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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 114 - 5 de Julho de 2009

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br

Matão, São Paulo (Brasil)
 

Kardec falou em mundo espiritual organizado? 
Sim ou não?

 
A inesgotável fonte de consulta que é a Codificação Espírita permite-nos descobrir pérolas escondidas ou não percebidas em seus textos. Foi o que aconteceu no capítulo VI de A Gênese, especificamente nos itens 17 a 19, que recomendamos aos leitores. 

Quando surgiu a produção assinada pelo Espírito André Luiz, ela causou impacto à primeira vista e aos poucos foi assimilada, compreendendo-se a naturalidade de suas afirmações e perfeita coerência com a Codificação de Allan Kardec. Embora persistam posicionamentos contrários, fruto natural da liberdade e estágios de entendimento, é importante que a pesquisa doutrinária continue nos esclarecendo sobre a incomparável contribuição da conhecida Série André Luiz.  

Afinal, Kardec falou em mundo espiritual organizado? Sim ou não? Usamos tais questionamentos como título da matéria, propositalmente, justamente para incentivar a pesquisa na fonte original. 

No referido capítulo de A Gênese, acima citado, podemos encontrar na edição da FEB (32ª. edição, de 12/1998, tradução de Guillon Ribeiro):  

a) No item 17: “(...) A matéria cósmica primitiva continha os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os universos que estadeiam suas magnificências diante da eternidade. Ela é a mãe fecunda de todas as coisas, a primeira avó e, sobretudo, a eterna geratriz. Absolutamente não desapareceu essa substância donde provêm as esferas siderais; não morreu essa potência, pois que ainda, incessantemente, dá à luz novas criações e incessantemente recebe, constituídos, os princípios dos mundos que apagam do livro eterno. A substância etérea, mais ou menos rarefeita, que se difunde pelos espaços interplanetários; esse fluido cósmico que enche o mundo, mais ou menos rarefeito, nas regiões imensas, opulentas de aglomerações de estrelas; mais ou menos condensado onde o céu astral ainda não brilha; mais ou menos modificado por diversas combinações, de acordo com as localidades da extensão, nada mais é do que a substância primitiva onde residem as forças universais, donde a Natureza há tirado todas as coisas. (...)”  

b) No item 18: “(...) Toda criatura, mineral, vegetal, animal ou qualquer outra – porquanto há muitos outros reinos naturais, de cuja existência nem sequer suspeitaissabe, em virtude desse princípio vital e universal, apropriar as condições de sua existência e de sua duração. (...)”  

c) No item 19: “(...) Até aqui, porém, temos guardado silêncio sobre o mundo espiritual, que também faz parte da criação e cumpre seus destinos conforme as augustas prescrições do Senhor (...)”.  

Todos os destaques são de minha autoria. A partir deles e, considerando a extensão dos itens transcritos, podemos raciocinar também em termos de mundo espiritual. Por que não? Acrescente-se a importância do quesito substância etérea, mais ou menos rarefeita, válido, sem dúvida alguma, para as construções organizadas do mundo espiritual, tão bem descritas por André Luiz e outros autores idôneos, como é o caso da inolvidável Yvonne do Amaral Pereira. E para não ficarmos apenas na questão de estrutura organizada no mundo espiritual, o quesito todos os universos tem extensão igualmente para as atuais pesquisas dos chamados buracos negros.  

Na reflexão sobre a expressão mais ou menos rarefeita, acima destacada, ou ampliando com a questão 36 de O Livro dos Espíritos, cuja resposta indica: “(...) o que parece vazio está ocupado por uma matéria que escapa aos teus sentidos e instrumentos”. Ou ainda ao oportunismo da questão 181 da mesma obra, em cuja resposta – válida para essas reflexões, claro, e extensiva aos diferentes degraus evolutivos: “(...) Esse envoltório, porém, é mais ou menos material, conforme o grau de pureza a que chegaram os Espíritos. É isso o que assinala a diferença entre os mundos que temos de percorrer, porquanto muitas moradas há na casa de nosso Pai, sendo, conseguintemente, de muitos graus essas moradas. (...)”.  

O destaque igualmente é nosso e a questão refere-se ao perispírito e também aos diferentes tipos de corpos materiais – a depender do estágio evolutivo – ampliando-se, pois, a questão também para a estrutura espiritual organizada. O assunto, inclusive, abre campo imenso na área de pesquisa das condições da pluralidade de mundos habitados.  

Em tudo isso não pode escapar ao nosso raciocínio a diversidade de gradações, ou degraus, ou estágios, nesses extremos mais ou menos materiais, conforme incessantemente indicam os Espíritos. Isso indica claramente a necessidade ou até a coerência de mundo espiritual organizado, a depender, é claro, dos estágios de evolução dos Espíritos, indicadores de condições mais ou menos materiais em seus corpos espirituais, o que requisita organização estruturada do mundo espiritual. Muito coerente, pois, com as descrições psicografadas. 

Por outro lado, é importante citar que, quando Kardec pergunta na questão 22 de O Livro dos Espíritos se o conceito de matéria é o que tem extensão e impressiona os sentidos, a resposta é: “(...) a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser tão etérea e sutil que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria”.  

E perguntamos, de que matéria é feito o mundo espiritual do qual nos fala André Luiz?  

E vale ressaltar que todo o capítulo VI de A Gênese, conforme indicação de rodapé, do próprio Codificador, é textualmente extraído de uma série de comunicações ditadas à Sociedade Espírita de Paris, em 1862 e 1863, sob o título Estudos uranográficos, e assinadas por Galileu, através do médium Camile Flammarion. E, aliás, o capítulo todo é de uma beleza transcendental, que recomendamos aos leitores não deixarem de ler.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita