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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 114 - 5 de Julho de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(Parte 25)

Damos continuidade ao estudo da obra Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. É verdade que Saldanha, depois que desencarnou, tentou fugir ao mal?

R.: Sim. O verdugo de Margarida diz que tentou esse caminho, mas as velhas orações que ele aprendera em seu lar mereceram sarcasmo cruel dos inimigos do bem. Sua vontade de melhorar era sincera, mas pensamentos menos dignos lhe po­voavam a mente. Ele esforçou-se e reagiu quanto pôde, mas seu impulso para o bem era, no fundo, um sopro frágil à frente de um tufão, de tal sorte que, ao contacto de entidades desencarnadas infeli­zes e vin­gativas, acabou perdendo o resto da compostura moral que procurava debalde sustentar. "Se a alma, liberta do corpo de carne, não se en­contra am­parada em princípios robustos de virtude santificante, sen­tida e vi­vida, é quase impossível sair vitoriosa das ciladas escuras que nos armam", explicou Saldanha. (Libertação, cap. XV, pp. 194 a 196.)

B. No exercício da mediunidade, que é que não podemos ignorar?

R.: Não podemos ignorar que a mediunidade é energia peculiar a todos, em maior ou menor grau de exteriorização, mas se encontra subordinada aos princípios de direção e à lei do uso, tanto quanto a enxada, que pode ser mobilizada para servir ou ferir. Não podemos também desprezar o valor de uma atitude desassombrada e permanente de fé positiva, dentro do caminho louvável, o que nem sempre ocorre com os que trabalham no campo da mediunidade, porquanto em muitas ocasiões basta que Es­píritos perturbadores ou maliciosos os visitem e lá se vão os germens superiores que lhes são confiados pe­los mentores, incessantemente, ao solo do coração. De um momento para outro, duvidam do esforço espiritual, duvidam de si mes­mos, cerram os olhos ante a grandeza das leis divinas e fracassam. (Obra citada, cap. XV, pp. 197 e 198.)

C. Pode um grupo mediúnico harmoniosamente constituído dar guarida às forças perturbadoras?

R.: Pode. Segundo o mentor Sidônio, mesmo um grupo constituído em tais condições, como o que ele próprio orientava, pode dar guarida fácil às forças deprimentes. "Enquanto conosco, deixam-se envolver nas suaves irradiações da paz e da alegria, do bom ânimo e da esperança, registrando-se as vibrações edificantes das quais desejávamos fossem eles nossos portadores permanentes e seguros na esfera vulgar da luta humana. Todavia, tão logo se encontram a pe­quena distância de nossas portas, aceitam ou provocam milhares de su­gestões sutis, diferentes das nossas”, informou o mentor. "Além disso – acrescentou Sidônio -, quando esse ou aquele irmão revela disposições mais avançadas para servir a bem de todos, em favor do im­pério da luz, costuma ser imediatamente visitado, nas horas de sono físico, por entidades renitentes na prática do mal, interessadas na extensão do domínio das sombras, que lhe desintegram convicções e pro­pósitos nascentes com insinuações menos dignas, quando o espírito do trabalhador não está convenientemente apoiado no desejo robusto de progredir, redimir-se e marchar para a frente." (Obra citada, cap. XV, pp. 199 e 200.)

Texto para leitura

102. Como vencer o mal - A sós com Saldanha, André perguntou-lhe como explicar tamanho temor perante os companheiros retardados. O ex-ver­dugo explicou-lhe que, se eles se dispusessem a lutar abertamente, conservando a enferma em padrão físico de menor resistência, o malogro de seus objetivos seria questão de minutos, porque nos círculos infe­riores, em que se encontravam, a maldade era força dominante em quase toda parte e contava com intérpretes que os vigiavam através de todos os flancos, e dos quais não era fácil escapar. "Para combater o mal e vencê-lo, urge possuir a prudência e a abnegação dos anjos. De outro modo é perder o tempo e cair, sem defesa, em perigosas armadilhas das trevas", asseverou Saldanha. Ele contou, ainda, que logo depois de sua desencarnação tentara, em vão, fugir ao mal. Velhas orações que ele aprendera em seu lar mereceram sarcasmo cruel dos inimigos do bem. Sua vontade de melhorar era sincera, mas pensamentos menos dignos lhe po­voavam a mente. Ele esforçou-se e reagiu quanto pôde, mas seu impulso para o bem legítimo era, no fundo, um sopro frágil à frente de um tufão, de tal sorte que, ao contacto de entidades desencarnadas infeli­zes e vin­gativas, perdera o resto da compostura moral que procurava debalde sustentar. "Se a alma, liberta do corpo de carne, não se en­contra am­parada em princípios robustos de virtude santificante, sen­tida e vi­vida, é quase impossível sair vitoriosa das ciladas escuras que nos armam", acrescentou Saldanha. Em seguida, disse que aqueles que são surpreendidos no campo da inferioridade manobram contra o bem mil armas de despeito, calúnia, inveja, ciúme, mentira e discórdia, provo­cando perturbação e desânimo. Seu próprio caso era exemplo vivo de que o problema não é uma questão de ignorância, mas, sim, de endureci­mento das pessoas. "Faltava-me" – disse ele – "a companhia de alguém que conseguisse mostrar-me a eficiência e a segurança do bem, no meio de tantos males." (Cap. XV, pp. 194 a 196)

103. O bem pode vencer o mal - Saldanha ilustrou sua explicação com uma imagem: "Imagina um esfomeado a ouvir discursos. Acreditas que as pa­lavras lhe satisfaçam as exigências do estômago? Isso foi precisamente o que me ocorreu. Preocupado com a esposa e a nora, desencarnadas em terrível desequilíbrio, atormentado pelo filho louco e pela neta em perigo, não havia espaço mental' em minha cabeça para simplesmente louvar teorias salvadoras". Foi então que Gúbio lhe mostrou que o bem é mais poderoso que o mal, e isso bastou-lhe. Sabia, no en­tanto, que seria perseguido sem tréguas pelos ex-companheiros de re­volta. Se pu­dessem, eles o conduziriam ao vale de miséria e penúria; porém, salu­tar transformação lhe possuía agora o espírito e estava con­vencido de que o bem pode vencer o mal. Nesse ponto, Gúbio retornou ao aposento da enferma, notificando que o problema fora resolvido. Ela e o esposo compareceriam na noite próxima a uma reunião familiar, um im­portante setor de socorro mediúnico. Lá, a enferma e Gaspar receberiam recursos eficientes. Chegada a hora, o casal saiu de casa acompanhado por Gú­bio, André e seus amigos, e pelo grande número de "ovoides" que se en­contravam ligados, ainda, à cabeça de Margarida, em processo de imantação. Saldanha conseguira despistar seus compa­nheiros da falange. O senhor Silva, dono da casa onde se faria a reunião espírita, recebeu o casal com inequívocas demonstrações de ca­rinho, e Sidônio, o diretor espiritual dos trabalhos, estendeu ao grupo braços fraternais. (Cap. XV, pp. 196 e 197)

104. Mediunidade reclama a autoiluminação - Conversação amena entre os componentes do grupo mediúnico e o casal antecedeu os trabalhos. Sidô­nio esclareceu a Gúbio que aquele grupo produzia satisfatoriamente, mas poderia levar a efeito mais ampla colheita de bênçãos se a confiança no bem e o ideal de servir fossem mais dilatados nos colaboradores encarnados. "Sem companheiros encarnados que nos correspondam aos objetivos na ação santificante, como estabelecer a espiritualidade superior na Crosta da Terra?", indagou Sidônio. Muitos apresentam-se dispostos ao concurso fraternal, mas a maioria espera a mediu­nidade espetacular, a fim de cooperar decisivamente, esquecida de que todos somos médiuns de alguma força boa ou má, em nossas faculdades receptivas. Poucos aceitam as necessidades do serviço que nos aconselham a buscar desenvolvimento substancial na autoiluminação, através do ser­viço aos nossos semelhantes, enquanto a maioria toca a exigir dons me­diúnicos, como se fossem dádivas milagrosas a serem transmitidas, de graça, àqueles que se candidatam aos benefícios. "Esquecem-se -- acentuou Sidônio -- de que a mediunidade é uma energia peculiar a todos, em maior ou menor grau de exteriorização, energia essa que se encontra subordinada aos princípios de direção e à lei do uso, tanto quanto a enxada, que pode ser mobilizada para servir ou ferir". "Nossos amigos não percebem o valor de uma atitude desassombrada e permanente de fé positiva, dentro do caminho louvável, haja o que houver", aduziu o di­retor espiritual daquele grupo. Disse então que basta que Es­píritos perturbadores ou maliciosos os visitem, sutis, à maneira de melros num arrozal, e lá se vão os germens superiores que lhes são confiados pe­los mentores, incessantemente, ao solo do coração. De um momento para outro, duvidam do esforço espiritual, duvidam de si mes­mos, cerram os olhos ante a grandeza das leis divinas, e fracassam. (Cap. XV, pp. 197 e 198)

105. Terapia dos fluidos - A uma pergunta feita por André, Sidônio ex­plicou que mesmo um grupo harmoniosamente constituído, como aquele, costuma dar guarida fácil às forças deprimentes: "Enquanto conosco, deixam-se envolver nas suaves irradiações da paz e da alegria, do bom ânimo e da esperança, registrando-se as vibrações edificantes das quais desejávamos fossem eles nossos portadores permanentes e seguros na esfera vulgar da luta humana. Todavia, tão logo se encontram a pe­quena distância de nossas portas, aceitam ou provocam milhares de su­gestões sutis, diferentes das nossas. Choques de pensamentos adversos ao nosso programa, nascidos da mente de encarnados e desencarnados, vergastam-nos sem piedade. Raros se capacitam de que a fé representa bênção suscetível de ser aumentada, indefinidamente, e fogem ao ser­viço que a conservação, a consolidação e o crescimento desse dom nos oferecem a todos". "Além disso, quando esse ou aquele irmão revela disposições mais avançadas para servir a bem de todos, em favor do im­pério da luz, costuma ser imediatamente visitado, nas horas de sono físico, por entidades renitentes na prática do mal, interessadas na extensão do domínio das sombras, que lhe desintegram convicções e pro­pósitos nascentes com insinuações menos dignas, quando o espírito do trabalhador não está convenientemente apoiado no desejo robusto de progredir, redimir-se e marchar para a frente." A reunião iria come­çar. Das trinta pessoas presentes, nove eram encarnados; vinte e um eram colaboradores espirituais que ali se movimentavam. Sidônio e Gú­bio, em esforço conjunto, efetuaram operações magnéticas ao redor de Margarida, desligando finalmente os "corpos ovoides", que foram entre­gues a uma comissão de seis companheiros que os conduziram, cuidadosa­mente, a postos socorristas. Logo após, enquanto a prece e os estudos evangélicos se faziam ouvir, grande cópia de força nêurica, com a de­vida compensação em fluidos revigoradores da esfera espiritual, foi extraída, através da boca, das narinas e mãos dos assistentes encarna­dos, força essa que os dois dirigentes aplicaram sobre Margarida e Gaspar, com o intuito de restaurar-lhes as energias perispiríticas. (Cap. XV, pp. 199 e 200) (Continua no próximo número.)   
 

 


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