambiente do qual é parte integrante, bem como pelo próximo. Mas, também, sente-se feliz no final do dia ao constatar que progrediu, sem se desanimar com as recaídas quando submetida a novas provas. Diante disso, reflete e continua.

 

Como as mudanças que se dispõe a fazer estão assentadas na lei, ela não se importa com o que os outros pensam a seu respeito, preocupando-se com sua paz interior. Conhecedora dos requisitos mínimos para sua transformação íntima – saber quem somos, como agimos e quais são nossas intenções –, age com discernimento e coragem, definindo novos objetivos e traçando as formas de atingi-los.

 

Nesse contexto, dispomos, ainda, de dois recursos valiosos: arrependimento e perdão. O perdão exige a reparação dos erros cometidos. Para nós, é ótimo, porque evita as obsessões e novas quedas. O perdão divino é o esquecimento temporário do erro, nada mais, para que tenhamos as condições ideais de ressarcir débitos contraídos em pretérito remoto. Como a justiça é interativa, o foro íntimo registra, além dos erros próprios, os dos outros que são cometidos sob nossa influência. Assim, perdoar alguém em nome de Deus é um absurdo.

 

Concluindo a nossa reflexão, é interessante destacarmos a questão 466 de O Livro dos Espíritos. Kardec pergunta aos Espíritos superiores por qual razão Deus permite que os obsessores nos induzam ao mal. E os benfeitores explicam: “Os Espíritos imperfeitos são instrumentos destinados a experimentar a fé e a constância dos homens na prática do bem. Como Espíritos, deveis progredir na ciência do infinito, razão porque passais pelas provas do mal, a fim de chegardes ao bem. Nossa missão é a de colocar-vos no bom caminho, e quando más influências agem sobre vós é que as atrais, pelo desejo do mal. Os Espíritos inferiores vêm em vosso auxílio no mal, sempre que desejais cometê-lo; e só vós podeis ajudar no mal quando quereis o mal. Então, se vos inclinardes para o assassínio, tereis uma nuvem de Espíritos que vos alimentarão esse pendor. Entretanto, tereis outros que procurarão influenciar-vos para o bem. Assim se restabelece o equilíbrio e ficais senhor de vós mesmos”.

 

 

Referências:
 

COELHO, Rogério – artigo “Obsessão Fisiológica”, publicado pelo Informativo doutrinário da Sociedade Muriaense de Estudos Espíritas – Ano IX – nº 99, de abril de 2009.


CANHOTO, Américo. “Saúde ou Doenças – A escolha é sua”. Petit Editora.


 


 


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