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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 3 - N° 114 – 5 de Julho de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA 
mbo_imortal@yahoo.com.br 
Londrina, Paraná (Brasil)

 

Paulo Fernando de Oliveira:

“Não se deve jamais combater violência com violência”

O novo presidente do “Nosso Lar”, a casa espírita mais antiga de Londrina, fala sobre sua iniciação no Espiritismo e seus projetos à frente da referida instituição

 

Natural da cidade de Rolândia (PR), Paulo Fernando de Oliveira (foto), empossado no dia 1º de julho último como presidente do Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina, é o nosso entrevistado da semana.

Espírita há 21 anos, foi por quatro anos diretor do Departamento de Infância e Juventude da mesma Casa espírita e, além da presidência do “Nosso Lar”, dirige o Grupo Mediúnico Amigos da Paz, que integra os inúmeros grupos em atividade na instituição.

Na presente entrevista, ele fala sobre sua iniciação no Espiritismo e seus planos à frente  do Centro Espírita mais antigo da  

cidade, que completou 75 anos de atividades em janeiro último.

O Consolador: Quando você teve contato pela primeira vez com o Espiritismo?

Foi em 1988 que entrei pela primeira vez em uma Casa espírita, mas somente quatro anos depois, em 1992, comecei a frequentá-la mais assiduamente.

O Consolador: Houve algum fato que haja propiciado esse contato inicial?

Posso situá-lo em dois momentos. O primeiro, no ano de 1988, quando namorava então minha esposa, que na época já era espírita. A convite dela assisti então a palestras no “Nosso Lar”. O segundo momento, no ano de 1992, deveu-se à mediunidade ostensiva de minha mãe, o que me levou a frequentar o Centro de Estudos Espirituais Vinha de Luz, que na época funcionava em uma casa de madeira situada no Jardim Novo Bandeirantes e era então dirigido pelo saudoso confrade Pedro Cândido Romero. (N. R.: A mãe do entrevistado chama-se Zoraide Siqueira de Oliveira e sua esposa, Cirlene Teixeira de Oliveira.) 

O Consolador: Dos três aspectos do Espiritismo – científico, filosófico e religioso - qual é o que mais o atrai? 

Com certeza, o religioso. 

O Consolador: Que autores espíritas mais lhe agradam? 

Apesar de não ser um assíduo leitor de obras espíritas, tenho muito interesse pelas obras do Divaldo Franco. 

O Consolador: Que livros espíritas você considera de leitura indispensável aos confrades iniciantes? 

Sem dúvida o “Nosso Lar”, que pode fornecer bons subsídios para os leigos. E se demonstrarem interesse, devem se aprofundar nas obras básicas, mas daria a sugestão de começar pelo Evangelho, principalmente se a leitura desse livro for feita em família. 

O Consolador: As divergências doutrinárias em nosso meio reduzem-se a poucos assuntos. Um deles diz respeito ao chamado Espiritismo laico. Para você, o Espiritismo é uma religião? 

Eu o considero, sim, uma religião, mesmo sabendo que Kardec se utilizou, na codificação do Espiritismo, de uma metodologia científica. Mas hoje no Brasil é difícil não pensar em Espiritismo como sendo uma religião. 

O Consolador: Na obra de J. B. Roustaing ensina-se que a encarnação dos Espíritos não é necessária à evolução e só ocorre a título de castigo, tendo o ser humano, nesse caso, de encarnar numa forma animal primitiva, o que significa admissão da metempsicose. Que você acha de tais ideias? 

Realmente sei muito pouco ou quase nada sobre Roustaing. Em certa época até procurei alguma coisa sobre ele, mas agora fiquei curioso e vou pesquisar mais sobre o assunto. Acreditar nestes preceitos de Roustaing vai realmente contra os princípios da evolução espiritual. Aprendemos que nós nascemos simples e ignorantes, e ao longo do caminho vamos evoluindo até atingirmos a perfeição. Muitas vezes reencarnamos em situação que para nós parece degradante e absurda, mas sabemos ser necessária para nossa evolução. Se acreditarmos que determinadas situações reencarnatórias servem para nos castigar, vamos cair no velho dilema de que Deus pune as nossas falhas (o que é pregado em grande parte das religiões). Quanto ao fato de encarnar como animal, como prega a metempsicose, seria um retrocesso e nós kardecistas sabemos que o Espírito jamais regride e, por menos que seja, ele sempre progride em algum ponto de seu processo evolutivo. 

O Consolador: Como você vê o nível da criminalidade e da violência que parece aumentar em todo o País e como nós, espíritas, podemos cooperar para que essa situação seja revertida? 

Eu não vejo que a violência esteja aumentando da forma como nos é bombardeada hoje em dia. O que tem aumentado, sim, são as divulgações em órgãos de imprensa. É só lembrarmos o caso Isabela e o do menino João Hélio, e outros que os órgãos de imprensa, sem ter mais nada que divulgar, repetiram incessantemente, explorando muito as tragédias. Mas cabe a nós espíritas propagar a doutrina lembrando principalmente a passagem em que Jesus nos ensina que devemos “Amar os nossos inimigos” e “Perdoar ao próximo”, visto que não se deve jamais combater violência com violência. 

O Consolador: A preparação do advento do mundo de regeneração em nosso planeta já deu, como sabemos, seus primeiros passos. Daqui a quantos anos você acredita que a Terra deixará de ser um mundo de provas e expiações, passando plenamente à condição de um mundo de regeneração, em que, segundo Santo Agostinho, a palavra amor estará escrita em todas as frontes e uma equidade perfeita regulará as relações sociais?  

Se formos pensar no tempo que o homem está na Terra, eu diria que ainda serão necessários mais um ou dois séculos para alcançarmos essa plenitude, e posso estar até sendo otimista. 

O Consolador: Em face dos problemas que a sociedade terrena tem enfrentado, qual deve ser a prioridade máxima dos que dirigem atualmente o movimento espírita no Brasil e no mundo? 

Volto a bater na mesma tecla de que deveríamos divulgar mais o Espiritismo como uma doutrina cristã, a questão da vida após a morte, a reencarnação, a comunicabilidade dos Espíritos, assuntos esses que intrigam muito as pessoas vinculadas às demais religiões.  

O Consolador: Você tem em mente algum projeto com vistas a divulgar o Espiritismo por meio do rádio e da televisão? 

Uma das primeiras providências que estamos tomando é atualizar o nosso site. Fiquei muito contente em saber que por inspiração do nosso site é que surgiu esta maravilhosa ferramenta hoje conhecida como O Consolador. Em segundo lugar, quero divulgar bastante nossos trabalhos, cursos e eventos na imprensa em geral. (N.R.: O site do Centro Espírita Nosso Lar é http://www.cenl.com.br.) 

O Consolador: Fale-nos das principais metas que você pretende realizar à frente do Centro Espírita Nosso Lar. 

A primeira grande campanha que vamos lançar é a da troca das cadeiras do salão principal. Agora no mês de agosto devemos começar com previsão para trocá-las em janeiro de 2010.

Em relação às atividades da casa, temos um projeto de uma vez por mês trazermos palestrantes de outras cidades do Paraná para um ciclo de palestras no final de semana. Voltaremos também com o Cine pipoca, onde mensalmente exibiremos filmes com temática espírita. Vamos criar um mural para que os frequentadores e trabalhadores da casa possam divulgar suas atividades e profissões, buscando assim uma integração maior entre todos. E promover mais reuniões com as coordenações dos grupos públicos. Atualmente as reuniões são quadrimestrais. O que queremos é fazer um trabalho mais efetivo com esses grupos, ouvir o que cada grupo tem a dizer, reclamar ou sugerir. Afinal de contas, esses grupos são o cartão de visita de nosso Centro.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita