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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 128 – 11 de Outubro de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(Parte 17)

Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. A música pode ajudar no abrandamento dos costumes?

Sim. Notícia divulgada pela Revue revela que em determinada casa de detenção de Melun o diretor fez com que a música penetrasse nas celas dos condenados e o efeito foi muito grande sobre o moral dos detentos. Em Bicêtre, segundo a mesma notícia, a música era também utilizada com sucesso no tratamento dos internos. Para estes, cantar era uma festa e o caminho de uma meia reabilitação intelectual. Comentando o assunto, Kardec observa que em todos os tempos tem-se reconhecido a influência salutar da música, pelo abrandamento dos costumes. Sua introdução entre os criminosos constituía um progresso incontestável e só poderia ter resultados satisfatórios, porque a música move as fibras entorpecidas da sensibilidade e as predispõe a receber as impressões morais. (Revue Spirite de 1864, pp. 257 a 261.)

B. No tocante ao abrandamento citado na questão anterior, a música basta por si mesma?

Não. Comentando a notícia anteriormente referida, Kardec disse que a música por si só não é suficiente para a reabilitação daquelas criaturas. É preciso também falar-lhes à alma, após haver amolecido seu coração. O que lhes falta é a fé em Deus e no futuro, não uma fé vaga, incerta, mas uma fé baseada na certeza, o que pode torná-la inabalável. Faz-se, pois, necessário atingir o mal na sua raiz. (Obra citada, pág. 261.)

C. Há diferença entre o louco e o indivíduo com retardamento mental (designado na época de Kardec pelos vocábulos idiota e cretino)?

Sim. Em se referindo aos idiotas e cretinos, que parecem votados pela própria natureza a uma nulidade moral absoluta, o Espiritismo experimental provou, pelo isolamento do Espírito e do corpo, que eles são geralmente Espíritos desenvolvidos e não atrasados, tão-somente unidos a corpos imperfeitos. A diferença entre o louco e o cretino - esclarece Kardec - é que o primeiro, ao nascer, é provido de órgãos cerebrais constituídos normalmente, mas que mais tarde se desorganizam, ao passo que o segundo é um Espírito encarnado num corpo cujos órgãos, atrofiados desde o princípio, não lhe permitem manifestar livremente o pensamento. O que falta ao idiota não são as faculdades, mas as cordas cerebrais correspondentes a essas faculdades, para a sua manifestação. (Obra citada, pp. 262 e 263.)

Texto para leitura

198. A Revue transcreve interessante artigo publicado originalmente pelo Sr. Chadeuil na Revue  musical do Siècle de 21-6-1864, sobre a influência da música sobre os detentos, os loucos e os idiotas. Em determinada casa de detenção de Melun o diretor fez com que a música penetrasse nas celas dos condenados. O efeito foi muito grande sobre o moral dos detentos. (PP. 257 e 258)

199. Em vários hospícios, notadamente em Bicêtre - informa o artigo -, a música era também utilizada com sucesso no tratamento dos internos. Para estes, cantar era uma festa e o caminho de uma meia reabilitação intelectual. (P. 259)

200. Comentando o assunto, Kardec observa que em todos os tempos tem-se reconhecido a influência salutar da música, pelo abrandamento dos costumes. Sua introdução entre os criminosos constituía um progresso incontestável e só poderia ter resultados satisfatórios, porque a música move as fibras entorpecidas da sensibilidade e as predispõe a receber as impressões morais. (P. 261)

201. Kardec diz, porém, que a música por si só não é suficiente para a reabilitação dessas criaturas, porque é preciso falar à alma, após haver amolecido o coração. O que lhes falta é a fé em Deus e no futuro, não uma fé vaga, incerta, mas uma fé baseada na certeza, o que pode torná-la inabalável. Faz-se, pois, necessário atingir o mal na sua raiz. (P. 261)

202. Um dia - prevê Kardec - será reconhecida toda a extensão do socorro a encontrar nas ideias espíritas, cuja influência já está provada pelas numerosas transformações que operam nas naturezas mais rebeldes. O Espiritismo já não se achava no estado de simples teoria e, conforme os resultados por ele produzidos, podia-se afirmar sem medo que a diminuição dos crimes e delitos seria proporcional à sua divulgação, o que o futuro se encarregaria de demonstrar. (PP. 261 e 262)

203. No tocante à loucura, afirma Kardec que o Espiritismo veio lançar uma luz completamente nova sobre as doenças mentais, ao demonstrar a dualidade do ser humano e a possibilidade de se agir isoladamente sobre o ser espiritual e sobre o ser material. (P. 262)

204. Em se referindo aos idiotas e cretinos, que parecem votados pela própria natureza a uma nulidade moral absoluta, o Espiritismo experimental prova, pelo isolamento do Espírito e do corpo, que eles são geralmente Espíritos desenvolvidos e não atrasados, tão-somente unidos a corpos imperfeitos. (P. 262)

205. A diferença entre o louco e o cretino - esclarece Kardec - é que o primeiro, ao nascer, é provido de órgãos cerebrais constituídos normalmente, mas que mais tarde se desorganizam, ao passo que o segundo é um Espírito encarnado num corpo cujos órgãos, atrofiados desde o princípio, não lhe permitem manifestar livremente o pensamento. O que falta ao idiota não são as faculdades, mas as cordas cerebrais correspondentes a essas faculdades, para a sua manifestação. (PP. 262 e 263)

206. A cura radical do idiota é, por isso, impossível; tudo quanto se pode esperar no seu tratamento é uma ligeira melhora. Não se conhecendo nenhum tratamento aplicável aos órgãos, é ao Espírito que devemos nos dirigir quando deles cuidamos. A música é um meio de agir sobre os seus órgãos, porque consegue abalar essas fibras entorpecidas, como um grande ruído que chega aos ouvidos de um surdo. (P. 263)

207. A Revue reproduz na íntegra documento publicado a 31 de julho de 1864 no jornal El Diário, de Barcelona, de autoria do Monsenhor Pantaleón Monserra y Navarro, bispo daquela cidade, o qual, contendo as novas ordenações da Igreja a respeito do Espiritismo, acusa a este de ressuscitar as antigas práticas da necromancia. (PP. 264 a 273)

208. Rebatendo as críticas mais importantes contidas no aludido documento, Kardec esclarece que o Espiritismo não saiu do cérebro de nenhum homem. “Se os Espíritos não se tivessem manifestado por si mesmos, não teria havido Espiritismo”, assevera o Codificador. (P. 266)

209. Sua fácil aceitação, longe de ser uma anomalia, é uma consequência de sua natureza, que lhe dá posição entre as ciências de observação. Sendo o Espiritismo uma ciência ainda muito jovem, era natural que tivesse contra si a oposição de muitos, que Kardec classificou em 4 grupos: 1o, os que creem na matéria tangível e negam todo poder intelectual fora do homem; 2o, certos sábios que pensam que a natureza não tem mais segredos para eles ou que só a eles cabe descobrir o que ainda esteja oculto; 3o, os que, em todos os tempos, se esforçam por deter a marcha ascendente do espírito humano, por temerem que o desenvolvimento das ideias lhes prejudique o poder e os interesses; 4o, os que, sem ideia preconcebida e não o conhecendo, julgam-no pelo disfarce com que o apresentam seus adversários, com vistas a desacreditá-lo. (P. 268) (Continua no próximo número.)



 


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