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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 118 - 2 de Agosto de 2009

FRANCISCO REBOUÇAS
costareboucas@ig.com.br
Niterói, Rio de Janeiro (Brasil)
 

O sono nas reuniões espíritas 


Todos nós sabemos da necessidade do sono para o refazimento do nosso organismo físico. No entanto, é preciso que se atente para o fato, de que nem sempre nos é adequado fazer uso dessa bênção para nos restabelecer o equilíbrio, havendo mesmo ocasiões em que ele pode até se tornar fatal para nossas vidas. 

Há momentos em que não se pode admitir que alguém possa estar dormindo como, por exemplo, na hora do trabalho remunerado, que pode lhe custar até mesmo a demissão por justa causa; ou quando estiver com a responsabilidade de cuidar de uma criança; ou ainda no trânsito, ao volante de um veículo nas rodovias brasileiras. Imagine um médico dormindo ou mesmo cochilando durante uma cirurgia delicada etc. etc. Assim, podemos afirmar que, “o sono exercido à hora em que se solicita a vigília pode tornar-se inimigo cruel e implacável”. 

Alan Kardec nos esclarece a respeito da utilidade do sono, conforme segue: 

À hora de dormir 

O sono tem por fim dar repouso ao corpo; o Espírito, porém, não precisa repousar. Enquanto os sentidos físicos se acham entorpecidos, a alma se desprende, em parte, da matéria e entra no gozo das faculdades do Espírito. O sono foi dado ao homem para reparação das forças orgânicas e também para a das forças morais. Enquanto o corpo recupera os elementos que perdeu por efeito da atividade da vigília, o Espírito vai retemperar-se entre os outros Espíritos. Haure no que vê, no que ouve, e nos conselhos que lhe dão, ideias que, ao despertar, lhe surgem em estado de intuição. É a volta temporária do exilado à sua verdadeira pátria. É o prisioneiro restituído por momentos à liberdade. 

Mas, como se dá com o presidiário perverso, acontece que nem sempre o Espírito aproveita dessa hora de liberdade para seu adiantamento. Se conserva instintos maus, em vez de procurar a companhia de Espíritos bons, busca a de seus iguais e vai visitar os lugares onde possa dar livre curso aos seus pendores. 

Eleve, pois, aquele que se ache compenetrado desta verdade, o seu pensamento a Deus, quando sinta aproximar-se o sono, e peça o conselho dos bons Espíritos e de todos cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham juntar-se-lhe, nos curtos instantes de liberdade que lhe são concedidos, e, ao despertar, sentir-se-á mais forte contra o mal, mais corajoso diante da adversidade.” (1) 

Nas reuniões espíritas, sejam nas palestras, nos grupos de estudos, nas reuniões mediúnicas, ou outra qualquer, não se pode admitir que o trabalhador espírita dê menos importância aos labores da Seara do Mestre de Nazaré que aos afazeres normais do seu dia-a-dia, visto que, em sendo ele admitido para essas tarefas na seara da mediunidade, acredita-se que esteja consciente de sua responsabilidade nas referidas atividades da casa espírita que frequenta. 

Temos visto muitos companheiros, alistados nas tarefas das casas espíritas, que são protagonistas de situações realmente desagradáveis, por se entregarem ao sono nas reuniões doutrinárias, que normalmente já chegam atrasados com a intenção única de dar passes no final das palestras, para que sejam observados por todos como tarefeiros passistas de suas instituições. Quando se veem chamados a dar algumas explicações sobre o sono que os domina, saem com as maiores e mais absurdas desculpas, tais como: 

(1) Estou sendo utilizado pelos Espíritos para ceder fluidos para ajuda ao orador; 

(2) Estou trabalhando em parcial desdobramento; 

(3) Alguns chegam a afirmar que aprendem muito mais desdobrados que em vigília etc. 

Claro que esse desculpismo infundado e sem lógica doutrinária é natural naqueles que se julgam mais sabidos que os outros, mas que na verdade em nada condiz com alguém que conhece os preceitos de uma doutrina clara e lógica como a nossa. Sabemos que o cansaço físico de um dia atribulado no trabalho profissional, aliado à falta de motivação e a monotonia de determinados oradores, muito pode contribuir para a sonolência de quem já tem o mau hábito de dormir nas atividades espirituais da casa espírita. 

Mas esses fatores predisponentes aqui citados não representam a verdadeira causa do adormecimento nesse tipo de reunião, que na sua grande maioria se processa pela interferência de mentes viciosas do mundo espiritual inferior, que operam magneticamente a distância, com a finalidade de não permitirem que o indivíduo adormecido se beneficie do tema edificante da palestra. 

Sobre o assunto, vejamos o que diz o assistente ‘Aulus’ para André Luiz: “(...) Os expositores da boa palavra podem ser comparados a técnicos eletricistas, desligando «tomadas mentais», através dos princípios libertadores que distribuem na esfera do pensamento. 

Sorriu bem-humorado e prosseguiu: 

— Em razão disso, as entidades vampirizantes operam contra eles, muitas vezes envolvendo os ouvintes em fluidos entorpecentes, conduzindo esses últimos ao sono provocado, para que se lhes adie a renovação”. (2) 

Irmã Zélia também confirma a ação perniciosa dos desencarnados infelizes que se aproveitam da invigilância de certos tarefeiros que, imprevidentes e despreparados para os misteres da mediunidade, se deixam envolver por essas influências negativas, conforme narra a Otilia Gonçalves: 

Alguns – prosseguiu penalizada –, embora libertados momentaneamente das expressões obsidentes, penetram o recinto com desrespeito e indiferença, entregando-se, durante o trabalho, ao sono reprochável, resultante da intoxicação mental de que são portadores, ou se deixam conduzir pelos pensamentos habituais, refazendo as ligações mentais e ameaçando o serviço venerando, pela possibilidade de invasão intempestiva dos seus algozes revoltados, constrangidos, na retaguarda, e que, destarte, encontram brechas no conjunto que deve ser protegido e defendido por todos”. (3) 

Dessa forma, é de suma importância que nos preparemos adequadamente para exercer as atividades no labor mediúnico, em nossas casas espíritas, observando alguns ensinos ministrados pelos amigos espirituais, dentre os quais destacamos: 

(a) Quando possível, fazer um pequeno relaxamento físico e mental, antes de se dirigir ao trabalho espiritual da casa espírita; 

(b) Evitar alimentação exagerada e de difícil digestão; 

(c) Dedicar-se com alegria e empenho às atividades espirituais, por saber que estamos representando Jesus ante o necessitado que o busca; 

(d) Evitar conversas negativas, como críticas, comentários sobre doenças, queixas etc., portando-se de forma mais digna exigida para um trabalhador da Seara do Mestre de Nazaré; 

(e) Manter-se em sintonia elevada, orando e vibrando positivamente, contribuindo para o êxito do trabalho. 

Precisamos atentar para o fato de que somos os únicos responsáveis pelas escolhas que fazemos e não podemos ficar acusando este ou aquele indivíduo, ou este ou aquele motivo para nos desculparmos dos nossos insucessos perante as tarefas de cunho espiritual a nós confiadas pela Espiritualidade Maior. Sobre esse assunto, ouçamos o que nos diz André Luiz: 

Não acuse os Espíritos desencarnados sofredores, pelos seus fracassos na luta. Repare o ritmo da própria vida, examine a receita e a despesa, suas ações e reações, seus modos e atitudes, seus compromissos e determinações, e reconhecerá que você tem a situação que procura e colhe exatamente o que semeia”. (4) 

Que Jesus nos guarde em sua paz, e que não sejamos nós os responsáveis pelo fracasso das atividades de intercâmbio nas tarefas a que nos candidatamos por livre e espontânea vontade. 

 

Referências: 

1) E.S.E. – Cap. XVIII, item 38. 

2) Nos domínios da mediunidade , 23ª edição– Cap. 4, pag. 39. 

3) Além da Morte , 9ª edição – Cap. XVI, pag. 239. 

4) Agenda Cristã – Cap. 18.



 


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