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Clássicos do Espiritismo
Ano 3 - N° 124 – 13 de Setembro de 2009

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Evolução Anímica

  Gabriel Delanne

 (Parte 3)

 
Damos continuidade nesta edição ao estudo do clássico A Evolução Anímica, que será aqui estudado em 17 partes. A fonte do estudo é a 8ª edição do livro, baseada em tradução de Manoel Quintão publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que é que os corpos orgânicos têm que não existe nos inorgânicos?

R.: O que existe nos corpos orgânicos, que não apenas fabrica mas repara os órgãos, é a força vital, que rege todos os fenômenos vitais e dá irritabilidade às partes contráteis de animais e plantas. (A Evolução Anímica, pp. 33 e 34.) 

B. É a força vital que dá a forma característica dos indivíduos?

R.: Não. A força vital não basta, por si só, para explicar a forma característica dos indivíduos e tampouco justifica a hierarquia sistematizada de todos os órgãos e sua sinergia em função de um esforço comum, visto serem eles ao mesmo tempo autônomos e solidários. (Obra citada, pág. 38.) 

C. Que é então que dá a forma que caracteriza os indivíduos?

R.: É o perispírito, que contém o desenho prévio, a lei que servirá de regra inflexível ao novo organismo e que lhe assinará o lugar na escala morfológica, segundo o grau de sua evolução. Possui ele as leis organogênicas, mantenedoras de fixidez do organismo, malgrado as constantes mutações moleculares. (Obra citada, pp. 38 e 39.)  

Texto para leitura 

23. O meio líquido que banha as células deve conter certas substâncias indispensáveis à sua nutrição, a saber: 1o. - Substâncias nitrogenadas, nas quais entram nitrogênio, carbono, oxigênio e hidrogênio – as proteínas. 2o. - Substâncias ternárias, ou seja, compostas de carbono, oxigênio e hidrogênio – os carboidratos e os lipídios. 3o. - Substâncias minerais, como os fosfatos, a cal, o sal etc. Essas três espécies de substâncias, quaisquer que sejam as formas de que se revistam, são indispensáveis ao entretenimento da vida. Com elas o organismo fabrica tudo o que lhe aproveita à vida do corpo. (N.R.: Não se usa hoje o vocábulo azoto, substituído por um outro bem conhecido - o nitrogênio.) (Pág. 30) 

24. Deve-se assinalar que as ações físicas ou químicas em jogo são as mesmas que operam na natureza inorgânica. O que varia são os processos postos em ação. Em todos os graus da escala dos seres vivos, as operações de digestão e respiração são as mesmas; o que difere são os aparelhos convocados a produzir tais resultados. Idêntico é também o modo de reprodução dos seres vivos, e essa notável similitude de funcionamento orgânico prende-se à circunstância de deverem todas as suas propriedades a um elemento comum – o protoplasma, o conteúdo celular vivo, que constitui a parte essencial das células e é o agente de todas as reconstituições orgânicas, de todos os fenômenos íntimos de nutrição. (Págs. 31 e 32) 

25. Todos esses fatos demonstram o grande plano unitário da Natureza, cuja divisa é unidade na diversidade, de sorte que do emprego dos mesmos processos fundamentais resulta uma variação infinita, que estabelece a fecundidade inesgotável das suas concepções, de par com a unidade da vida. (Págs. 32 e 33) 

26. Tem a vida um modo especial de proceder, para manter o seu funcionamento; existe no ser organizado algo inexistente nos corpos inorgânicos, algo operante e que não só fabrica como repara os órgãos. A esse algo chamamos força vital. Essa força, que rege todos os fenômenos vitais, dá irritabilidade às partes contráteis de animais e plantas, ou seja, a propriedade de serem afetadas pelos irritantes exteriores. (Págs. 33 e 34) 

27. Tudo o que tem vida nasce, cresce e morre. Eis um fato geral que quase não padece exceção: dizemos quase porque organismos inferiores, como as moneras, que são uma simples célula, jamais se destroem, a não ser acidentalmente. Mas, por que se morre? Dizer que é porque os órgãos se gastam é indicar apenas uma fase da evolução. Desde, porém, que admitamos na célula fecundada uma certa quantidade de força vital, tudo se torna compreensível. Acreditamos, pois, que haja uma certa quantidade de força vital distribuída por toda criatura que surge na Terra; e, como a geração espontânea não existe em nossa época, é por filiação que se transmite essa força, aliás só manifesta nos seres animados. (N.R.: Monera, ou monere: designação dada pelo naturalista alemão Ernest H. Haechel a organismos que ele idealizou e por ele considerados como o tipo mais primitivo de ser vivo.) (Págs. 35 a 37) 

28. Não é só na matéria e no seu condicionamento que residem as propriedades da vida orgânica. Há nela uma força vital renovadora, pois o que caracteriza a vida é a nutrição reparadora do dispêndio. Quando a substância do músculo operante se destrói, a força vital intervém para reconstituir o tecido, refazendo as células que o formam. Nisso está, precisamente, o que diferencia da matéria bruta o ser animado. Na planta mais ínfima existe alguma coisa mais que no mineral, e essa coisa não repara o corpo sempre nas mesmas condições. A refecção varia com a idade: integral na juventude, incompleta na velhice, tende a diminuir, até que se extingue. (Págs. 37 e 38) 

29. A força vital – que não deixa de ser uma modificação da energia universal – não basta, porém, por si só, para explicar a forma característica dos indivíduos e tampouco justificaria a hierarquia sistematizada de todos os órgãos e sua sinergia em função de um esforço comum, visto serem eles ao mesmo tempo autônomos e solidários. Neste ponto é que se impõe a intervenção do perispírito, isto é, de um órgão que possua as leis organogênicas, mantenedoras de fixidez do organismo, malgrado as constantes mutações moleculares. (Pág. 38)

30. Sabemos, por experimentações espiríticas, que os Espíritos conservam a forma humana, não só por se apresentarem tipicamente assim, como também porque o perispírito encerra todo um organismo fluídico-modelo, pelo qual a matéria se há de organizar, no condicionamento do corpo físico. Na formação da criatura vivente, a vida não fornece como contingente senão a matéria irritável do protoplasma, matéria amorfa, na qual é impossível distinguir o mínimo rudimento de organização, o mais insignificante indício do que venha a ser o indivíduo. A célula primitiva é absolutamente idêntica em todos os vertebrados. É forçoso admitir, portanto, a intervenção de um novo fator que determine as condições construtivas do edifício vital. (Pág. 39) 

31. O perispírito contém o desenho prévio, a lei que servirá de regra inflexível ao novo organismo e que lhe assinará o lugar na escala morfológica, segundo o grau de sua evolução. É no embrião que se executa essa ação diretiva. (Pág. 39) 

32. No desenvolvimento do embrião, ensina Claude Bernard, vemos um simples esboço, precedente a toda e qualquer organização.  Nenhum tecido ali se distingue. Toda a massa constitui-se de células plasmáticas e embrionárias, mas nesse bosquejo “está traçado o desenho ideal de um organismo ainda invisível”. A ideia diretriz dessa atuação vital diz essencialmente com o domínio da vida e não pertence à química nem à física. (Pág. 40) 

33. Tomemos, por exemplo, sementes de espécies variadas. Analisando-as quimicamente, não encontramos nelas a menor diferença em sua composição. Plantemo-las no mesmo terreno, e veremos cada qual submetida a uma ideia diretiva especial, diferente das demais. Durante a vida da planta, essa ideia diretriz conservará a forma característica da planta, renovar-lhe-á os tecidos segundo o plano preconcebido e conforme o tipo que lhe foi assinado. Sendo a matéria primária idêntica para todas as plantas, como idêntica é a força vital para todos os indivíduos, importa exista uma outra força que origine e mantenha a forma. Ao perispírito atribuímos esse papel, tanto no reino vegetal, como no animal. (Págs. 40 e 41) (Continua no próximo número.)
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita