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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 111 - 14 de Junho de 2009

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)

 

Azorrague da impiedade


“Dá testemunho do Cristo em tuas palavras e obras quando e onde estejas sem te impressionares com o verbalismo fluente e vazio de que se fazem portadores os enfermos da Alma.” –
Joanna de Ângelis (1)

A humildade e a caridade, títulos de nobreza espiritual, devem acompanhar todos aqueles que se dedicam à sementeira das luzes do Espiritismo...

Mesmo se algum dia detivermos em nossas mãos o conhecimento pleno da Verdade, essa Verdade jamais poderá transformar-se em azorragues da impiedade com o qual sairemos açoitando todos os que não se conduzirem pela nossa cartilha. O Céu não mais será tomado pela violência, e sim com os suasórios argumentos dos fatos que devem dar respaldo às nossas palavras. É condição sine qua non que todos os discípulos de Jesus, tal como Ele, adubem com exemplos as palavras que profiram. 

Eis o ensinamento de Joanna de Ângelis (1): 

“(...) As cigarras cantam e nada realizam (não são os que dizem: Senhor! Senhor! que entrarão no Reino dos Céus), enquanto as abelhas zumbem e produzem em abundância, tornando-se úteis e necessárias à vida. 

Eis como são identificados os falsos profetas; os pseudodiscípulos do Cristo: Não dão testemunho da humildade; a caridade é palavra morta em suas atitudes; suas opiniões primam pela contundência; dizem-se sinceros, expondo o que pensam, conforme pensam, com violência; creem-se possuidores do conhecimento integral; combatem os demais com acrimônia; desejam reformar o mundo, embora tenham dificuldade em melhorar-se; primam pelas colocações pessoais, não facultando que outros disponham do mesmo direito; aceitos, fazem-se gentis; não admitidos, tornam-se agressivos, ferrenhos adversários; defendem a liberdade do comportamento franco, em relação, porém, ao que gostam de expor, não de ouvir; evitam examinar o com que não estão de acordo, porque receiam o contágio da realidade, que lhes contraria os pontos de vista; anatematizam com facilidade, mesmo quando não conhecem satisfatoriamente o com que discordam; extrovertidos ou silenciosos, não abdicam dos seus conceitos, mesmo que a evidência seja diversa; extenuam os que lhes padecem a algaravia com o excesso de argumentação; têm palavras vigorosas, mas de conteúdo frágil. Tornam-se extremistas e pressupõem que o Sol apenas brilha para eles. Estão enfermos da Alma esses irmãos impetuosos, ignorando que a Verdade deve ser lecionada com equilíbrio”.  

Afirma e aconselha Emmanuel (2): 

“Quem sabe precisa ser sóbrio. Não vale saber para destruir. 

Muita gente, aos primeiros contatos com a fonte do conhecimento, assume atitudes contraditórias. Impondo ideias, golpeando aqui e acolá, semelhantes expositores do saber nada mais realizam do que a perturbação... 

(...) Se algo sabes na vida, não te precipites a ensinar como quem tiraniza, menosprezando conquistas alheias. Examina as situações características de cada um e procura, primeiramente, entender o irmão de luta. 

Saber não é tudo; é necessário fazer. E para o bem fazer, homem algum dispensará a calma e a serenidade, imprescindíveis ao êxito, nem desdenhará a cooperação, que é companheira dileta do amor”. 

No mesmo diapasão de Emmanuel, aduz Joanna de Ângelis (1): 

“(...) Desobriga-te dos teus compromissos de esclarecer consciências e confortar corações sem alarde, porém, sem timidez. Quando se faz o que se pode, sempre se faz o melhor e o máximo. 

Assim agindo, estarás, sem dar-te conta, ajudando os irmãos enfermos da Alma, que encontrarão em teu verbo e ação a psicoterapia e o estímulo para lograrem a cura de que necessitam e não o percebem”. 

Ensina o Mestre Lionês (3): 

“(...) Lembrai-vos de que cada criatura traz na fronte, mas principalmente nos atos, o cunho da sua grandeza ou da sua inferioridade. (...) São as obras que deveis examinar. Se os que se dizem investidos de poder divino revelam sinais de uma missão de natureza elevada, isto é, se possuem no mais alto grau as virtudes cristãs e eternas: a caridade, o amor, a indulgência, a bondade que concilia os corações; se, em apoio das palavras, apresentam os atos, podereis então dizer: estes são realmente enviados de Deus”. 

Nossa conduta na divulgação das luzes da Verdade deve ser pautada nas seguintes palavras de Simão Pedro: “E à ciência, a temperança; à temperança, a paciência; à paciência, a piedade”.  Eis tudo!

 

Referências:

(1) FRANCO, Divaldo. Oferenda. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador: LEAL, pp. 57-59.

(2) XAVIER, F. Cândido. Vinha de Luz – 19. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, cap. 112.

(3) KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 125. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, cap. XXI, item 8, § 2 e 4.        
     

 


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