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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 114 - 5 de Julho de 2009

MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com

Guará II, Distrito Federal (Brasil)
 

Crônicas de Natal
 
O Natal da mata


Na floresta é tudo vida, é tudo profusão. O canto dos pássaros anima as manhãs. Os macacos, nossos parentes mais próximos, agitam os galhos com a sua gritaria, enquanto os animais rastejantes passeiam lentamente pelo solo. Araras multicoloridas alegram o ambiente tornando-o igualmente multicolorido. Na mata, a vida surge de várias formas e matizes. No verme, no inseto, no mamífero, no réptil. Tudo é vida, mas nem tudo é movimento. Quis assim o Criador, a permear a vida por cada espaço deste mundão.

E no meio dessa mata, entre as árvores colossais, uma árvore se apresenta diferente das outras. Naquela manhã, uma árvore havia se transmutado, enfeitada agora com bolas de vidro reluzentes e multicoloridas penduradas na ponta de seus galhos. Sinos e outros adereços espalhados pelo seu caule contrapõem-se a uma extensa faixa aveludada e prateada a envolver toda a sua extensão. E no seu cume, brilhante e resplandecente, paira fincada uma bela estrela.

Os bichos da mata, ressabiados pelas tantas mazelas que já provaram nos últimos tempos, chegam aos poucos para admirar aquela quebra na rotina da floresta. As araras aos poucos se aproximam enquanto os macacos emitem sonoras gargalhadas em frente daquela combinação de cores. As serpentes tentam abocanhar as bolas de vidro sem sucesso, na busca de ovos suculentos. Os índios aproximam-se com seus curumins para mostrar aquela novidade, sem  no entanto entender o que levou alguém a enfeitar daquela maneira o que Tupã já havia feito com tanta maestria.

Logo, na clareira que morava aquela árvore aninhou-se a diversidade da floresta em torno daquela novidade. Todos em um misto de espanto e admiração pela árvore toda enfeitada. Dias quentes se passaram, até que no sexto dia do ano surge um pequeno menino branco, com uma larga sacola. Ao ver os índios cultuando a árvore que jazia envolta de bichos, abre um largo sorriso.

Abeirando-se daquela turba, o menino vai recolhendo um a um os adereços da árvore, colocando-os na bolsa e trazendo-a para seu estado natural. Mais boquiabertos ainda, os índios e os animais, por sinalização universal, perguntam o porquê daquilo. O menino, utilizando elementos da própria natureza, expressa a eles que Deus tudo criou e que, em um dado momento da Terra, nasceu Nosso Senhor Jesus Cristo para redenção de todos nós. E o seu nascimento era comemorado pelos homens, em um período em que se cultivava a paz, chamado Natal, e a árvore era um símbolo já antigo dessa época.

Espantou-se o menino observar que aquele culto ao Criador não era estranho para eles, que também tinham nos seus deuses esse ideal da paz. A mensagem de amor também tinha ali a sua linguagem, em símbolos outros, e com certeza, se não conheciam Nosso Senhor como ele conhecia, conheciam e viviam algo, ainda que latente, de sua mensagem, uma vez que o ideal transcende a carapaça corporal que nos esconde.

Ao fim do dia, une-se o menino aos índios e aos animais, em uma canção sem letra, que lembra o Natal, que lembra o Criador, que lembra a vida. Que lembra que ainda precisamos de símbolos para nos lembrar desses sentimentos. 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita