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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 123 – 6 de Setembro de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(Parte 12)

 
Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Findo o processo obsessivo, sua vítima necessita ainda de certo tempo para refazer-se?

Sim. Conforme instrução de um guia espiritual que se intitulava Pequena Cárita, a vítima necessita, sim, de certo tempo para refazer-se. É que, quando o obsessor a abandona, sua vontade não age mais sobre seu corpo mas a impressão que recebeu o perispírito pelo fluido estranho, de que foi carregado, não se apaga de repente e continua por algum tempo a influenciar o organismo. (Revue Spirite de 1864, pp. 174 e 175.) 

B. Acerca da tarefa desobsessiva realizada pelos confrades de Marmande, que comentários fez Kardec?

Kardec, ao registrar o fato, elogiou os irmãos de Marmande pelo tato, pela prudência e pelo devotamento esclarecido de que deram prova naquela circunstância. E advertiu que o resultado não teria sido o mesmo se o orgulho tivesse manchado sua boa ação. “Deus retira seus dons a quem quer que não os use com humildade; sob o domínio do orgulho, as mais eminentes faculdades mediúnicas se pervertem, se alteram e se extinguem, porque os bons Espíritos retiram o seu concurso”, disse o Codificador. (Obra citada, p. 177.)

C. Que é preciso, segundo Kardec, para instruir a infância?

Para instruir a infância - afirma o Codificador - é necessário grande tato e muita experiência, porque ninguém imagina o alcance que poderá ter uma só palavra imprudente que, como um grão de erva daninha, germinará nessas jovens imaginações. (Obra citada, pp. 183 e 184.) 

Texto para leitura

138. O Sr. Renan tem o cuidado de indicar, em notas de chamada, as passagens do Evangelho a que alude, para mostrar que se apoia nos textos. Mas – diz Kardec – não é a verdade das citações que se lhe contesta, mas a interpretação que ele lhes dá, apresentando Jesus como um ambicioso vulgar, dotado de paixões mesquinhas, que age por baixo e não tem coragem de se descobrir. (PP. 166 e 167)

139. O Sr. Dombre, de Marmande, enviou a Kardec um relato circunstanciado da cura de uma jovem obsidiada, já referida anteriormente pela Revue. O Espírito de Louis David, guia espiritual do médium, havia explicado que a jovem era vítima de uma influência fatal perigosa e que o Espírito obsessor iria resistir por muito tempo. “Evitai, tanto quanto possível – recomendou o mentor -, que seja tratada por medicamentos, que lhe prejudicariam o organismo. A causa é toda moral; tentai evocar esse Espírito; moralizai-o com habilidade; nós vos auxiliaremos.” (P. 168)

140. O relato contendo todos os procedimentos adotados pelo Sr. Dombre mostra como a prece e o diálogo com o Espírito obsessor, acrescidos da ajuda dos mentores, foram importantes para a solução do problema. (PP. 168 a 177)

141. No princípio, quando as exortações e as preces não surtiam efeito, os guias espirituais sugeriram: “Amigos, não desanimeis; ele se sente forte porque vos vê desgostosos com sua linguagem grosseira. Abstende-vos de lhe pregar moral pelo momento. Conversai com ele familiarmente e em tom amigável. Assim ganhareis a sua confiança e podereis mais tarde voltar a falar sério”. (P. 169)

142. Num dos diálogos mantidos com o obsessor, este falou-lhes de sua vida vagabunda na última existência terrena. Fez então parte de um bando de arruaceiros que, depois da morte, foi reconstituir-se no mundo dos Espíritos. “Longe de evitar as ocasiões de fazer o mal, nós o buscávamos”, contou o infeliz, que, tocado mais tarde pelo tratamento ali recebido, pediu ao grupo espírita que orasse também por seus comparsas. (P. 174)

143. Findo o processo obsessivo, o guia que se intitulava Pequena Cárita explicou por que, mesmo finda a obsessão, a vítima ainda necessita de certo tempo para refazer-se. É que, quando o obsessor a abandona, sua vontade não age mais sobre o corpo, mas a impressão que recebeu o perispírito pelo fluido estranho, de que foi carregado, não se apaga de repente e continua por algum tempo a influenciar o organismo. No caso da jovem: tristezas, lágrimas, langores, insônias, distúrbios vagos ainda se produziriam em consequência de sua libertação, mas sem nenhum perigo. “Agora - disse o guia - é preciso agir sobre o próprio Espírito da menina, por uma suave e salutar influência moralizadora.” (PP. 174 e 175)

144. Kardec conclui a notícia, registrando seu tributo de elogio aos irmãos de Marmande pelo tato, pela prudência e pelo devotamento esclarecido de que deram prova naquela circunstância. E advertiu que o resultado não teria sido o mesmo se o orgulho tivesse manchado sua boa ação. “Deus retira seus dons a quem quer que não os use com humildade; sob o domínio do orgulho, as mais eminentes faculdades mediúnicas se pervertem, se alteram e se extinguem, porque os bons Espíritos retiram o seu concurso”, assevera o Codificador. (P. 177)

145. A Revue publica duas matérias de origem católica contrárias ao Espiritismo. A primeira, do Bispo de Langres, que escreveu que jamais se viu uma conspiração mais odiosa, mais vasta, mais perigosa e mais satanicamente organizada contra a fé católica, nomeando em seguida os membros dessa conspiração: as sociedades secretas, os protestantes, os filósofos racionalistas, os materialistas  e as sociedades espíritas. A segunda era parte de um trabalho redigido por um aluno do catecismo da diocese de Langres, no qual é dito textualmente que o Espiritismo é obra do diabo e entregar-se a ele é pôr-se em contato direto com o demônio. Eivado de preconceitos e de deturpação de textos de Kardec, o trabalho dá bem uma mostra do que os alunos daquela diocese recebiam dos seus instrutores. (PP. 178 a 183)

146. Comentando a segunda matéria, Kardec adverte: “Um instrutor de catecismo deveria colher seus dados históricos em fonte outra que as barrigas dos jornais. As crianças a quem contam seriamente essas coisas as aceitam com confiança; mas, quanto maior a confiança, mais forte a reação contrária quando, mais tarde, vierem a saber a verdade”. (P. 183)

147. Para instruir a infância - afirma o Codificador - é necessário grande tato e muita experiência, porque ninguém imagina o alcance que poderá ter uma só palavra imprudente que, como um grão de erva daninha, germina nessas jovens imaginações. (P. 184)

148. Mostrando com clareza que os ataques contra o Espiritismo não o preocupavam em nada, Kardec conclui seus comentários dizendo: “Os sermões atuam sobre a geração que se vai; as instruções predispõem a geração que chega. Erraríamos se as víssemos com desagrado”. (P. 184)

149. Enviada de Viviers e datada de 10 de abril de 1741, uma carta firmada pelo abade de Saint-Ponc e transcrita pela Revue relata, em todas as suas minúcias, fenômenos que se passaram naquela época na cela de Irmã Maria e que foram testemunhados pelo padre Chambon, cura de Saint-Laurent. Além de ruídos estranhos, quadros batiam nas paredes, uma pia d’água benta movia-se e uma cadeira de madeira era derrubada, sem contato humano. Desconfiado de que Irmã Maria, embora paralítica e presa ao leito, fosse a causa dos fenômenos, padre Chambon ouviu dela própria, em confidência, que eles eram produzidos por uma alma sofredora cujo nome indicou, que vinha com a permissão de Deus para que aliviassem suas penas. (PP. 184 a 186) (Continua no próximo número.)


 


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