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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 3 - N° 124 - 13 de Setembro de 2009

ANTONIO AUGUSTO NASCIMENTO
acnascimento@terra.com.br
Santo Ângelo, Rio Grande do Sul (Brasil)

 

Gladis Pedersen de Oliveira:

“Temos de investir na educação da criança para que ela possa tornar-se um adulto equilibrado e feliz”

  

Tornando-se espírita ao ler O Livro dos Espíritos, na adolescência, a pedagoga Gladis Pedersen de Oliveira (foto), atual presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, tem contribuído dinamicamente no movimento espírita, notadamente na área da Evangelização Infantil, área em que coordena o Projeto Conte Mais. Nos últimos 5 anos dedicou-se ao resgate da história da evangelização espírita no Brasil, através da trajetória de Cecília Rocha, em seu recente livro "A Missão e os Missionários".  Este e outros assuntos compõem a presente entrevista. 

O Consolador:  Em quais  atividades

atua ou já atuou no Centro Espírita e no movimento espírita? 

Atualmente tenho disponibilidade para a área da palestra pública como palestrante ou ouvinte e colaboro, além da presidência da Federação Espírita (FERGS), na Sociedade Espírita Paz e Amor e na Associação Espírita Paz e Luz, ambas situadas em Porto Alegre-RS. Já exerci a direção de Casa Espírita e atuei nos departamentos e vice-presidência da Federação.

O Consolador: A amiga é muito solicitada como palestrante para seminários e palestras, tanto para trabalhadores como para o público. Quais temas prefere abordar e como sente a repercussão dessas atividades?

Tenho preferência por temas da área de Educação e Família, Reencarnação e Mediunidade. 

O Consolador: Como surgiu a ideia da Coleção Conte Mais editada pela FERGS? Alguma situação em especial que gostaria de compartilhar?  

As várias diretoras do DIJ/FERGS da década de 1980 e 1990 tiveram o cuidado de manter o acervo das excelentes histórias que ilustravam os planos de aula desde 1948 preservados. A ideia de publicar um livro com as histórias era antiga. Em 2002, quando Vilma Darde Ruiz era diretora do DIJ/FERGS e nós estávamos ocupando a vice-presidência da área doutrinária, reunimo-nos com Eloína da Silva Lopes, de Bagé, para planejar como publicaríamos as histórias. Eloína levou o precioso acervo para Bagé, com a incumbência de revisar todas as histórias, atualizar a linguagem e fazer o primeiro projeto do livro. Eloína, em Bagé, montou pequena equipe para assessorá-la, destacando-se Sonia Alcalde que coordenou alguns jovens na digitação do trabalho. Passados três meses Eloína nos telefonou informando que não poderia ser só um livro, mas quatro, de acordo com as faixas etárias e temas morais. O desafio tornara-se maior do que imaginávamos. Publicar um livro já seria difícil, imagine quatro!

Em abril de 2003 conseguimos publicar o volume I do Conte Mais da FERGS, o primeiro livro editado pela Editora da FERGS, que tinha sido criada por Francisco Spinelli há exatos 50 anos naquela época. A tiragem foi de 1.000 livros que se esgotaram em três meses. Fez-se logo uma segunda edição do volume I e gradativamente foram publicados os volumes seguintes. O trabalho foi desenvolvendo-se sem que tivéssemos a ideia da dimensão que tomaria. 

O Consolador: Como está o estágio atual do Projeto Conte Mais? 

Hoje já temos impressos oito livros ilustrados infantis, seis com o respectivo livro de atividades. Outros dois novos estão sendo ilustrados e tivemos a alegria de ver o impacto da Coleção na Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, e acertando com a EDICEI – do Conselho Espírita Internacional – a publicação da Coleção Conte Mais em inglês e espanhol, para ser levado às crianças e jovens de várias partes do planeta. Não temos dúvida de que é um recurso educativo que atinge a emoção e o sentimento, despertando os potenciais positivos que estão em gérmen na mente infanto-juvenil. 

O Consolador: Fale-nos da motivação para seu último livro A Missão e os Missionários, em que resgata a trajetória da Evangelização Espírita no Rio Grande do Sul e no Brasil, destacando a figura exemplar de Cecília Rocha. Como tem sido a receptividade dos espíritas? 

Há muito tempo acalentávamos a ideia de resgatar a história da implantação da evangelização infanto-juvenil no Rio Grande do Sul e no Brasil. Inicialmente aproveitei os Encontros Nacionais de Diretores de DIJ promovidos pelo DIJ/FEB para lançar a ideia de que cada Estado do Brasil deveria resgatar os fatos dessa atividade em seu território. Não deu resultado. Dei-me conta de que a professora Cecília Rocha tinha sido a desbravadora desse processo em todos os Estados do Brasil e que a história poderia ser resgatada a partir de sua pessoa e da missão que ela desenvolveu, com a vantagem de contar com ela viva e outros colaboradores, facilitando assim o resgate histórico. Foram cinco anos de trabalho até o resultado final. A receptividade tem sido positiva.

O Consolador: Qual a importância da evangelização das crianças e dos jovens?  

A frase impositiva de Jesus, que tomamos sempre por divisa, diz da relevância desse trabalho: “Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais”. A fase infanto-juvenil é a mais propícia para lançarmos a semente do Evangelho do Mestre e dos postulados da Doutrina Espírita. É a boa semente lançada no solo fértil. 

O Consolador: Alguma experiência ou lição significativa a relatar sobre o valor da evangelização? 

Atuamos na Evangelização desde 1969 e hoje já temos possibilidade de constatar o efeito benéfico nas crianças e jovens que foram evangelizados e agora são adultos equilibrados e úteis a si e à sociedade. 

O Consolador: Como avalia o estado atual da Evangelização Espírita no Rio Grande do Sul e no Brasil? 

Precisamos estar sempre investindo na formação do evangelizador. Disponibilizando materiais, oferecendo cursos, encontros. Vemos no livro “Currículo para as Escolas de Evangelização” da FEB um dos maiores recursos para promovermos a unificação no Movimento Espírita Brasileiro. 

O Consolador: Como analisa o momento atual da divulgação do Espiritismo?   

Precisamos investir mais na Divulgação da Doutrina Espírita com qualidade e fidelidade Doutrinária. 

O Consolador: O que pensa sobre o compromisso dos espíritas como dirigentes de Instituições Espíritas? 

Esse compromisso é muito grande e de muita responsabilidade. O dirigente espírita é visto como modelo a ser seguido. Ele deve se revestir de liderança intelecto-moral preconizada por Allan Kardec em “Obras Póstumas”. 

O Consolador: Como presidente, em segundo mandato, da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, relate-nos, resumidamente, suas ações e projetos. 

No primeiro mandato buscamos promover uma reorganização na área administrativa da Instituição juntamente com os companheiros da diretoria executiva. Renovamos o quadro funcional, foram onze demissões. E imprimimos um novo ritmo de trabalho na Distribuidora e Editora Francisco Spinelli. Na área doutrinária investiu-se na divulgação e no maior entrosamento com as Casas Espíritas do Estado. Naturalmente que grandes desafios estão, na segunda gestão, exigindo ação precisa da diretoria executiva, pois pretendemos iniciar a ampliação do prédio da FERGS, que terá mais três andares e deixar já aprovada a planta na Prefeitura de Porto Alegre do projeto de um novo edifício, na parte dos fundos da FERGS, que terá cinco pavimentos. Recebemos, por doação, área de cerca de 25.000 m2 no município de Alvorada, em 2008. Já está pronto o projeto de ocupação desse espaço que servirá para um trabalho na área social e educativa e um centro de convenções para as atividades do movimento espírita gaúcho. 

O Consolador: Como a irmã percebe os desafios do planeta em transformação, especialmente a violência sexual contra crianças? 

O período que vivemos, apocalíptico, exige a ação no bem. Os bons têm que dar seu contributo no combate ao erro, ao vício. Não podemos mais ficar acomodados e deixar as coisas equivocadas acontecerem. Seremos responsáveis pelo mal que advier da nossa inércia em lugar de fazer o que deve ser feito. A pedofilia tem que ser denunciada e precisamos agir protegendo a infância para determos o ciclo negativo: a criança abusada hoje será o abusador do amanhã. 

O Consolador: O que sua experiência como educadora e espírita tem-lhe permitido aprender?  

Que cada vez mais temos que investir na educação moral e emocional da criança para que ela tenha condições de tornar-se um adulto equilibrado e feliz.

O Consolador: E quanto à constatação de muitos pais isentarem-se de sua parte na educação dos filhos esperando que a escola e os professores a façam? 

Os pais que agem dessa forma equivocada estão desrespeitando as leis divinas, negligenciando as suas responsabilidades como representantes da autoridade divina junto à prole. O lar é a primeira e indispensável escola dos Espíritos reencarnados e os pais são os primeiros professores e modelos insubstituíveis. 

O Consolador: Suas palavras finais. 

Nós espíritas precisamos nos conscientizar mais das nossas responsabilidades em relação à melhoria do mundo em que vivemos. Não podemos nos acomodar em relação ao que deve ser feito em todas as áreas. Temos que dar o exemplo de fé, de luta, de perseverança, liderando os processos de modificação especialmente na área da moralidade.
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita