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Clássicos do Espiritismo
Ano 3 - N° 114 - 5 de Julho de 2009

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

O Porquê da Vida

  Léon Denis

 (6ª Parte)
 

Damos prosseguimento nesta edição ao estudo do clássico O Porquê da Vida, de Léon Denis, com base na 14ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Os fatos espíritas foram importantes para a assimilação da doutrina?

R.: Sim. Apesar do grande valor da doutrina espírita, o homem do século 19, profundamente cético e imbuído de preconceitos, não lhe teria ligado importância se os fatos não viessem corroborá-la. Para abalar o espírito humano superficial e indiferente, eram precisas as manifestações materiais, estrondosas. Eis por que, a partir do ano de 1848, em meios diferentes, móveis de toda a espécie foram agitados, soaram pancadas fortes nas paredes, corpos pesados se deslocaram, seguindo-se a esses fatos fenômenos mais inteligentes. Os fatos psíquicos sucederam às manifestações de ordem física; médiuns escreventes, oradores, sonâmbulos e curadores se revelaram; aparições visíveis e tangíveis se produziram, e a existência dos Espíritos tornou-se incontestável. (O Porquê da Vida, pág. 50.)

B. Como Léon Denis descreve a sociedade de seu tempo?

R.: Diz Denis que a sociedade de seu tempo atravessava uma crise temerosa. Profunda decomposição a corroía surdamente. O amor do lucro, o desejo dos gozos, tornavam-se cada dia mais aguçados e ardentes. Desejava-se possuir a todo custo. Todos os meios eram considerados bons para se adquirir o bem-estar e a fortuna, único alvo que se julgava digno da vida. A situação dos pequenos, dos humildes, era, por sua vez, dolorosa e estes, muitas vezes atirados às trevas morais, onde não vislumbravam uma consolação, buscavam no suicídio o termo de seus males. (Obra citada, pp. 50 e 51.)

C. Que é que a doutrina espírita nos solicita?

R.: Ela nos solicita: Sede irmãos, ajudai-vos, sustentai-vos na vossa marcha coletiva. Vosso alvo é mais elevado que o desta vida material e transitória. Procurai portanto merecê-lo por vossos esforços e trabalhos. (Obra citada, pp. 53 e 54.)  

Texto para leitura 

66. Os ensinos que vimos foram-nos trazidos pelo Espiritismo, e não são outros senão os do Cristianismo primitivo, desprendidos das formas materiais do culto, despojados dos dogmas, das falsas interpretações, dos erros com que os homens velaram e desfiguraram a filosofia do Cristo. (P. 49)

67. Entretanto, apesar do grande valor dessa doutrina, o homem deste século, profundamente cético e imbuído de preconceitos, não lhe teria ligado importância se os fatos não viessem corroborá-la. Para abalar o espírito humano superficial e indiferente, eram precisas as manifestações materiais, estrondosas. Eis por que, por volta do ano 1850, em meios diferentes, móveis de toda a espécie foram agitados, soaram pancadas fortes nas paredes, corpos pesados se deslocaram, seguindo-se a esses fatos fenômenos mais inteligentes. (N.R.: A data inicial dos fatos espíritas modernos é, em verdade, 31-3-1848, e seu palco foi o povoado de Hydesville, nos Estados Unidos da América do Norte, sendo médiuns as irmãs Fox.) (P. 50)

68. Os fatos psíquicos sucederam às manifestações de ordem física; médiuns escreventes, oradores, sonâmbulos e curadores se revelaram; aparições visíveis e tangíveis se produziram, e a existência dos Espíritos tornou-se incontestável. (P. 50)

69. Apareceu, então, para a Humanidade uma nova doutrina, apoiada, de um lado, nas tradições do passado, na universalidade dos princípios que se encontram na origem de todas as religiões e da maior parte das filosofias, e, de outro, nos inumeráveis testemunhos e fatos observados em todos os países por homens de todas as condições. (P. 50)

70. Coisa notável! Esta ciência, esta filosofia nova, simples e acessível a todos e livre de todos os aparatos e formas de culto, apresenta-se na ocasião propícia, em que as velhas crenças se enfraquecem, no momento em que o sensualismo se espalha qual praga imensa, quando os costumes se corrompem e os laços sociais se afrouxam... (PP. 50 e 51)

71. Qualquer observador refletido concordará em que a sociedade moderna atravessa uma crise temerosa. (N.R.: Léon Denis escreveu este livro há mais de cem anos e parece que foi hoje.) Profunda decomposição a corrói surdamente. O amor do lucro, o desejo dos gozos, tornam-se cada dia mais aguçados e ardentes. Deseja-se possuir a todo custo. Todos os meios são bons para se adquirir o bem-estar, a fortuna, único alvo que julgam digno da vida. (P. 51)

72. A situação dos pequenos, dos humildes, é dolorosa -- e estes, muitas vezes atirados às trevas morais, onde não vislumbram uma consolação, buscam no suicídio o termo de seus males. (P. 51)

73. A Ciência é impotente para conjurar o mal, erguer os caracteres, curar as feridas. Na verdade, as ciências da época tratam apenas de assuntos superficiais da Natureza, reunindo fatos, oferecendo ao espírito humano uma soma de conhecimentos sobre o objeto que lhe é próprio. (P. 52)

74. A Ciência por excelência, essa que da série dos fatos deve remontar à causa que os produz, que deve ligar, unir as ciências diversas em grandiosa e magnífica síntese, fazendo despontar uma concepção geral da vida, fixar nossos destinos, desprender uma lei moral, uma base de melhoramento social -- essa Ciência não existe ainda. (P. 52)

75. Se as religiões agonizam, se a fé desaparece, se a Ciência é impotente para fornecer ao homem  o ideal necessário, a fim de regular sua marcha e melhorar a sociedade, devemos desesperar-nos? Não; porque uma doutrina de paz, de fraternidade e progresso desce a este mundo perturbado e vem apaziguar os ódios selvagens, acalmar as paixões, ensinar a todos a solidariedade, o perdão e a bondade. (PP. 52 e 53)

76. Essa doutrina abre ao Espírito as perspectivas radiosas dum progresso sem limites e diz a todos: Vinde a mim, eu vos animarei, vos consolarei, vos tornarei mais doce a vida, mais fáceis a coragem e a paciência, mais suportáveis as provas. Povoarei de bastante claridade vosso caminho escuro e tortuoso. Aos que sofrem, dou a esperança; aos que procuram, concedo a luz; aos que duvidam e desesperam, ofereço a certeza e a fé. (P. 53)

77. Dizendo isso, ela nos conclama: Sede irmãos, ajudai-vos, sustentai-vos na vossa marcha coletiva. Vosso alvo é mais elevado que o desta vida material e transitória. Procurai portanto merecê-lo por vossos esforços e trabalhos. (P. 53)

 

78. No dia em que for compreendida e praticada essa doutrina, fonte inesgotável de consolações, a Humanidade será grande e forte. Então, a inveja e o ódio ficarão extintos; o poderoso, sabendo que foi fraco e pode tornar a sê-lo, tornar-se-á mais caritativo e afável para com seus irmãos. A Ciência, fecundada pela nova filosofia, expelirá as superstições e as trevas. Não mais haverá ateus ou céticos. Uma fé simples, grandiosa, fraternal se estenderá sobre as nações e fará cessar os ressentimentos e as rivalidades profundas. E a Terra, desembaraçada dos flagelos que a devoram, elevar-se-á cada vez mais na escala dos mundos. (PP. 53 e 54) (Continua no próximo número.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita