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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 115 – 12 de Julho de 2009

JANE MARTINS VILELA
limb@sercomtel.com.br
Cambé, Paraná (Brasil)
 

Reparação e amor 


Certo dia, uma jovem senhora levou a nós seu bebê recém nascido para avaliação. Enquanto conversávamos, notamos uma tristeza no seu semblante, diferente da grande maioria das mães, que se revelam muito felizes com a chegada do bebê.

Perguntamos a ela se estava triste e ela negou, mas aí fomos conversando, deixando que ela tivesse uma certa confiança, enquanto verificávamos o bebê – lindo e em ótimo estado, muito bem cuidado. Ao terminarmos, enquanto conversávamos mais um pouco, voltamos ao ponto: “Não adianta você dizer que não está triste. O seu rosto mostra isso. O que houve? Algum problema?”

“Não é nada com o bebê. Estou feliz com ele. São problemas em casa.”

“Algum problema com o marido?”, insistimos, porque, na verdade, esse tem sido um dos maiores sofrimentos com que temos nos deparado em relação às mulheres.

“Meu marido sempre foi muito bom comigo. O problema é que faz um mês que ele foi preso.”

Perguntamos o porquê, o que ele havia feito para ser preso. Ela respondeu que ele não fez nada; que foram pegos de surpresa. Estavam em casa, tranquilos, quando a polícia chegou, acusando-o de mandante de um assassinato. Tanto ela quanto ele se assustaram. Não adiantou ele alegar inocência – nem sabia do que se tratava! Estava preso há um mês e o advogado estava tentando retirá-lo da prisão.

Por isso ela estava triste.

Conversamos bastante. Ela disse ter certeza da inocência do marido e nós comentamos que era bem melhor para ele se fosse inocente, apesar da dificuldade, porque, inocente, ele não teria agido contra a própria consciência. Ela concordou.

Observamos o bebê. Sereno...

Que sofrimento emocional deve ter passado quando a mãe viu o pai ser levado preso...!

O espírito reencarnante sofre as angústias maternas quando está no útero, sofre com os pensamentos em desalinho e se alegra com as alegrias, com os pensamento de amor. Isso é bem comentado nas obras espíritas e bem avaliado pelos psicólogos da atualidade. Os trabalhos de pré-natal das gestantes têm enfocado muito esse lado, incentivando as mães a dialogarem com os filhos no útero, passarem a mão na barriga, o pai fazer isso, os irmãos também, para que o espírito se sinta bem vindo a esse Mundo.

Numa certa ocasião, vimos uma menininha de dois meses chorando e seu irmãozinho de 3 anos se aproximando e falando carinhosamente com ela. Ela parou o choro imediatamente. A mãe nos disse então que isso acontecia sempre, que ela acalmava ao ouvi-lo e que ele, durante a gravidez, conversava muito com ela e beijava a barriga da mãe. São as afinidades espirituais, os amores que se reencontram no parentesco espiritual, e confirmando, na prática, o que muitos pais notam: o espírito no útero ouve e entende.

É fato que, de uns dois ou três anos para cá, vem nascendo uma geração de bebês mais calmos, menos agitados do que a geração atual. Isso é fruto da observação.

Quanto ao bebê da mãe que sofreu, pedimos a ela que conversasse com ele, principalmente no sono, dizendo que ele é amado, querido, que as apreensões fazem parte da vida e que o amor divino a todos envolve.

O pai estava em dificuldades. Ela, triste, mas não era com ele, mas com a situação, que esperava fosse logo resolvida.

O pai, alegando inocência, talvez passando, ele e a família numa hora como essa, pela Lei de Causa e Efeito, quem sabe, reparando males que podem ter ficado impunes antes, ou uma provação pedida para galgar degraus de luz no sofrimento.

“Melhor ser inocente hoje”. Melhor ser vítima, hoje, do que agressor.

Estamos vendo tanta agressividade hoje, tanta ausência de paciência...! É preciso amar um tanto mais. É preciso desenvolver mais paciência, lembrar da gentileza, porque as horas da agressividade estão com os dias contados. O amanhã será de paz, de fraternidade. Mas até chegar, muitos amanhãs, muitas auroras ainda passarão. Muitos ainda deverão quitar o passado para conquistarem a paz almejada. Nesse mundo de provas e expiações, de aprendizado, todos ainda carregamos mazelas do ontem que enodoam nosso perispírito. Para que ele brilhe, como certa ocasião disse Jesus – “brilhe vossa luz”, necessário agigantar-se no amor, na afetividade, na compaixão, no exercício cotidiano de tratar os outros com o mesmo amor que gostaríamos de receber. Assim se vence a agressividade e, um dia, realmente a aurora de paz se fará, quando o planeta sofrido entender que o caminho para a felicidade é o amor.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita