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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 3 - N° 123 - 6 de Setembro de 2009

 

Beto e o estilingue

 

Camila e seu amigo Beto sempre iam juntos para a escola. Eram vizinhos e estavam na mesma classe. 

Nesse dia, era muito cedo ainda, e o sol começava a surgir sonolento, por detrás das casas. 

Passando por uma praça, a menina viu uma pomba a arrulhar no galho de uma árvore. Camila sorriu, encantada. 

— Olhe que linda pombinha, Beto! — exclamou, apontando a ave e chamando a atenção do companheiro. 


O menino olhou e, rapidamente, abaixou-se procurando uma pequena pedra no chão. Depois, enfiou a mão no bolso da calça e tirou um estilingue, armando-o com a pedrinha. 

Beto agiu com tanta rapidez, que Camila quase não conseguiu impedi-lo. Horrorizada, ao notar-lhe a intenção, quando ele já esticava o elástico mirando a pombinha, ela empurrou o estilingue, desarmando-o. 
 

— Beto,  o  que  é isso?  Você   pretendia   machucar aquela pombinha? 

Irritado, o garoto respondeu: 

— Machucar não, eu pretendia matá-la. 

Camila ficou com os olhos rasos de lágrimas.  

— Não acredito que você fosse capaz de matar aquela avezinha! Não sabe que devemos respeitar a natureza e, especialmente, todo ser vivo? Os animais são nossos irmãos menores e também filhos de Deus. Precisam de nossa proteção e carinho. 

— Mesmo um passarinho? 

— Também um passarinho. Como você, Beto, se sentiria se alguém atirasse em uma pessoa da sua família? Em sua mãe, por exemplo? 

Beto pensou um pouco, depois respondeu com os olhos úmidos: 

— Eu ficaria desesperado. Minha mãe é a pessoa que eu mais amo no mundo!

— Pois é. Sabe que aquela pombinha também tem uma família? Olhe lá em cima, naquele galho. Veja! 

O menino olhou e concordou: 

— É mesmo! Tem um ninho e dois filhotes dentro dele! 

— Está vendo? Você ia destruir uma família, e aqueles filhotes ficariam órfãos.

Beto respirou aliviado, percebendo o que poderia ter feito. 

— Graças a você, Camila, a pequena família está em paz e feliz. 

Tinham perdido muito tempo. Precisavam se apressar ou chegariam atrasados à escola. Entrando na sala, ficaram sabendo que a aula, naquele dia, seria sobre o tema “Ecologia”.  

Camila e Beto trocaram um olhar, sorridentes. A professora percebeu o ar de cumplicidade entre eles e quis saber a razão. 

Beto, embora envergonhado, contou o que tinha acontecido naquela manhã, servindo de exemplo para os outros alunos. 

Quando ele terminou, a professora disse: 

— Parabéns, Beto. Você demonstrou coragem e humildade ao nos contar sua experiência. E o estilingue? 

— Ah, professora, nunca mais vou usá-lo. Prometo. 

Após as aulas, na volta para casa, passando pela praça, Camila e Beto lembraram-se da pombinha. 

Olhando para o alto a procuraram. Como se ela tivesse percebido a intenção das crianças, voou do ninho e, aproximando-se, pousou no encosto do banco, pertinho deles, deixando-os muito satisfeitos.  

Agora sem qualquer medo, a ave ali permaneceu olhando para eles, como se soubesse   que   não   corria  mais perigo

algum.   

Camila tirou da mochila um resto do seu lanche. Eram apenas algumas migalhas de pão, mas que a pombinha recolheu no seu bico, satisfeita. 

Depois, abrindo as asas, voou de volta para o ninho, levando a comida para os filhotes que a aguardavam ansiosos e famintos.  

Beto e Camila sorriram felizes, acenando com a mão para a mamãe-pomba, enquanto tomavam o rumo de casa. 

                                                           Tia Célia   


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita