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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 124 – 13 de Setembro de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 1)

Damos início hoje ao estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como conceituar a prece?

Conforme palavras do ministro Clarêncio, a prece, qualquer que ela seja, é ação provocando a reação que lhe corresponde. Às vezes paira na região em que foi emitida ou se eleva mais ou menos, recebendo resposta imediata ou remota, conforme suas finalidades. Almas enobrecidas amparam os impulsos de expressão mais nobre. Ideais e petições de grande significação remontam às al­turas. Cada prece caracteriza-se por determi­nado potencial de frequência e todos nós estamos cercados por Inteli­gências capazes de sintonizar com o nosso apelo, à maneira de estações receptoras, visto que a Humanidade Universal constitui-se de criaturas de Deus, em diversas idades e posições. (Entre a Terra e o Céu, cap. I, pp. 9 e 10.)

B. Como entender o mal e suas consequências?

O mal – diz Clarêncio – é sempre um círculo fechado sobre si mesmo, guardando temporariamente aqueles que o criaram, qual se fora um quisto de curta ou longa duração, a dissolver-se, por fim, no bem infinito, à medida que se reeducam as Inteligências que a ele se aglu­tinam e afeiçoam. É por isso que o Senhor tolera a desarmonia, para que, através dela mesma, se efetue o reajustamento moral dos que a susten­tam, uma vez que o mal reage sobre aqueles que o praticam. Somos todos senhores de nossas criações e, ao mesmo tempo, delas escravos infortu­nados ou felizes tutelados. "Pedimos e obtemos, mas pagaremos por to­das as aquisições", acentuou Clarêncio. "A responsabilidade é princí­pio divino a que ninguém poderá fugir." (Obra citada, cap. I, pp. 10 a 12.)

C. Que é oração refratada?

A prece ou oração refratada é aquela cujo impulso luminoso tem sua direção des­viada, passando a outro objetivo. (Obra citada, cap. II, pp. 13 a 15.) 

Texto para leitura

1. Nosso "hoje" será a luz ou a treva do nosso "amanhã" - No prefácio, Emmanuel informa que da história contida neste livro destacam-se os impositivos do respeito que nos cabe consagrar ao corpo físico e do culto incessante de serviço ao bem, para retirarmos da romagem terrena as melhores vantagens com vistas à vida imperecível. Nenhuma situação espetaculosa nele iremos encontrar. Em suas páginas o que veremos é a vida comum das almas que aspiram à vitória sobre si mesmas, valendo-se dos tesouros do tempo para a aquisição de luz renovadora. André reuniu nesta obra quadros e situações que são comuns nos lares terrenos, e sobre tais fatos, por ensinamento central, ele nos mostra a necessidade da valorização dos recursos que o mundo nos oferece para a rees­truturação do nosso destino. "Em muitas ocasiões, somos induzidos – diz Emmanuel – a fitar a amplidão celestial, incorporando energia para conquistar o futuro; entretanto, muitas vezes somos constrangidos a observar o trilho terrestre, a fim de entender o passado a que o nosso presente deve a sua origem". Neste livro somos, pois, forçados a contemplar-nos por dentro, em nossas experiências e possibilidades, "para que não nos falhe o equilíbrio à jornada redentora, no rumo do porvir". É como se dele uma voz inarticulada do Plano Divino nos fa­lasse: "A Lei é viva e a Justiça não falha! Esquece o mal para sempre e semeia o bem cada dia!... Ajuda aos que te cercam, auxiliando a ti mesmo! O tempo não para, e, se agora encontras o teu ontem, não olvi­des que o teu hoje será a luz ou a treva do teu amanhã!..."  (Prefácio, págs. 7 e 8) 

2. Toda prece provoca uma reação correspondente - Clarêncio comentava, no Templo do Socorro, em "Nosso Lar", a sublimidade da prece, e todos o ouviam com a melhor atenção. "Todo desejo – dizia o Ministro – é manancial de poder. A planta que se eleva para o alto, convertendo a própria energia em fruto que alimenta a vida, é um ser que ansiou por multiplicar-se..." Um dos ouvintes lembrou, contudo, que todo peditório reclama quem ouça. Assim, quem teria respondido aos rogos, sem pa­lavras, da planta? Clarêncio respondeu, tranquilo: "A Lei, como repre­sentação de nosso Pai Celestial, manifesta-se a tudo e a todos, atra­vés dos múltiplos agentes que a servem. No caso a que nos reportamos, o Sol sustentou o vegetal, conferindo-lhe recursos para alcançar os objetivos que se propunha atingir". E, com significativo entono na voz, o Benfeitor continuou: "Em nome de Deus, as criaturas, tanto quanto possível, atendem às criaturas. Assim como possuímos em eletri­cidade os transformadores de energia para o adequado aproveitamento da força, temos igualmente, em todos os domínios do Universo, os trans­formadores da bênção, do socorro, do esclarecimento... As correntes centrais da vida partem do Todo-Poderoso e descem a flux, transubstan­ciadas de maneira infinita. Da luz suprema à treva total, e vice-versa, temos o fluxo e o refluxo do sopro do Criador, através de seres incontáveis, escalonados em todos os tons do instinto, da inteligên­cia, da razão, da humanidade e da angelitude, que modificam a energia divina, de acordo com a graduação do trabalho evolutivo, no meio em que se encontram". Clarêncio informou, então, que cada degrau da vida está superlotado por milhões de criaturas: "O caminho da ascensão es­piritual é bem aquela escada milagrosa da visão de Jacob, que passava pela Terra e se perdia nos céus... A prece, qualquer que ela seja, é ação provocando a reação que lhe corresponde". O Instrutor explicou que a prece às vezes paira na região em que foi emitida ou se eleva mais, ou menos, recebendo resposta imediata ou remota, conforme as suas finalidades. Almas enobrecidas amparam os impulsos de expressão mais nobre... Ideais e petições de grande significação remontam às al­turas... Cada prece, esclareceu Clarêncio, se caracteriza por determi­nado potencial de frequência e todos nós estamos cercados por Inteli­gências capazes de sintonizar com o nosso apelo, à maneira de estações receptoras, visto que a Humanidade Universal constitui-se de criaturas de Deus, em diversas idades e posições... (Cap. I, págs. 9 e 10) 

3. O mal reage sobre aqueles que o praticam - Clarêncio deixou claro que no Reino Espiritual devemos considerar também os "princípios da herança". Cada consciência, à medida que se aperfeiçoa e se santifica, aprimora em si qualidades do Pai, harmonizando-se, gradativamente, com a Lei. "Quanto mais elevada a percentagem dessas qualidades num espí­rito, mais amplo é o seu poder de cooperar na execução do Plano Di­vino, respondendo às solicitações da vida, em nome de Deus", acrescen­tou o Ministro. Ele esclareceu, contudo, que devemos abster-nos de utilizar a palavra "prece", quando uma pessoa invoca as forças espiri­tuais para propósitos malignos. "Quando alguém nutre o desejo de per­petrar uma falta está invocando forças inferiores e mobilizando recur­sos pelos quais se responsabilizará", explicou o Instrutor. Podemos, então, através dos impulsos infelizes da alma, descer às desvairadas vibrações da cólera ou do vício e com facilidade cair no poço do crime, ligando-nos de imediato a certas mentes estagnadas na ignorân­cia, que se fazem instrumentos de nossas baixas idealizações ou das quais nos tornamos joguetes. Nossas aspirações movimentam energias para o bem ou para o mal; a escolha é nossa. Daí o cuidado com a dire­ção que lhes dermos, visto que nosso pensamento voará diante de nós, atraindo e formando a realização que nos propomos atingir... O Minis­tro lembrou, ainda, "que o mal é sempre um círculo fechado sobre si mesmo, guardando temporariamente aqueles que o criaram, qual se fora um quisto de curta ou longa duração, a dissolver-se, por fim, no bem infinito, à medida que se reeducam as Inteligências que a ele se aglu­tinam e afeiçoam". É por isso que o Senhor tolera a desarmonia, para que, através dela mesma, se efetue o reajustamento moral dos que a susten­tam, de vez que o mal reage sobre aqueles que o praticam. Somos todos senhores de nossas criações e, ao mesmo tempo, delas escravos infortu­nados ou felizes tutelados. "Pedimos e obtemos, mas pagaremos por to­das as aquisições", acentuou Clarêncio. "A responsabilidade é princí­pio divino a que ninguém poderá fugir." (Cap. I, págs. 10 a 12) 

4. Uma oração refratada - Atendendo a um pedido que veio da Crosta, Clarêncio passou a examinar um pequeno gráfico que uma auxiliar do Templo do Socorro lhe entregou. Exibindo o documento que trazia nas mãos, o Ministro explicou: "Temos aqui uma oração comovedora que supe­rou as linhas vibratórias comuns do plano de matéria mais densa. Parte de uma devotada servidora que se ausentou de nossa cidade espiritual, há precisamente quinze anos terrestres, para determinadas tarefas na reencarnação". Informou que referida jovem recebia ainda a orientação dos Instrutores Espirituais de "Nosso Lar" e, respondendo a uma dúvida suscitada por Hilário, reportou-se à complexidade do programa reencar­natório, afirmando que quanto mais vastos os recursos espirituais de quem retorna à carne, mais complexo o mapa de trabalho a ser obede­cido. "Quase todos temos do pretérito expressivo montante de débito a resgatar e todos somos desafiados pelas aquisições a fazer. Nisso está o programa, significando em si uma espécie de fatalidade relativa no ciclo de experiências que nos cabe atender; entretanto, a conduta é sempre nossa e, dentro dela, podemos gerar circunstâncias em nosso be­nefício ou em nosso desfavor", elucidou o Ministro, que mostrou que o livre arbítrio, também relativo, "é uma realidade inconteste em todas as esferas de evolução da consciência", mas em todos os planos marcha­mos em verdadeira interdependência: os filhos precisam dos pais, os doentes necessitam dos médicos, os moços não prescindem do aviso dos mais velhos... No caso em foco, tratava-se de uma oração refratada, que, diante da ignorância geral, foi assim definida por Clarêncio:  "A prece refratada é aquela cujo impulso luminoso teve a sua direção des­viada, passando a outro objetivo". Evelina, a jovem cuja reencarnação fora garantida pe­los Instrutores de "Nosso Lar", é quem, encontrando-se em extremas di­ficuldades, fizera aquele apelo em favor do pai, às voltas com a saúde periclitante, e da madrasta, que vinha sofrendo obstinada perseguição por parte de Odila, a própria mãe de­sencarnada da suplicante. (Cap. II, págs. 13 a 15) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita