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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 125 - 20 de Setembro de 2009

WILSON CZERSKI
wilsonczerski@brturbo.com.br
Curitiba, Paraná (Brasil)  

 A gripe suína


Há ainda alguns raciocínios que gostaríamos de desenvolver sobre as mortes coletivas causadas por epidemias como a gripe espanhola que em menos de dois anos (1917-1918) matou entre 20 e 40 milhões de pessoas e tantas outras que, antes da ciência descobrir meios de prevenção e cura, dizimaram populações inteiras ao longo da História. Fiquemos com um caso recente.

Em abril de 2009 surgiu no México o vírus de uma nova gripe que logo foi denominada de Gripe Suína e, mais tarde, também de Nova Gripe ou Gripe A provocada pelo vírus H1N1 e de lá se espalhou pelo mundo inteiro. No Brasil chegou poucas semanas depois e até o dia 3 de setembro fez 657 vítimas fatais. Estas e tantas outras epidemias e pandemias que assolam a humanidade de tempos em tempos nos remete, quanto às causas espirituais, a uma analogia com a poluição ambiental do planeta. Lixos nos mares e rios provocando sérios danos na fauna e na flora e ao próprio homem tanto na transmissão de doenças como enchentes urbanas, etc. Mas, principalmente, serve de comparação a poluição do ar pela emissão de gases tóxicos provenientes das indústrias e das queimadas das florestas.

A natureza sempre cobra preço elevado pelos abusos humanos. O aumento quantitativo e de intensidade dos furacões, ciclones e os desequilíbrios climáticos com alternâncias bruscas e extemporâneas de frio e calor e a ocorrência de chuvas torrenciais e secas devastadoras refletem, em grande parte, segundo a ciência, a nossa irresponsabilidade e ganância.

Independente disso, costuma-se dizer que as tempestades possuem o dom benéfico não só de irrigar o solo, mas de promover um saneamento da atmosfera. Grande quantidade da poluição acumulada no ar é lavada pela chuva e pelas descargas elétricas. A violência com que atingem o solo tem um efeito purificador. Espiritualmente ocorre o mesmo, como esclarece a Q. 783, aliás, utilizando essa mesma analogia: “(...) O homem não percebe... nessas comoções senão a desordem e a confusão momentâneas... aquele que eleva seu pensamento... admira a Providência, que do mal faz surgir o bem... A tempestade...”.

André Luiz em suas obras psicografadas por Chico Xavier refere-se várias vezes à psicosfera planetária constituída pelas vibrações produzidas pelos pensamentos, emoções, sentimentos e atos humanos que envolvem todos os seres, desencarnados, inclusive.

Como prevalece entre nós as vibrações de teor negativo, o somatório delas, sobrepujando as positivas, torna-as cada vez mais densas e pesadas. Chegado a um limite máximo, acaba por provocar uma espécie de derrame energético que aparece na forma de catástrofes, guerras e doenças. Particularmente estas encontram no citado mentor uma explicação especial. Vibriões invisíveis, de origem espiritual e gerados pela invigilância das mentes humanas, pululam nesta psicosfera e, de tempos em tempos, acabam por se materializar organicamente na forma de espécies novas de bactérias, vírus e bacilos mórbidos a causarem doenças desconhecidas e às vezes letais para grande número de pessoas.

O ataque desses agentes patogênicos caracteriza também uma forma de expressão da lei de causa e efeito atingindo as coletividades em caráter expiatório. Em sociedade somos todos responsáveis, em maior ou menor grau, pelo que sucede aos demais, tanto fisicamente (poluição material) como espiritualmente (poluição psíquica ou energética). E do resultado total provocado cada um retira o quinhão correspondente à sua parcela de contribuição.

Essa é a regra geral, mas temos razões para suspeitar que nem sempre é assim. No caso da Gripe A, os grupos de risco, indivíduos mais propensos a desenvolver os sintomas, são crianças, idosos e mulheres grávidas, sabidamente pessoas com o sistema imunológico mais vulnerável, além dos portadores de outras doenças como as respiratórias, hipertensão, etc. As suscetibilidades por conta da existência de outras doenças podem refletir componentes cármicos com lesões perispirituais prévias ou sintomatologia natural devido à velhice e consequente desgaste dos órgãos. Mas, e os demais?

O fato de ser criança ou a condição de gravidez não é indicativo de dívida moral com necessidade expiatória. Afora eventuais comprometimentos anteriores com a lei divina em relação à vida em sociedade, por que elas? Por que, talvez, um número imenso de outros indivíduos foram contaminados pelo vírus e não manifestaram a doença? E por que, entre os que apresentaram sintomas, uns os tiveram mais leves e outros foram levados a óbito?

Cremos que da mesma forma como uma tempestade, ao assolar uma cidade ou região, não distingue as vítimas pela impossibilidade de isolar umas das outras, com ‘tempestades espirituais’ ocorre a mesma coisa. Talvez muitas das vítimas dessa gripe e de outras enfermidades de natureza infecto-contagiosas – descartando aqui as causas puramente de falta de profilaxia, condições de higiene, vacinação que são de responsabilidade dos governos – possuíam, sim, contas a ajustar com as leis divinas.

Porém, muitas outras foram atingidas contingencialmente, isto é, por habitarem um mundo ainda atrasado moralmente, necessitados de experiências dolorosas para provocar o seu aperfeiçoamento espiritual. Em outras palavras, seriam provas e não expiações. Não se trata de débitos, mas de esforço para crescimento e aquisição de créditos. De outro lado, muitos outros que estiveram expostos ao contágio, mesmo pertencentes aos grupos de risco e saíram imunes, talvez devam isso a uma proteção maior adquirida por eles mesmos ou até pelas intervenções de protetores espirituais, como se dá no caso das intercessões. Resumindo: não seria demérito das pessoas acometidas pela doença e sim mérito das que escaparam ilesas.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita