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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 121 – 23 de Agosto de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(Parte 10)

 
Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Por que o Espiritismo se serviu do vocábulo Espírito em vez de alma?

Três foram os motivos. Primeiro porque, desde as primeiras manifestações, o vocábulo era usado, antes da criação da filosofia espírita. Em segundo lugar, porque se o vocábulo Espírito era repulsivo para algumas pessoas, constituía um atrativo para as massas e deveria contribuir mais que o outro para popularizar a doutrina. O terceiro motivo é mais sério que os dois outros. Os vocábulos alma e Espírito, embora sejam sinônimos e empregados indiferentemente, não exprimem exatamente a mesma ideia. (Revue Spirite de 1864, pág. 138.)

B. Que distinção podemos fazer entre alma e Espírito?

A alma é o princípio inteligente, imperceptível e indefinido como o pensamento. Não podemos concebê-lo isolado da matéria de maneira absoluta. Formado de matéria sutil, o perispírito faz dela um ser definido, limitado e circunscrito à sua individualidade espiritual. Assim, pode-se dizer que a união da alma, do perispírito e do corpo material constitui o HOMEM; a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ESPÍRITO. Nas manifestações não é, pois, a alma que se apresenta só. Ela está sempre revestida do seu envoltório fluídico. Em face disso, nas aparições espirituais não é a alma que se vê, mas o perispírito, do mesmo modo que, quando se vê um homem, vê-se o seu corpo, mas não o pensamento ou o princípio que o faz agir. Em resumo, a alma é o ser simples, primitivo; o Espírito é o ser duplo; o homem é o ser triplo. (Obra citada, pp. 138 e 139.) 

C. Que diferença havia, à época de Kardec, entre o Espiritismo na América e o Espiritismo na Europa?

Diz Kardec que os fenômenos espíritas ocorreram em todos os tempos, tanto na Europa como na América, mas foi a extrema liberdade que existe nos Estados Unidos que favoreceu a eclosão das ideias novas, e foi essa a razão pela qual os Espíritos escolheram esse país para o primeiro teatro de seus ensinos. O Espiritismo experimental estava em seu terreno na América, ao passo que a parte teórica e filosófica encontraria na Europa elementos mais propícios ao seu desenvolvimento. Assim, foi lá, na América, que ele nasceu, mas foi na Europa que cresceu e fez suas humanidades. O que particularmente distingue a escola espírita americana da escola europeia é a predominância, na primeira, da parte fenomênica, e, na segunda, da parte filosófica. (Obra citada, pp. 146 e 147.) 

Texto para leitura

114. Kardec faz ligeira alusão à obra A Vida de Jesus, escrita pelo Sr. Renan, cuja dedicatória posta no topo do livro à sua irmã Henriette revela mais que um vago pensamento espiritualista. As palavras dedicadas a Henriette - observa o Codificador do Espiritismo - mostram que o Sr. Renan imagina que sua irmã esteja a seu lado, que o pode ver e inspirar e se interessa por seu trabalho. Há entre ele e a falecida uma troca de pensamentos, uma comunicação espiritual e, sem o suspeitar, ele faz, como tantos outros, uma verdadeira evocação. (PP. 134 a 136)

115. Por que então o Sr. Renan inclui a doutrina espírita entre as crenças supersticiosas? A causa é conhecida: o Sr. Renan não admite o sobrenatural nem o maravilhoso. Ora, se ele conhecesse o estado real da alma após a morte e as propriedades de seu envoltório perispiritual, compreenderia que o fenômeno das manifestações espíritas não foge às leis naturais e que para isto não é necessário recorrer ao maravilhoso. (P. 136)

116. No final do artigo, Kardec explica por que razão o Espiritismo se serviu do vocábulo Espírito, em vez de alma. Três foram os motivos. Primeiro porque, desde as primeiras manifestações, o vocábulo era usado, antes da criação da filosofia espírita. Em segundo lugar, porque se o vocábulo Espírito era repulsivo para algumas pessoas, constituía um atrativo para as massas e deveria contribuir mais que o outro para popularizar a doutrina. O terceiro motivo é mais sério que os dois outros. As palavras alma e Espírito, embora sejam sinônimos e empregados indiferentemente, não exprimem exatamente a mesma ideia. (P. 138)

117. A alma é, a bem dizer, o princípio inteligente, imperceptível e indefinido como o pensamento. Não podemos concebê-lo isolado da matéria de maneira absoluta. Embora formado de matéria sutil, o perispírito dela faz um ser definido, limitado e circunscrito à sua individualidade espiritual. Assim, podemos dizer: A união da alma, do perispírito e do corpo material constitui o HOMEM; a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ESPÍRITO. Nas manifestações não é, pois, a alma que se apresenta só. Ela está sempre revestida de seu envoltório fluídico. Portanto, nas aparições não é a alma que se vê, mas o perispírito, do mesmo modo que, quando se vê um homem, vê-se o seu corpo, mas não o pensamento ou o princípio que o faz agir. (PP. 138 e 139)

118. Em resumo, a alma é o ser simples, primitivo; o Espírito é o ser duplo; o homem é o ser triplo. (P. 139)

119. A Revue publica o discurso que Kardec fez a 1o de abril de 1864 na Sociedade Espírita de Paris, que completava então seis anos de existência. (P. 140)

120. Eis alguns dos tópicos mais relevantes extraídos do referido discurso: I) O sinal de prosperidade da Sociedade de Paris estava inteiramente na progressão de seus estudos, na consideração que conquistou, no ascendente moral que exerce lá fora e no número de adeptos que se ligam aos princípios por ela professados. II) Sendo a primeira sociedade espírita regularmente constituída, a Sociedade de Paris foi a primeira a alargar o círculo de seus estudos e abraçou todas as partes da ciência espírita. III) Quando o Espiritismo mal saía do período da curiosidade e das mesas girantes, ela entrou resolutamente no período filosófico, que, de certo modo, inaugurou. IV) A força do Espiritismo não reside na opinião de um homem ou de um Espírito, mas na universalidade do ensino dado por estes últimos. O controle universal, como o sufrágio universal, resolverá no futuro todas as questões litigiosas e fundará a unidade da doutrina muito melhor que um concílio de homens. V) A Sociedade de Paris é estimada e considerada, não só pela natureza de seus trabalhos, mas pelo bom conceito conquistado por suas sessões entre numerosos estrangeiros que a visitaram. VI) A Sociedade de Paris tem, contudo, sobre as demais apenas autoridade moral, devida à sua posição e aos seus estudos e porque lha conferem. Ela dá os conselhos que lhe pedem à sua experiência, mas não se impõe a nenhuma. A única palavra de ordem que dá como sinal de reconhecimento entre os verdadeiros espíritas é: Caridade para com todos, mesmo os inimigos. VII) A posição da Sociedade de Paris é, pois, exclusivamente moral e ela jamais ambicionou outra. Nossos antagonistas que dizem que todos os espíritas são seus tributários e que ela se enriquece à sua custa, ou dão provas de má-fé ou da mais absoluta ignorância daquilo de que falam. VIII) Um incrédulo que conheceu a doutrina espírita dizia que, com tais princípios, o espírita necessariamente deveria ser um homem de bem. Estas palavras são verdadeiras, mas, para serem completas, é preciso acrescentar que um verdadeiro espírita deve ser, necessariamente, bom e benevolente para com os seus semelhantes, isto é, praticar a caridade evangélica na sua mais larga acepção. (PP. 140 a 145)

121. Kardec esclarece, no número de maio, por que a doutrina espírita não é a mesma na Europa e na América do Norte e diz onde se encontram as diferenças. (P. 146)

122. Como se sabe, os fenômenos espíritas ocorreram em todos os tempos, tanto na Europa como na América, mas foi a extrema liberdade que existe nos Estados Unidos que favoreceu a eclosão das ideias novas, e essa a razão pela qual os Espíritos escolheram esse país para o primeiro teatro de seus ensinos. (P. 146)

123. Muitas vezes uma ideia surge num país e se desenvolve em outro, como se vê nas ciências e na indústria. A esse respeito o gênio americano deu suas provas e nada tem a invejar à Europa. Contudo, se supera em tudo no que concerne ao comércio e às artes mecânicas, não se pode recusar à Europa a primazia no campo das ciências morais e filosóficas. Devido a essa diferença no caráter normal dos povos, o Espiritismo experimental estava em seu terreno na América, ao passo que a parte teórica e filosófica encontrava na Europa elementos mais propícios ao seu desenvolvimento. Assim, foi lá, na América, que ele nasceu, mas foi na Europa que cresceu e fez suas humanidades. (P. 146)

124. O que particularmente distingue a escola espírita americana da escola europeia é a predominância, na primeira, da parte fenomênica, e, na segunda, da parte filosófica. A filosofia espírita da Europa espalhou-se prontamente, porque ofereceu, desde o começo, um conjunto completo e alargou o horizonte das ideias. (P. 147)

125. De todos os princípios da doutrina espírita o que encontrou mais oposição nos Estados Unidos é o da reencarnação. Aliás, essa é a única divergência capital, pois as outras dizem mais com a forma do que com o fundo. As razões disto é que os Espíritos procedem em toda a parte com sabedoria e prudência e, para se fazerem aceitar, evitam chocar muito bruscamente as ideias estabelecidas. Desse modo, não irão dizer inconsideradamente a um muçulmano que Maomé é um impostor. (P. 147) (Continua no próximo número.)




 


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