WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 112 - 21 de Junho de 2009

EDUARDO AUGUSTO LOURENÇO
eduardoalourenco@hotmail.com
Americana, São Paulo (Brasil)
 

Ovoides


“Inúmeros infelizes, obstinados na ideia de fazerem justiça pelas próprias mãos ou confinados a vicioso apego, quando desafivelados do carro físico, envolvem sutilmente aqueles que se lhes fazem objeto da calculada atenção e, auto-hipnotizados por imagens de afetividade ou desforço, infinitamente repetidas por eles próprios, acabam em deplorável fixação monoideísta, fora das noções de espaço e tempo, acusando, passo a passo, enormes transformações na morfologia do veículo espiritual, porquanto, de órgãos psicossomáticos retraídos, por falta de função, assemelham-se a ovoides"... "Evolução Em Dois Mundos"  – André Luiz.

A reencarnação é a bendita oportunidade de recomeçarmos o trajeto perdido, o Espírito tem o livre-arbítrio para tomar suas decisões, a Terra é a escola para o burilamento espiritual.  

Somos o somatório de nossas experiências e levamos para o além-túmulo todas as nossas tendências, sendo elas más ou boas; a morte não santifica ninguém. O inferno e o paraíso são graus de consciência; o Espírito errante habita sua nova moradia de acordo com suas afinidades.  

Para adentrarmos no processo de ovoidização utilizamos o seguinte pensamento: "iremos definir de alguma sorte, o corpo espiritual; é preciso considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque, na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação" (André Luiz). 

Para entendermos melhor, André Luiz, no livro "Evolução Em Dois Mundos", deixa claro que tudo se concentra no corpo mental, que é a sede do pensamento.  Este comanda tudo, tendo a formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa, plástica e amorfo, é o único corpo que não sofre lesões ou alterações.  

O corpo mental modela o corpo perispiritual que é um corpo semimaterial, sendo este mutável, perecível, e se perdem então as informações e características do ser, armazenadas no corpo mental. O corpo perispiritual modela o corpo físico; este também sofre alterações e lesões, de acordo com suas atitudes e sentimentos.

A alma encarnada ou desencarnada está envolvida em um campo de irradiação, resultante de sinergias provenientes das células do corpo físico, das células do corpo perispiritual e do corpo mental, constituindo uma aura ou halo magnético.   

As zonas inferiores possuem um padrão de energia denso, negativo, onde reinam os sentimentos primitivos de ódio, vingança, ira e revolta.    

A entidade desencarnada em desequilíbrio profundo, agora, passa a habitar sua nova casa, sofrendo as influências do meio ambiente em que vive. E, fixada em desejos de vingança ou em apegos doentios sobre os vícios que deixou ao desenlace do corpo carnal, passa a ser envolvida e influenciada por aqueles que são objeto de perseguição e, sobretudo, consumida pela ideia fixa de destruição (monoideísmo).  

Começa então a transformação do seu novo corpo, passando a sofrer o assédio de suas próprias energias inferiores. Atrofiam seus órgãos perispirituais por longo tempo nestas esferas pesadíssimas.  

Compartilham da mesma corrente mental, influenciando o meio em que agora vive e se deixando também ser influenciado por comportamentos viciosos. Vão perdendo a forma, se mutilando até chegar à forma ovoide. 

Muitas vezes, a misericórdia divina atua sobre estes irmãos, para que eles não alcancem este processo doloroso, impondo-lhes a reencarnação compulsória. Aonde vemos, na maioria das vezes, seres deformados com aberrações aos olhos humanos.  

Os pais de seres nestas condições, geralmente, têm débitos com estes Espíritos, servindo de lar de apoio e reajuste para as consciências aprenderem o verdadeiro sentimento, que é o amor. Tendo sempre o auxílio dos bons Espíritos, intuindo estes irmãos para vencerem a tarefa que fora deixada para trás, e que, agora, pedem a reconciliação entre os envolvidos. 

Este processo de ovoidização acontece também para aqueles Espíritos que restringem o processo da reencarnação, vivendo muito tempo nessas zonas de sofrimentos. 

Alimentando-se das vibrações que lhe são afins, o sentimento que percorre em sua mente permanece em circuito fechado, continuamente (monoideísmo).  

Não havendo outros estímulos a não ser a ideia fixa, o perispírito começa a sofrer mutações, vai atrofiando-se, tal como acontece aos órgãos do corpo físico, quando paralisados. 

Ovoide nada mais é do que a transformação do perispírito através dos sentimentos, pensamentos e comportamentos negativos, sendo este moldado pelo corpo mental, que se adapta de acordo com a situação vivida pelo perispírito.  

Os obsessores desencarnados utilizam-se desses ovoides para intensificar o cerco às suas vítimas. Imantando-as (como sanguessuga agarrada à sua vítima, sugando o sangue que serve de alimento) nos pontos energéticos (chakras) do nosso corpo físico, como no chakra genésico, no chakra coronário e no chakra esplênico, alimentando-se das energias humanas para sentir o gosto, o cheiro e o sabor da vida material e dos prazeres mundanos deixados pela morte do corpo físico. Com este assédio, a estrutura espiritual do ser vai ficando enfraquecida.  

Instala-se então o chamado parasitismo espiritual, através do qual o obsediado passa a viver o clima criado pelos obsessores e agravado pelas ondas mentais altamente perturbadoras dos ovoides. É uma subjugação gravíssima que pode lesar o cérebro ou outros órgãos que estejam sendo visados. Mesmo depois da retirada destes ovoides do corpo astral, pela equipe socorrista, danos podem ser causados às tecelagens sutis do corpo físico, contaminando as células do organismo.  

Apenas através da reencarnação e de tratamentos espirituais (como o passe magnético) é que os ovoides poderão plasmar outra vez o perispírito, juntamente com a nova forma carnal, mas trazendo consigo as marcas, as deformidades, as lesões provocadas pelos excessos.  

Em algumas situações, a curta gestação está relacionada com casos de ovoide em recuperação. Cria-se um elo de fluidos, onde o amor imantado pela onda mental da mãe regenera as células do Espírito doente. A gravidez fluídica (que pela ciência é a gravidez psicológica) também ajuda na reconstituição do perispírito lesado. A oração também é bálsamo de alívio para estes irmãos que necessitam da compaixão e da compreensão sem julgamento para as dores morais e físicas. 

A família e principalmente o amor dos pais são bênçãos de luz sobre este ser sofrido, que ainda vive no estado da ignorância espiritual. São o remédio e a oportunidade de tentarmos nos melhorar para futuras reencarnações. Muitos dos transtornos que passamos nos pouparão séculos de angústias. Almas doentes tornam-se almas sadias; almas algemadas tornam-se almas afins; almas escravizadas pelo mal tornam-se almas rumo à luz.

O lar doméstico é como o escultor solitário com a mão calejada. Lapida a pedra bruta fazendo uma linda escultura, como o poeta, que desiludido por um amor não compartilhado, consegue, num simples pedaço de papel, transcrevê-lo na mais linda poesia de amor. Podemos ainda comparar com o jardineiro que, fiel no labutar da rotina, se espinha nos espinheiros da rosa e mesmo assim consegue contemplar sua beleza e sentir seu aroma.

O lar é o palco de reconciliações, aperfeiçoamento e treino para exercitarmos em nós mesmos o amor, através da dor, da renúncia e do esforço. É no lar que se criam anticorpos contra o orgulho e o egocentrismo das nossas almas pequenas, desgastando as energias deletérias na transformação do amor fraternal.

Há alguns casos nos quais, dentro de um só ovo, há vários outros ovoides. Muitas vezes são falanges inteiras de Espíritos afins, que criaram uma simbiose tamanha, entrelaçando seus corpos espirituais uns aos outros, pela onda mental criada e compartilhada pelos mesmos hábitos, sentimentos e pensamentos. E, em muitas ocasiões, demoram-se séculos e séculos para a libertação dos laços que os prenderam de ódio e vingança.

Alguns casos de gêmeos xifópagos pertencem a esse processo de ovoidização, pela simbiose gerada na cumplicidade dos atos insanos; ao reencarnarem-se, ligam-se à esfera perispiritual materna e, posteriormente, ao fluido vital do óvulo, ocorrendo a fecundação, a célula germinativa. Sob a influência de duas energias espirituais diferentes, essa célula tende a se bipartir, ou seja, quando o ovo inicia sua multiplicação, há a separação em duas células, que desenvolverão dois organismos filhos, em corpos grudados, para darem valor à própria individualidade e se libertarem da auto-hipnose.

Jesus, o Mestre incondicional, de todas as horas, sempre nos lembrou que o melhor remédio para nos livrarmos da obsessão é a oração que nos liga ao ser supremo (“orai!”). E o vigiar na conduta reta, ajudando os nossos irmãos sofredores através da caridade cristã (“vigiai!”). “Orai e vigiai” são as ferramentas necessárias que nos darão o sustento e o equilíbrio para caminharmos, lembrando sempre que o passado ingrato nos serve de alerta para um futuro sem quedas.             

"No sentido de desorganização, de desagregação das partes, de dispersão dos elementos, não há morte senão para o envoltório material e o envoltório fluídico. A alma ou Espírito, porém, não pode morrer, para que possa progredir; se assim não fosse, perderia sua individualidade, o que equivaleria ao nada" ("Obras Póstumas" – Allan Kardec).

"A ideia [sic] da morte espiritual como destruição do Espírito subsiste ainda em algumas correntes espiritualistas. O Espiritismo não a admite, explicando a sua origem como simples confusão com a perda ou destruição do perispírito. Este, que é o corpo espiritual, organismo energético, de natureza semimaterial (composto de energias espirituais e materiais, elo de ligação entre o corpo físico e a alma), pode ser destruído por abusos ou acidentes, como acontece com o corpo orgânico." (Nota de José Herculano Pires, no livro “Obras Póstumas”.)                                                             


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita