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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 121 - 23 de Agosto de 2009
AMÉRICO DOMINGOS NUNES FILHO
americonunes@terra.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)


Olhai os lírios do campo...

 
Jesus, nosso excelso Mestre, além de todas as virtudes, mostrou ser, também, um excelente poeta. Sendo Espírito da mais alta hierarquia (“EU SOU”) – na Escala Espírita está situado na Primeira Ordem, Classe Única, Espíritos Puros –, o Cristo já tem a vivência, em grande expressão, do sentimento do belo.  

Hodiernamente, tanto se fala em ecologia, no respeito à natureza, no carinho às árvores e aos animais. Jesus exemplificou, em seu nascimento, cercado de seres infra-hominais, no estábulo, o seu amor aos seres vivos. O Mestre reencarna, em uma humilde estrebaria, sendo seu berço um tabuleiro onde se serve a comida aos animais. 

Os primeiros visitantes do menino foram simples pastores que guardavam suas ovelhas, naquela noite sublime e majestosa. Encontro memorável do Cristo com os primeiros "lírios do campo" que, de vigília, pastoreavam seu rebanho. 

Na casa de Simão, o fariseu, Jesus viu uma exuberante “flor do campo”, ungindo os seus pés. Aproveitou o ensejo para exortá-la a uma nova vida. O anfitrião, israelita, embora religioso, não podendo ver os lírios que crescem, recriminava o Mestre, dizendo ser a mulher uma pecadora (Lucas 7:39). 

Nas cercanias de Tiro e Sidon, uma mãe aflita, cananeia, foi testada em sua fé pelo Cristo. Ele sabia que estava diante de uma fina “flor do campo”, e disse-lhe: "Ó mulher, grande é a tua fé!...” (Mateus 15:28). 

Uma adúltera foi levada ao Mestre. A lei mosaica determinava a pena de morte, através do apedrejamento. Jesus olhou os “lírios do campo” que desabrochavam naquela irmã, e respondeu aos que ainda não sabem observar as incipientes “flores do campo”: "Aquele que estiver sem erro, atire a primeira pedra". E todos se retiraram, a começar pelos mais velhos (João 8:7-9). 

O Evangelho de Lucas relata a entrada magnânima do Mestre, na cidade de Naim, onde se depara com um cortejo fúnebre. Imediatamente, o Cristo dirige-se à mulher que, juntamente com grande número de pessoas, ia enterrar seu único filho, dizendo-lhe: – Não chore!

Uma grande e sublime ilação nos vem à tona: O Mestre foi ao encontro daquela “flor do campo”, confortando-a. Certamente, Jesus encorajou-a, falando-lhe da dimensão espiritual, onde se encontram todos aqueles que mataram a morte, vivenciando dentro de si mesmo a imortalidade. Ao mesmo tempo, o amado Cristo relata-lhe que seu filho não tinha morrido e ordena ao portador da morte aparente: “Mancebo a ti te digo: levanta-te...” (Lucas 7:13). 

Você, prezado leitor, ligado a essas letras, saiba que, igualmente, é um abençoado “lírio”, muito bem cuidado pelo Senhor da Vida. Se, porventura, está derramando lágrimas de sofrimento ou amargura, talvez vivendo momentos de grande aflição e ansiedade, não esmoreça, porquanto, o Cristo está ao seu lado, conhecendo o seu drama e participando da sua dor. 

Não chore! O Mestre lhe fala: “No mundo terá atribulações, mas tenha bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33). Como também: “Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados” (Mateus 5:4). “Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo”. (Mateus 11:28-30.) 

"Olhai para os lírios do campo, como eles crescem: não trabalham, nem fiam. Eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles" (Mateus 6:28-29). 

Você, querido leitor, não vê os lírios que crescem dentro de si? Enquanto, neste momento, está preocupado com o dia-a-dia, porventura desesperado com o amanhã, todo o seu arcabouço físico está funcionando automaticamente. Trilhões de células de seu corpo somático vivem sem a intervenção da sua vontade. Uma potente máquina, em seu peito, bombeia o sangue, fazendo toda a operação por si mesma, sem a sua interferência. 

Passe a olhar os lírios do campo! Tenha a certeza de que ninguém é desgraçado, infortunado: O Mestre disse: “Aquele que não toma a sua cruz, e não me segue, não é digno de mim". (Mateus 10:38.) 

Tenha fé, tudo é passageiro. O Cristo, também, afirmou que na casa do Pai há muitas moradas. O Universo espelha a eternidade e haverá, sempre, uma mão amiga para acolhê-lo. Nenhum ser é ou será deserdado. O apóstolo Pedro, em sua Primeira Epístola, o conforta, dizendo que Jesus pregou aos Espíritos em prisão (1 Pedro 3: 19). A pena existe em nós, à medida que nosso pensamento está canalizado para o mal que causamos a outrem. Deus, que é definido como Amor, concede a todos os seus filhos imortais, atormentados pelo “inferno do remorso”, a “eternidade de Sua Clemência”, possibilitando o resgate dos erros, por meio de existências sucessivas no domínio físico (reencarnação). 

No momento em que resolver tocar no Mestre, como fez a mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de  sangue (Marcos 5:25), evocando-o, pedindo-lhe misericórdia por suas faltas e disposta a repará-las, o "inferno", em que se encontra a sua consciência, transformar-se-á em morada de alento e de esperança. O Cristo ensinou que nenhuma ovelha se perderá. 

Abra seu coração a Jesus. Procure agir como o samaritano que ajudou o homem caído na estrada. Vá de encontro aos sofredores. Procure praticar a fraternidade. Faça com que o amor seja, cada vez mais, espargido sobre todos os aflitos e desesperados. Olhe os lírios do campo! Observe aqueles que são menosprezados e vilipendiados pelos homens. Valorize sempre o ser humano, qualquer que seja sua conduta atual. Ontem, também, você semeara o mal e as mesmas mãos, que o socorriam então, serão substituídas, agora, pelas suas.

Não tenha preconceito. Olhe as flores do campo nos chamados “pecadores”. Todos nós somos frutos e criação do Grande Geômetra do Universo, definido como Amor, no Novo Testamento. Segundo o Mestre Jesus, o Reino de Deus está dentro de nós e somos realmente deuses. Fomos criados para a felicidade, que já existe em potencial dentro de nós, desde o momento de nossa fecundação cósmica.  

Meu querido leitor, olhe, agora, olhe, sempre, os lírios do campo...



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita