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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 118 – 2 de Agosto de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(7ª Parte)


Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Que parte dos Evangelhos foi escolhida por Kardec para objeto exclusivo de seu livro O Evangelho segundo o Espiritismo?

Foi o ensino moral trazido por Jesus, que Kardec conceituou como sendo uma regra de conduta, o princípio de todas as relações sociais baseadas na justiça e, acima de tudo, o caminho infalível da felicidade futura. (Revue Spirite de 1864, pp. 97 e 98.)

B. Que é que constitui a força da doutrina espírita?

Segundo Kardec, é a universalidade do ensino dos Espíritos que constitui a força da doutrina espírita e a causa de sua rápida propagação. Em face disso, adverte o Codificador que, para tudo quanto esteja fora do ensino exclusivamente moral, as revelações que cada um pode obter têm um caráter individual sem autenticidade e devem ser consideradas como opinião pessoal desse ou daquele Espírito, sendo imprudente aceitá-las e promulgá-las levianamente como verdades absolutas. (Obra citada, pp. 100 e 101.)

C. Onde reside a garantia da futura unidade do Espiritismo?

A única garantia dessa unidade reside na concordância que exista entre as revelações espontâneas, feitas por grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em diversas regiões. “Prova a experiência - diz Kardec - que quando um princípio novo deve ter a sua solução, é ensinado espontaneamente em diversos pontos ao mesmo tempo e de maneira, senão na forma, ao menos no fundo.” Esse controle universal é, segundo o Codificador, uma garantia para a futura unidade do Espiritismo e é aí que, no futuro, será procurado o critério da verdade. (Obra citada, pp. 102 a 104.)

Texto para leitura

78. A Revue registra o surgimento em Turim do periódico Annali dello Spiritismo in Italia e de um novo jornal espírita na França: O Salvador dos Povos, jornal do Espiritismo, de Bordeaux, de periodicidade semanal. Kardec observa, quanto a este último: “Se vier trazer uma pedra útil ao edifício, se vier, como diz, unir em vez de dividir, se a verdadeira caridade de palavras e de ação é seu guia para seus irmãos em crença, se a sua polêmica com os adversários de nossa doutrina não se afastar aos limites da moderação e de uma discussão leal, será bem-vindo e seremos felizes de o encorajar e o apoiar”. (PP. 94 a 96)

79. A primeira edição de O Evangelho segundo o Espiritismo, que apareceu com um título diferente: “Imitação do Evangelho segundo o Espiritismo”, é destacada no volume de abril de 1864, que transcreve parte da introdução da mencionada obra, em que Kardec explica por que o ensino moral contido nos Evangelhos foi por ele escolhido para objeto exclusivo do livro. Como sabemos, o Codificador elege o ensino moral do Cristo uma regra de conduta, o princípio de todas as relações sociais baseadas na justiça e, acima de tudo, a rota infalível da felicidade futura. (PP. 97 e 98)

80. Na parte final da introdução transcrita pela Revue, Kardec é enfático: “Graças às comunicações de ora em diante estabelecidas de maneira permanente entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica, ensinada em todas as nações pelos próprios Espíritos, não mais será letra morta, porque cada um a compreenderá e necessariamente será solicitado a pô-la em prática, a conselho de seus guias espirituais”. (P. 99)

81. Reafirmando que o Espiritismo não tem nacionalidade, Kardec assevera que é a universalidade do ensino dos Espíritos que constitui a força da doutrina espírita e a causa de sua rápida propagação. Em face disso, adverte o Codificador que, para tudo quanto esteja fora do ensino exclusivamente moral, as revelações que cada um pode obter têm um caráter individual sem autenticidade e devem ser consideradas como opinião pessoal desse ou daquele Espírito, sendo imprudente aceitá-las e promulgá-las levianamente como verdades absolutas. (PP. 100 e 101)

82. O primeiro controle do ensino dos Espíritos é, sem dúvida, o da razão, à qual é preciso submeter tudo quanto venha dos Espíritos, sem qualquer exceção. “Toda teoria em manifesta contradição com o bom senso, com uma lógica rigorosa e com os dados positivos que se possuem, por mais respeitável que seja a sua assinatura, deve ser rejeitada.” (P. 101)

83. Como esse controle é, em muitos casos, incompleto, devido à insuficiência das luzes de certas pessoas e da tendência de muitos a tomar seu próprio julgamento por único árbitro da verdade, a concordância no ensino dos Espíritos deve ser verificada, mas é preciso que se dê em certas condições. (PP. 101 e 102)

84. A única garantia séria está, então, na concordância que exista entre as revelações espontâneas, feitas por grande número de médiuns estranhos uns aos outros e em diversas regiões. “Prova a experiência - diz Kardec - que quando um princípio novo deve ter a sua solução, é ensinado espontaneamente em diversos pontos ao mesmo tempo e de maneira, senão na forma, ao menos no fundo.” (P. 102)

85. Esse controle universal, segundo o Codificador, é uma garantia para a futura unidade do Espiritismo e anulará todas as teorias contraditórias. É aí que, no futuro, será procurado o critério da verdade e é o que fez o sucesso da doutrina formulada no Livro dos Espíritos e no Livro dos Médiuns, visto que por toda a parte cada um pode receber dos Espíritos, diretamente, a confirmação do que eles encerram. (P. 102)

86. Concluindo o artigo, Kardec afirma que não é à opinião de um homem que se aliarão os Espíritos, nem será um homem que fundará a ortodoxia espírita, nem um Espírito, mas sim a universalidade dos Espíritos, comunicando-se em toda a Terra, por ordem de Deus. “Aí está - diz o Codificador - o caráter essencial da doutrina espírita; aí está a sua força e a sua autoridade.” (P. 104)

87. Em vinte e dois tópicos, a Revue publica uma instrução intitulada “Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas”, dirigida às pessoas que não possuem qualquer noção do Espiritismo. “Nos grupos ou reuniões espíritas onde se acham assistentes noviços, ela pode ser útil ao preâmbulo das sessões”, afirma Kardec. (P. 105)

88. No preâmbulo do Resumo, o Codificador afirma que um sério estudo prévio é o único meio de levar alguém à convicção e muitas vezes isto mesmo basta para mudar inteiramente o curso das ideias. Contudo, em falta de uma instrução completa, que não pode ser dada em poucas palavras, um resumo sucinto da lei que rege os fenômenos bastará para fazer encarar a coisa sob sua verdadeira luz pelas pessoas não iniciadas. (P. 106)

89. Eis, de forma sintética, os principais ensinamentos contidos nos vinte e dois itens da instrução referida: I) O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. II) Os Espíritos não são seres à parte na criação, mas as almas dos que viveram na Terra e em outros mundos. III) Eles não são, como se pensa, seres vagos e indefinidos, nem chamas, nem fantasmas. São seres semelhantes a nós, com um corpo como o nosso, mas invisível e fluídico em seu estado normal. IV) Unida ao corpo, a alma possui um duplo envoltório: um pesado, grosseiro, destrutível - o corpo; outro fluídico, leve, indestrutível - o perispírito. O perispírito é o elo que une a alma ao corpo e é por meio dele que a alma faz o corpo agir e percebe as sensações experimentadas pelo corpo. V) A união da alma, do perispírito e do corpo material constitui o homem; a alma e o perispírito, separados do corpo, constituem o ser chamado Espírito. VI) O fluido que compõe o perispírito penetra todos os corpos; nenhuma matéria lhe faz obstáculo. É por isso que os Espíritos penetram em toda a parte, nos lugares mais fechados. VII) Os Espíritos têm todas as percepções que tinham na Terra, mas em mais alto grau, porque suas faculdades não são amortecidas pela matéria. Veem e ouvem coisas que nossos sentidos limitados não nos permitem ver nem ouvir. Para eles não existe escuridão, salvo para aqueles cuja punição é ficarem temporariamente nas trevas. VIII) É com o auxílio do perispírito que o Espírito faz os médiuns escreverem, falarem ou desenharem. Ele serve-se assim do corpo do médium, cujos órgãos ocupa, fazendo-os agir como se fosse seu próprio corpo, e isto pelo eflúvio fluídico que sobre ele derrama. IX) Nas comunicações pela escrita, pode-se ver o Espírito ao lado do médium, dirigindo-lhe a mão ou transmitindo-lhe o pensamento por uma corrente fluídica. X) Quando golpes são ouvidos na mesa ou noutro lugar, o Espírito não bate com a mão, nem com um objeto qualquer: ele dirige um jato de fluido para o ponto de onde parte o ruído, produzindo o efeito de um choque elétrico, e modifica o ruído, como se pode produzir o som produzido pelo ar. XI) As descobertas científicas foram restringindo continuamente o círculo do maravilhoso. O conhecimento da nova lei revelada pelo Espiritismo vem reduzi-lo a nada. Assim, os que acusam o Espiritismo de ressuscitar o maravilhoso provam, por isto mesmo, que falam do que não conhecem. XII) Toda reunião espírita, para ser proveitosa, deve - como primeira condição - ser séria e recolhida. Tudo nela deve passar-se respeitosamente, religiosamente, com dignidade, se se quiser obter o concurso habitual dos bons Espíritos. (PP. 106 a 112) (Continua no próximo número.)


 


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