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Ano 3 - N° 122 – 30 de Agosto de 2009

 

A insensatez
e seu antídoto


Com o título “Amostras da insensatez” vem circulando na internet um texto deveras preocupante que mostra, com diversos exemplos, como a invigilância e a ausência de bom senso têm dado azo a bobagens divulgadas no Brasil em nome do Espiritismo.

Revelações bombásticas, dietas para emagrecer, casamento em centro espírita, reencarnação no mundo espiritual, vacina espiritual contra a gripe suína, registro de uma nova pomada, a Pomada Esperança – recomendada por seu autor para o tratamento de matéria fluídica infecciosa acumulada por elementos vivos de magia – e por aí vai. A pomada, por sinal, está ou será posta à venda pelo preço de 15 reais o tubo.

Há remédio para isso?

Remédio, para ser sincero, não sabemos se existe, mas há medidas preventivas que poderiam pelo menos evitar que esse mal se alastre.

A principal delas é não permitir que o Espiritismo perca seu caráter de ciência. Cabe-nos, a propósito, lembrar aqui o que Herculano Pires escreveu acerca do chamado método kardequiano, que nos permitiu surgisse no mundo a codificação da doutrina espírita, que o avanço dos anos cada vez mais confirma e reafirma, sem nela produzir o mais leve arranhão.

Herculano sintetizou em 4 pontos o método adotado por Kardec:

1o. Escolha de colaboradores mediúnicos insuspeitos, do ponto de vista moral, da pureza das faculdades e da assistência espiritual.

Allan Kardec submetia as respostas anteriormente obtidas ao crivo de ou­tros Espíritos, por meio de médiuns diferentes. Assim é que ele traba­lhou com as srtas. Caroline e Julie Baudin, Japhet, Aline e Ermance Dufaux, as sras. Schmidt e Forbes e o sr. Crozet, dentre muitos outros.

2o. Análise rigorosa das comunicações e seu confronto com as verdades científicas demonstradas, pondo-se de lado tudo aquilo que não pudesse ser logicamente justificado.

Kardec escreveu em “O Livro dos Médiuns” que "não existe uma comunicação má que possa resistir a uma crítica rigorosa" (cap. 24, item 266). E, na mesma obra, consigna a conhecida orientação de Erasto: Mais vale repelir dez verdades do que admitir uma única men­tira, uma única teoria falsa (LM, cap. 20, item 230).

3o. Controle dos Espíritos comunicantes, em face da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem.

4o. Consenso universal, ou seja, concordância entre as várias comunicações dadas por médiuns diferentes, ao mesmo tempo e em diversos lugares, sobre o mesmo assunto.

A "Revista Espírita", que Kardec redigiu e publicou de janeiro de 1858 a março de 1869, foi fundamental para isso. O Livro dos Espíritos surgiu inicialmente com 501 questões, em 18/4/1857. Na segunda edição, ocorrida em março de 1860, já eram 1.019 questões. Graças à “Revista”, Kardec constituiu-se num centro que recebia mensagens e comunicações de todos os cantos, inclusive do Brasil.

Com efeito, ele escreve­ria em 1864, no item II da Introdução ao "Evangelho segundo o Espiritismo": "A única garantia séria do ensinamento dos Espíritos está na concordância que existe entre as revelações feitas espontaneamente, por intermédio de um grande número de médiuns, estranhos uns aos ou­tros, e em diversos lugares". 

Trazemos à lembrança estas palavras de Herculano Pires para dizer aos nossos leitores quão importante seria para o movimento espírita brasileiro a observância do método kardequiano em nossas atividades, porque somente isso poderá evitar que novos exemplos de insensatez surjam em nosso meio.

O princípio da verificação da universalidade do ensino, por exemplo, deveria nortear os passos de todos nós que usamos a tribuna ou escrevemos para os jornais. Se isso fosse seguido, toda teoria nova e assim os modismos ficariam esperando o momento certo para serem tratados ou descartados.

Podemos dizer que o mesmo cuidado se deveria ter com os livros de determinados médiuns que disseminam em nosso meio informações estranhas e duvidosas que poderiam ser evitadas caso o método kardequiano fosse levado realmente a sério pelos espiritistas do Brasil.


 


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