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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 113 - 28 de Junho de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(Parte 24)

Damos continuidade ao estudo da obra Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que disse o Instrutor Gúbio a respeito da fortuna?

A fortuna, disse ele, é uma coroa pesada demais para a cabeça que não sabe sustentá-la “e costuma arrojar à poeira, através do cansaço e da desilusão, todos aqueles que a senhoreiam, sem horizontes largos de trabalho e benemerência". “A felicidade – aduziu o conhecido Instrutor espiritual – “não está metida em cofres que a ferrugem consome.” (Libertação, cap. XIV, pp. 187 e 188.)

B. O magnetismo pode ser usado tanto para o bem como para o mal?

Sim. Afirma Gúbio: "O magnetismo é uma força universal que assume a direção que lhe ditarmos. Passes contrários à ação paralisante restituí-lo-ão à normalidade. Tal operação, contudo, exige momento adequado". "Há necessidade, no feito, de recursos regeneradores intensivos, suscetíveis de serem encontrados junto a serviços de grupo, em que a colaboração de muitos se entrosa a favor de um só, quando necessário." Ele se referia com essas palavras a Gaspar, um dos obsessores de Margarida. (Obra citada, cap. XIV, pp. 191 e 192.)

C. Para inspirar o marido de Margarida, como Gúbio procedeu?

Gabriel, o marido da enferma, entrou no aposento e abeirou-se da esposa. Gúbio aproximou-se e colocou sobre a fronte dele a destra paternal, dominando-lhe, no cérebro, as zonas di­retas da inspiração e dando curso, naturalmente, a forças magnéticas suscetíveis de inclinar o problema a solução favorável. Pouco depois, o marido, de olhos iluminados por indefinível esperança, disse à en­ferma: "Ouve! Uma ideia súbita me brotou no pensamento”. As palavras que se seguiram foram fruto direto da ação inspiradora do Instrutor. (Obra citada, cap. XV, pp. 192 a 194.) 

Texto para leitura

98. Nossos atos arquitetam nossos destinos - Depois de breve pausa, Gúbio convidou Felício a aproximar-se: "Aproxima-te. Vem a nós. Per­deste a capacidade de amar? Leôncio é teu amigo, nosso irmão". O en­fermeiro gritou com visível expressão de angústia: "Quero ser bom, mas não posso... Tento melhorar-me e não consigo..." E, com a voz entre­cortada pelos soluços, acrescentou: "E o dinheiro? como resgatarei os débitos contraídos? sem o casamento com Avelina, a solução é imprati­cável!" O Instrutor o abraçou e aduziu: "E acreditas solver compromis­sos finan­ceiros provocando dívidas morais que te atormentarão por tempo inde­terminado? Ninguém te proíbe o casamento, nem Leôncio, o or­ganizador dos bens materiais de que pretendes dispor, discricionaria­mente, te poderia induzir à abstenção nesse sentido. Os atos de cada homem e de cada mulher arquitetam-lhes os destinos. Somos responsáveis por todas as deliberações que perfilharmos ante os programas do Eterno e não po­deríamos interferir em teu livre arbítrio, mas te pedimos con­curso em benefício desta vida frágil que deve continuar..." Gúbio fa­lou-lhe, então, que a fortuna -- que ele tanto ambicionava -- "é uma coroa pesada demais para a cabeça que não sabe sustentá-la e costuma arrojar à po­eira, através do cansaço e da desilusão, todos aqueles que a senho­reiam, sem horizontes largos de trabalho e benemerência". A fe­licidade – afirmou-lhe o Instrutor – não está metida em cofres que a ferrugem consome. Era fundamental, porém, que ele poupasse o corpo tenro do me­nino e aguardasse o futuro, sem trazer para o reino da morte seme­lhante delito, que confinaria o seu espírito a furnas trevo­sas de expiação regeneradora. "Casa-te, esbanja as reservas preciosas deste lar se não souberes entender a tempo a sagrada missão do di­nheiro, sobe aos píncaros da vida social transitória, adorna-te com os títulos con­vencionais com que o mundo inferior se habituou a premiar as criaturas sagazes que sobem a ladeira da dominação inútil ou rui­nosa", asseve­rou-lhe Gúbio; no entanto, "ajuda o pequenino a restabe­lecer-se". (Cap. XIV, pp. 187 e 188) 

99. Felício promete proteger a criança - Dito isso, Gúbio olhou para Leôncio e acentuou: "Não é bem isto, Leôncio, quanto desejamos?" O ex-hipnotizador de Margarida, envolto em lágrimas enternecidas, confir­mou: "Sim, o dinheiro não importa e agora reconheço que Avelina é tão livre quanto eu mesmo. Mas se meu filhinho continuar na Terra, tenho esperanças em minha própria regeneração. Terei nele um companheiro e um amigo, ligado à minha memória, em cuja capacidade de servir poderei encontrar bendito campo de serviço espiritual". "Este menino, por en­quanto, é o único meio de que disponho para retomar a crença no bem de que me havia afastado." Gúbio abraçou-o e asseverou: "Leôncio, Jesus crê na cooperação dos homens, tanto assim que nos tolera as imperfeições renitentes até que aceitemos o imperativo de nossa conversão pessoal ao supremo bem. Por que havíamos então de descrer? Confio na renovação de Felício. De hoje em diante, o teu filhinho não será mais vigiado por um perseguidor e, sim, protegido por desvelado benfeitor, digno de nosso concurso fraterno!" O enfermeiro, vencido por semelhan­tes palavras, ajoelhou-se diante de todos, e jurou: "Em nome da Jus­tiça Divina, prometo amparar esta criança, como verdadeiro pai!" Em seguida, reergueu-se e tentou beijar as mãos de Gúbio, que, abstendo-se delicadamente de receber tal homenagem, pediu a Elói e André condu­zissem o paciente ao corpo físico, enquanto ele aplicaria passes de fortalecimento no menino enfermo. Felício acordou no leito em copiosas lágrimas, mas Elói inoculou-lhe intensa energia magnética à esfera ocular, que seu irmão, apalermado, viu-os a ambos, por alguns segun­dos. Elói, então, acercou-se dele e, possuído por justa indignação a resplandecer-lhe nos olhos, exortou-o com toda a franqueza: "Se assas­sinares este menino, eu mesmo te punirei". Felício proferiu grito ter­rível e deixou cair no travesseiro a cabeça desfalecente, perdendo-os de vista. (Cap. XIV, pp. 188 a 190) 

100. A força magnética assume a direção que lhe damos - As coisas toma­ram, assim, novo rumo no caso de Margarida. Saldanha e Leôncio passa­ram a cooperar ativamente com Gúbio nos preparativos da solução do caso. Gaspar, porém, preocupava. O hipnotizador, de presença desagra­dabilíssima pelos fluidos menos simpáticos que emitia, continuava au­sente das conversações. Parecia ter a alma paralisada e o pensamento petrificado. Afinal, Gaspar jazia surdo, quase cego, plenamente insen­sível, e respondia às mais longas e importantes perguntas, através de monossílabos, de modo vago, demonstrando, ainda, insistência irredutí­vel no setor de flagelação à vítima. Gúbio esclareceu: "André, há ob­sessores marcadamente endurecidos de coração que se petrificam quando sob a influência de perseguidores ainda mais fortes e mais perversos que eles mesmos. Inteligências temíveis das trevas absorvem certos centros perispiríticos de determinadas entidades que se revelam per­vertidas e ingratas ao bem e utilizam-nas como instrumentalidade na extensão do mal que elegeram por sementeira na vida. Gaspar encontra-se nessa situação". Ele explicou, então, que, hipnotizado por entida­des ligadas à desordem e anestesiado pelos raios entorpecentes, per­dera ele transitoriamente a capacidade de ver, ouvir e sentir com elevação, demorando-se em aflitivo pesadelo, como um homem comum, dentro do qual a dilaceração de Margarida se lhe tornara ideia fixa, obce­cante. Evidentemente, ele poderia reintegrar-se na posse plena dos seus sentidos, aduziu Gúbio: "O magnetismo é uma força universal que assume a direção que lhe ditarmos. Passes contrários à ação parali­sante restituí-lo-ão à normalidade. Tal operação, contudo, exige mo­mento adequado". "Há necessidade, no feito, de recursos regeneradores in­tensivos, suscetíveis de serem encontrados junto a serviços de grupo, em que a colaboração de muitos se entrosa a favor de um só, quando ne­cessário." (Cap. XV, pp. 191 e 192) 

101. Gabriel é intuído a buscar o Espiritismo - Saldanha, sem saber como proceder na nova situação, pediu instruções a Gúbio. Se ele de­monstrasse claramente seus novos propósitos, atrairia contra o seu es­forço terrível reação dos adversários. O Instrutor concordou com o diagnóstico­. Eles estavam realmente fracos para batalhar em conjunto. Era indispensável, primeiro, que Margarida tivesse melhoras positivas. Até lá, convinha guardar o ambiente doméstico sem alterações, visto como Gaspar era outro doente a exigir especial atenção, por trazer o perispírito enfermiço e viciado, a reclamar caridoso concurso. Mal fi­zera essa observação, Gabriel entrou no aposento e abeirou-se da es­posa, desalentada e abatida. Gúbio aproximou-se e colocou sobre a fronte dele a destra paternal, dominando-lhe, no cérebro, as zonas di­retas da inspiração e dando curso, naturalmente, a forças magnéticas suscetíveis de inclinar o problema a solução favorável. Pouco depois, o marido, de olhos iluminados por indefinível esperança, disse à en­ferma: "Ouve! Uma ideia súbita me brotou no pensamento. Desde muitos dias estamos atropelados por remédios violentos e medidas drásticas que não te socorreram com a eficiência precisa. Consentes em que eu peça, em nosso favor, o concurso de algum amigo interessado em Espiri­tismo Cristão?" Tocada por aquela onda de carinho que fluía de Gúbio, por intermédio de Gabriel, a doente abriu os olhos, cheios de inte­resse novo, como quem encontrara inesperada senda salvadora, e concor­dou, feliz: "Estou pronta. Aceitarei qualquer recurso que consideres por tua vez justo e digno". O esposo saiu, esperançoso, acompanhado de Gúbio, enquanto André permaneceu ao lado de Saldanha, no aposento de Margarida. (Cap. XV, pp. 192 a 194) (Continua no próximo número.)   
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita