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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 113 - 28 de Junho de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(2a Parte)

Damos prosseguimento nesta edição ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Por que os médiuns passistas têm necessidade de trabalhar o seu melhoramento moral?

A razão é simples. Sem determinadas qualidades, como a humildade, a benevolência e a caridade, o magnetizador – privado da assistência dos bons Espíritos – fica reduzido às próprias forças, o que torna necessário para esses médiuns trabalhar o seu melhoramento moral. (Revue Spirite de 1864, pág. 9.)

B. Na desobsessão é suficiente a ação magnética?

Não. Reportando-se ao caso da possessão da srta. Júlia e a todos os casos análogos, Kardec diz que o magnetismo simples, por mais enérgico que seja, é insuficiente para a obtenção da cura. É preciso agir sobre o Espírito obsessor, para o dominar, e sobre o moral da doente. A propósito do assunto, asseverou Erasto: “Isto vos demonstra o que deveis fazer d’agora em diante, nos casos de possessão manifesta. É indispensável chamar em vossa ajuda o concurso de um Espírito elevado, gozando ao mesmo tempo de força moral e fluídica, como o excelente cura d’Ars”. O ponto essencial em casos assim, segundo Kardec, é levar o Espírito obsessor a emendar-se, o que necessariamente facilita a cura. E foi o que se fez, evocando-o e lhe dando conselhos. (Obra citada, págs. 12 a 17.)

C. A caridade é requisito importante numa reunião espírita?

Sim. Pedra de toque do Espiritismo, quando se fala de caridade, não se fala apenas daquela que dá, mas também da que esquece e perdoa, que é benevolente e indulgente e que repudia todo sentimento de ciúme e rancor. “Toda reunião espírita que não se fundar sobre o princípio da verdadeira caridade, será mais prejudicial que útil à causa, porque tenderá a dividir, em vez de unir”, ensina o Codificador. (Obra citada, pág. 25.)

Texto para leitura

14. Prosseguindo seus comentários, Kardec acrescenta: I) Para curar pela ação fluídica, os fluidos mais depurados são os mais saudáveis. II) Ora, desde que esses fluidos benéficos são dos Espíritos superiores, então é o concurso destes que é preciso obter. III) Por isto, a prece e a invocação são necessárias, mas, para orar com fervor, é preciso fé. IV) Para que a prece seja escutada, é preciso seja feita com humildade e dilatada por um real sentimento de benevolência e de caridade. Ora, não há verdadeira caridade sem devotamento, nem devotamento sem desinteresse. V) Sem estas condições, o magnetizador - privado da assistência dos bons Espíritos - fica reduzido às próprias forças. Daí, para os médiuns dedicados a essa tarefa, a necessidade de trabalhar o seu melhoramento moral. (P. 9)

15. Os médiuns curadores tendem a multiplicar-se, com o objetivo de propagar o Espiritismo, pela impressão de que esta nova ordem de fenômenos não deixará de produzir nas massas, porque não há quem não ligue para sua saúde. (P. 10) (N.R.: Vê-se que Kardec chamava de “médiuns curadores” aos que hoje, usualmente, chamamos de “médiuns passistas”.)

16. Ao concluir seu relato a respeito do caso de possessão da srta. Júlia, Kardec afirma que, se há um gênero de mediunidade que exija uma superioridade moral, é, sem contradita, o trato da obsessão, pois é preciso ter o direito de impor sua autoridade ao Espírito. (P. 11)

17. No caso de Júlia e em todos os casos análogos, o magnetismo simples, por mais enérgico que fosse, seria insuficiente. Era preciso agir sobre o Espírito obsessor, para o dominar, e sobre o moral da doente. (P. 12)

18. Constitui também erro dos mais graves não ver na ação magnética mais que simples emissão fluídica, sem levar em conta a qualidade íntima dos fluidos. Na maioria dos casos, o sucesso repousa inteiramente nestas qualidades. (P. 13)

19. A magnetização pode, em certos casos, ser até mesmo funesta, como Hahnemann disse a Kardec no caso da srta. Júlia. Erasto confirmou o ensinamento, reafirmando que, naquela circunstância, era necessária uma ação material e moral e, ainda, uma ação puramente espiritual. (P. 16)

20. Asseverou Erasto: “Isto vos demonstra o que deveis fazer d’agora em diante, nos casos de possessão manifesta. É indispensável chamar em vossa ajuda o concurso de um Espírito elevado, gozando ao mesmo tempo de força moral e fluídica, como o excelente cura d’Ars”. (P. 16)

21. O ponto essencial, como observa Kardec, era levar o Espírito obsessor a emendar-se, o que necessariamente deveria facilitar a cura. E foi o que se fez, evocando-o e lhe dando conselhos. (PP. 16 e 17)

22. Dois diálogos mantidos com o Espírito de Fredegunda mostram como a oração, quando feita pelo próprio Espírito, auxilia o tratamento espiritual. Em nota aposta no final do segundo diálogo, Kardec afirma que nos casos de fascinação a dificuldade do tratamento é muito maior do que na subjugação. (P. 20)

23. Aludindo a mais um grupo espírita constituído em Lyon, a Revue informa que ele surgiu com um duplo objetivo: a instrução e a beneficência. Relativamente à instrução, o grupo se propõe consagrar uma parte menor às comunicações mediúnicas, dedicando mais tempo às instruções orais, com vistas a desenvolver e explicar os princípios espíritas. No tocante à beneficência, a sociedade se propõe a auxiliar pessoas necessitadas, por meio de dádivas in natura e visitas domiciliares aos pobres doentes. (P. 24)

24. A caridade e a fraternidade - lembra Kardec - se reconhecem pelas obras e não pelas palavras. Pedra de toque do Espiritismo, quando se fala de caridade, sabe-se que não se fala apenas daquela que dá, mas também da que esquece e perdoa, que é benevolente e indulgente e que repudia todo sentimento de ciúme e rancor. “Toda reunião espírita que não se fundar sobre o princípio da verdadeira caridade, será mais prejudicial que útil à causa, porque tenderá a dividir, em vez de unir”, acrescenta o Codificador. (P. 25)

25. Falando sobre as primeiras encarnações dos Espíritos, Kardec diz que os próprios Espíritos ignoram as condições em que elas ocorrem. Sabe-se apenas que as almas são criadas simples e ignorantes, tendo todas o mesmo ponto de partida, e que o livre arbítrio se desenvolve pouco a pouco, após numerosas evoluções na vida corpórea. (P. 26)

26. É um erro admitir que as primeiras encarnações humanas ocorram na Terra. “A Terra foi, mas não é mais, um mundo primitivo; os mais atrasados seres humanos encontrados na sua superfície já se despojaram dos primeiros cueiros da encarnação e os nossos selvagens estão em progresso”, afirma Kardec. (PP. 26 e 27) (Continua no próximo número.)


 


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