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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 122 - 30 de Agosto de 2009

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br

Matão, São Paulo (Brasil)
 

Onde é o Céu?


Com este título, Allan Kardec publicou na Revista Espírita, de março de 1865, compacto texto, extraído do então ainda inédito O Céu e o Inferno, que foi publicado em agosto do mesmo ano, apresentando uma extraordinária síntese da própria Doutrina Espírita, em muitos pontos, guardadas as limitações da temática, para oferecer raciocínios de profundidade sobre a morada dos bem-aventurados. Apresentando considerações de importância sobre a evolução, a encarnação e a reencarnação, origem e destinação dos Espíritos e mesmo sobre a questão da felicidade, normalmente atribuída àqueles que alcançaram o céu, como se costuma dizer, o texto é um primor. 

Na Revista Espírita apresenta-se como pergunta, conforme acima reproduzimos como título; já no livro O Céu e o Inferno, o texto está situado no capítulo terceiro e dividido em 19 itens. Para atingir o objetivo a que nos propomos aqui, destacamos trecho do item 6, conforme classificação na quarta obra da Codificação Espírita: “(...) A felicidade está em razão do progresso alcançado; de sorte que, de dois Espíritos, um pode não ser tão feliz como o outro, unicamente porque não é tão avançado intelectualmente e moralmente, sem que tenham necessidade de estarem, cada um, em lugar distinto. Embora estando um ao lado do outro, um pode estar nas trevas, enquanto tudo é resplandecente ao redor do outro, absolutamente como para um cego e um vidente que se dão as mãos: este percebe a luz da qual aquele não recebe a mínima impressão. (...)”. Solicito ao leitor reler atentamente o trecho transcrito. 

A transcrição leva-nos a conclusão já conhecida: céu e inferno são estados conscienciais, pois que a felicidade, ou o céu se assim desejamos nos expressar, é inerente às qualidades possuídas pelos Espíritos, estejam encarnados ou não. 

Ora, as qualidades dependem do esforço individual no progresso intelecto-moral conjugado. E todos esses raciocínios somente encontram respaldo sólido no estudo contínuo, sistematizado, perseverante e determinado. 

Com essas afirmações notamos a atualidade da consagrada campanha Comece pelo Começo, inicialmente deflagrada em 1975 pela USE, em nível estadual, cuja proposta é a valorização das Obras da Codificação Espírita. Ela é sempre atual porque sempre temos gente nova em nossas instituições e mesmo nós, os veteranos, temos sempre imensa necessidade de estudar as Obras Básicas. Há tesouros de conhecimento, próprios da lucidez de Kardec e do ensino dos Espíritos, ali dispostos para nossa reflexão. O mais marcante é que quanto mais amadurecemos no conhecimento espírita, e mesmo na idade ou na experiência de vida, mais empolgantes e atuais esses textos da Codificação se tornam, tamanho o caráter inesgotável de seu conteúdo.  

Somente o estudo constante da Codificação Espírita é capaz de formar espíritas conscientes, maduros, doutrinariamente preparados e potencialmente capazes de saltarmos de nossas carências e fragilidades para agirmos com lucidez, serenidade e amor no coração diante dos obstáculos e adversidades apresentados em nosso cotidiano. 

O Comece pelo Começo é muito mais que uma campanha que precisa continuamente ser lembrada e relembrada. É convite à lucidez, ao equilíbrio, à felicidade, ao céu do estado consciencial de quem age, e conhece, com consciência, com retidão, com ações no bem próprio e geral, comprometido com a causa de Jesus. Causa que espera homens e mulheres, ou Espíritos, empenhados na construção do Reino de Deus – estado de céu interior –, que trabalha e contribui para o bem geral, uma vez que, como afirmou o Mestre, o reino dos céus está dentro de vós.  

Como compreender tudo isso? Não há outra maneira senão estudando os fundamentos desses raciocínios, presentes todos na incomparável e inesgotável fonte de conhecimentos que é a Codificação Espírita. Por isso, dirigentes, palestrantes, coordenadores de estudos, autores e escritores estamos todos comprometidos em estimular o estudo sistematizado da Doutrina Espírita, transformando a invicta campanha Comece pelo Começo em instrumento valioso de repercussão junto à programação doutrinária de nossas instituições. Ao invés de reuniões sonolentas, podemos levar o conforto e clareza do Espiritismo a todos os corações que buscam razões para os sempre presentes questionamentos humanos, especialmente utilizando a vocação atraente e estimuladora da campanha em ferramenta para que o céu interior do conhecimento e da moral habite no coração de todos nós. Afinal, O Livro dos Espíritos e demais obras que lhe sucederam constitui tesouro a ser continuamente conhecido.  

E como o conhecimento espírita está em Kardec, o ideal e o melhor é começar pelo começo.     



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita