WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 124 - 13 de Setembro de 2009

WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)

                       

Cultura da paz

 

Somos seres que trazemos a semente da paz, mas é preciso ser
de fato um multiplicador da cultura da paz

 

 
Há indivíduos incríveis, verdadeiros agricultores do Bem que plantam estrelas na Terra promovendo o progresso nas áreas da cultura, ciência, tecnologia, filosofia e religião. Seus passos deixam pegadas inesquecíveis que ultrapassam a barreira do tempo e repercutem-se em benefícios imensos para mais de uma geração. O francês Pierre Weil  (1924 – 2008) foi um desses agricultores do bem ao semear no mundo uma cultura de paz. Weil estava no Brasil desde 1948 e em terras tupiniquins criou a Unipaz, universidade com o objetivo de educar o ser humano para uma cultura de respeito e amor ao próximo, ou seja, uma cultura voltada aos reais valores do espírito. Reitor da Unipaz desde 1987, já publicou mais de 40 livros, tornando-se nome respeitado no cenário da educação nacional e internacional. Desencarnou recentemente, mais precisamente no dia 10 de Outubro de 2008, deixando um legado de trabalho e cultura que torcemos para que influencie gerações, transformando o mundo realmente num local onde a paz reine soberana.

 

Interessante ressaltar que Pierre Weil, na época da Segunda Guerra Mundial, trabalhou na Cruz Vermelha – entidade sediada na cidade de Genebra – Suíça – que ampara as vítimas das guerras. Seu ideal de semear a paz vem de longa data, aliás, a paz é marca registrada dos Espíritos cônscios do papel que devem desempenhar no mundo.

 

Significativo detalhe: mesmo em épocas de guerra encontramos pessoas dispostas a colaborar de maneira amorosa para o engrandecimento humano. Enquanto as guerras explodem as granadas do ódio, da vingança, do desejo de posse a refletir a mesquinhez e imaturidade, por outro lado há quem consiga produzir em prol do bem coletivo sem envolver-se com essas tristes aspirações.

 

Espíritos mais esclarecidos, como era o caso de Pierre Weil, conseguem superar a tendência egoística e beneficiar multidões vitimadas pela intransigência de alguns líderes alienados quanto aos reais objetivos da existência humana. E como citamos a Segunda Guerra Mundial, imagine se à semelhança do benfeitor Pierre Weil, Adolf Hitler emprestasse seus dotes de liderança para disseminar uma cultura de paz, de respeito e de amor ao próximo? Imagine Hitler abraçando judeus e oferecendo-lhes educação, carinho, atenção. Imagine Hitler respeitando as diversidades culturais, percorrendo a multidão e socorrendo os combalidos. Impossível que isso ocorresse? Já estava escrito nos livros da vida? Não, nada estava escrito nos livros da vida, certamente a história do mundo poderia ser outra, muito melhor, sem tanto desespero, lágrimas e mortes que destruíram países e fizeram ruir economias, abalando milhões de pessoas. Eis então a questão do livre-arbítrio. Enquanto Pierre Weil optou pelo caminho da paz, Hitler percorreu a estrada da guerra. No entanto, forçoso admitir que toda ação gera uma reação. Weil,  semblante tranquilo, vida repleta de amigos e admiradores colherá amor, respeito, consideração. Hitler, olhos confusos e coração endurecido, colheu, certamente, dores e dissabores. São as leis da vida em sua perfeita sincronia preconizadas tão magistralmente pelos lábios inigualáveis de Jesus: “A cada um segundo suas obras”.

 

Lembro-me de que quando criança vi na casa de um ex-combatente brasileiro um quadro de profundo significado: um soldado abraçado à sua arma chorava copiosamente a morte de um companheiro. Acima da figura do soldado uma interrogação escrita em letras bem grandes: Por quê?

 

Aquele quadro calou fundo em meu coração. Por que optamos pelos caminhos da guerra, da dor, da intransigência e intolerância? Será tão difícil seguir os passos de baluartes da paz como Gandhi, Luther King e Pierre Weil? Acredito que não, porquanto nenhum de nós nasce para semear a guerra. Em realidade, somos seres que trazemos a semente da paz em nosso coração, no entanto é preciso fazer a escolha certa e plantar estrelas, ou seja, ser de fato um multiplicador da cultura da paz!

 

Pensemos nisso.

 

Este texto foi extraído do livro "Memórias do Holocausto", escrito por Arlindo Rodrigues, inspirado pelo Espírito Rudolf, com reflexões de Wellington Balbo.



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita