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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 119 – 9 de Agosto de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(Parte 30)

 
Damos continuidade ao estudo da obra
Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. O que é na vida indispensável?

R.: A lição veio de Matilde, que disse aos que a ouviam que a vida não pode resumir-se a mero sonho, como se a reencarnação constituísse simples processo de anestesia da alma. É indispensável que nos refaçamos, aprimorando o tom vibratório de nossa consciência, alargando-a para o bem supremo e iluminando-a à claridade renovadora do Divino Mestre. "Uma existência entre os homens, por mais humilde, para nós outros é acontecimento importante demais para que o apreciemos sem maior consideração." (Libertação, cap. XVIII, pp. 232 e 233.) 

B. Como deve agir o criminoso arrependido para dar início à sua restauração?

R.: De novo foi Matilde quem deu a orientação dizendo-lhe: "Outros irmãos, não longe de nós, suportando a carga das mesmas culpas, peregrinam, desditosos, entre o pesadelo e a aflição inomináveis. Abre teu coração para eles. Começarás ajudando-os a enxergar a senda regenera­tiva, alimentando-os com esperanças e ideais novos e atraindo-os ao trabalho de sublimação, pelo esforço, na constante aplicação do bem. Sofrer-lhes-ás as injúrias, os remoques, as incompreensões, mas descobrirás um meio de ampará-los com eficiência e brandura. Depois de semelhante sementeira, principiarás a recolher as bênçãos de paz e de luz, porquanto o Espírito que ensina com amor, embora delituoso e imperfeito, acaba aprendendo as mais difíceis lições da responsabilidade que adquire, transmitindo a outros revelações salvadoras que lhe não pertencem". (Obra citada, cap. XVIII, pp. 233 e 234.) 

C. Que recurso podemos usar para fugirmos definitivamente ao mal?

R.: O recurso para tal finalidade é o apoio constante no Bem Infinito. Ninguém deve admitir o acesso fácil aos tesouros eternos. "O Senhor criou leis imperecíveis e perfeitas para que não alcancemos o Reino da Divina Luz, ao sabor do acaso, e Espírito algum trairá os imperativos sábios do esforço e do tempo”, asseverou Matilde. “Quem pretende a colheita de felicidade no século vindouro, comece desde agora a sementeira de amor e paz." (Obra citada, cap. XVIII, pp. 235 e 236.) 

Texto para leitura

122. A importância da responsabilidade - Matilde prosseguiu falando à assembleia atenta, a quem transmitiu ensinamentos e conselhos valio­sos, que adiante sintetizamos: O lavrador nada recolherá sem plantar. Ninguém se aquecerá ao Sol Divino sem abrir o coração às correntes da Luz Eterna. É preciso trabalhar para merecer a bênção de um templo carnal na Terra. A vida não pode resumir-se a mero sonho, como se a reencarnação constituísse simples processo de anestesia da alma. É indispensável que nos refaçamos, aprimorando o tom vibratório de nossa consciência, alargando-a para o bem supremo e iluminando-a à claridade renovadora do Divino Mestre. "Uma existência entre os homens, por mais humilde, para nós outros é acontecimento importante demais -- aduziu a benfeitora -- para que o apreciemos sem maior consideração". "Todavia, sem abraçar a noção de responsabilidade individual, que nos deve mar­car o esforço de santificação, qualquer empresa dessa ordem é arris­cada, porque em nosso aprendizado intensivo, na recapitulação, cada Espírito segue sozinho no círculo dos próprios pensamentos, sem que os companheiros de jornada, com raríssimas exceções, lhe conheçam as es­peranças mais nobres e lhe partilhem as aspirações dignificadoras." Por isso, "faz-se indispensável muita fé e suficiente coragem para marcharmos vitoriosamente", acrescentou Matilde, "até ao Calvário da suprema ressurreição". (Cap. XVIII, pp. 232 e 233) 

123. O caso do homicida - Finda a palestra, Matilde acercou-se de Gúbio, prostrado e palidíssimo, a quem afagou com palavras de agradecimento. Concedeu então aos ouvintes oportunidade a que se pronunciassem acerca dos projetos acalentados para o futuro. Vozes de gratidão elevaram-se, comovidas. Um cavalheiro de olhos fulgurantes destacou-se e disse, com toda a clareza, ter sido em sua derradeira passagem pela Terra dupla­mente homicida. Por muitos anos ainda viveu no corpo carnal, como se fosse a pessoa mais tranquila do mundo, apesar de trazer a consciência tisnada de remorso e as mãos enodoadas de sangue. Aos que dele se acercavam, ludibriava com a máscara da hipocrisia. Ao retornar à pá­tria espiritual, supunha que tremendas acusações o esperariam, o que não acabou acontecendo. Suas vítimas se distanciaram, desculparam-no e o esqueceram. Só encontrou, assim, no mundo espiritual, o desprezo, com aviltamento de si próprio. Via-se, porém, acicatado por forças pu­nitivas que não saberia descrever com as minúcias desejáveis. Havia em sua consciência um tribunal invisível e debalde procurava fugir aos sítios em que menoscabara as obrigações de respeito ao próximo... "Como iniciar o esforço de minha restauração?", indagou, findo o re­lato. Havia tamanha tristeza naquela voz humilde, que todos se senti­ram tocados nas fibras mais íntimas, e Matilde respondeu-lhe: "Outros irmãos, não longe de nós, suportando a carga das mesmas culpas, pere­grinam, desditosos, entre o pesadelo e a aflição inomináveis. Abre teu coração para eles. Começarás ajudando-os a enxergar a senda regenera­tiva, alimentando-os com esperanças e ideais novos e atraindo-os ao trabalho de sublimação, pelo esforço, na constante aplicação do bem. Sofrer-lhes-ás as injúrias, os remoques, as incompreensões, mas desco­brirás um meio de ampará-los com eficiência e brandura. Depois de se­melhante sementeira, principiarás a recolher as bênçãos de paz e de luz, porquanto o Espírito que ensina com amor, embora delituoso e im­perfeito, acaba aprendendo as mais difíceis lições da responsabilidade que adquire, transmitindo a outros revelações salvadoras que lhe não pertencem". (Cap. XVIII, pp. 233 e 234) 

124. Como retornar à paz? - Matilde concluiu assim a sua resposta ao ex-homicida: "Realizando esse serviço nobilitante, retomarás, então, mais tarde, o corpo físico, recapitulando os ensinamentos que gravaste na mente interessada em renovar-se. Reencontrarás, daí em diante, mil mo­tivos para a cólera violenta; e a tentação de eliminar adversários, prostrando-os a golpe mortal, visitar-te-á com frequência o coração. Se souberes, porém, e, sobretudo, se quiseres vencer os próprios im­pulsos destrutivos, quando te encontrares em plena e abençoada luta na esfera do recomeço,  plantando amor e paz, luz e aperfeiçoamento, ao redor dos teus pés, então terás demonstrado aproveitamento real e efe­tivo das dádivas recebidas e revelar-te-ás preparado para maior ascen­são". Dito isto, chorosa mulher dirigiu-se, humilhada, à nobre benfei­tora, informando ter possuído um lar que não honrou, um esposo que ela depressa esqueceu e filhos que afastou, deliberadamente, de seu conví­vio, para gozar, à saciedade, os prazeres que a mocidade lhe oferecia. Seu transviamento moral não fora conhecido na comunidade em que viveu, mas a morte apodrecera a máscara que a ocultava aos olhos alheios e passou, desde então, a experimentar horrível pavor de si mesma. Como fazer por retornar à paz? Matilde fitou-a, compungidamente, e obser­vou: "Milhares de seres, despojados da roupagem fisiológica, esterto­ram em zona próxima, sob o guante cruel das paixões a que se algema­ram, invigilantes. Poderás encetar o reajustamento de tuas energias, dedicando-te, nos círculos próximos, ao levantamento dos sofredores de boa vontade. Com esquecimento de ti mesma, arrebatarás muitos Espíri­tos, cadaverizados no abuso, aos pântanos de dor em que se debatem. Plantarás na mente deles novos princípios e novas luzes, consolando-os e transformando-os, a caminho da harmonia divina, reconquistando, por tua vez, o direito de regresso ao campo bendito da carne". (Cap. XVIII, pp. 234 e 235) 

125. Não existe acesso fácil à felicidade - Matilde prosseguiu: "Reconduzida, então, à abençoada escola terrestre, receberás, talvez, a prova terrível da beleza física, a fim de que o contacto com as ten­tações da própria natureza inferior te retempere o aço do caráter, se conseguires manter fidelidade suprema ao amor santificante. Esta é a lei, minha filha! Para que nos reergamos com segurança, depois da queda ao precipício, é imprescindível auxiliar quantos se projetaram nele, consolidando, ante as dores alheias, a noção da responsabilidade que nos deve presidir às ações porvindouras, de modo que a reencarna­ção não se converta em novo mergulho no egoísmo". "O único recurso de fugirmos definitivamente ao mal é o apoio constante no Bem Infinito." Depois, espraiando o olhar na assembleia que a ouvia, expectante, a benfeitora concluiu dizendo que nenhum de nós admita o acesso fácil aos tesouros eternos. "O Senhor criou leis imperecíveis e perfeitas para que não alcancemos o Reino da Divina Luz, ao sabor do acaso, e Espírito algum trairá os imperativos sábios do esforço e do tempo! Quem pretende a colheita de felicidade no século vindouro, comece desde agora a sementeira de amor e paz." (Cap. XVIII, pp. 235 a 236) 

126. O despertar de Margarida - Após transmitir tantos ensinamentos, Ma­tilde pediu que Elói trouxesse Margarida ao plenário. A enferma mos­trava ainda o passo vacilante e estranho alheamento no olhar, reve­lando a semi-inconsciência em que se demorava. Parecia uma sonâmbula vulgar. Ao se recolher aos braços de Matilde, contudo, ela reagiu fa­voravelmente, parecendo acordar, pouco a pouco. A benfeitora aplicou-lhe passes ao longo do cérebro, especialmente sobre os condutores ner­vosos dos órgãos de manifestação do pensamento, tanto quanto ao longo de toda a região do simpático. Gúbio explicou, mais tarde, que o es­tado natural da alma encarnada pode ser comparado, em maior ou menor grau, à hipnose profunda ou à anestesia temporária, a que desce a mente da criatura através de vibrações mais lentas, peculiares aos planos inferiores, para fins de evolução, aprimoramento e redenção, no espaço e no tempo. Ali, fenômenos de metabolismo, na organização pe­rispirítica, fizeram-se patentes à observação de André Luiz, porque Margarida expelia, através do tórax e das mãos, fluidos cinzento-escu­ros, em forma de vapor tenuíssimo, a desfazer-se no vasto oceano de oxigênio comum. Depois dessa "operação de limpeza", as zonas do sis­tema endocrínico emitiam radiações diamantinas, figurando-se uma constelação de caprichosos contornos a brilhar nas sombras do perispírito, até ali opaco e vulgar. Do peito de Matilde ondas luminosas partiam ininterruptas e tudo fazia crer que Margarida se achava, naquele mo­mento, num banho autêntico de essências divinas. A certa altura, a jo­vem senhora abriu os olhos, qual criança assustada, e se espantou ao ver as entidades ali presentes; depois, ao contemplar o semblante doce e iluminado de Matilde, ela aquietou-se brandamente. (Cap. XIX, pp. 237 e 238) (Continua no próximo número.)   

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita