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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 3 - N° 111 – 14 de Junho de 2009

MARCEL GONÇALVES
marcel@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

 

Hugo Gonçalves:

“Sem o amor a caridade é falsa, é uma coisa aparente”

O estimado fundador e diretor do jornal O Imortal esclarece
com notável precisão o que significa a palavra caridade
e como devemos exercitá-la

 

Fundador e diretor do jornal O Imortal, de Cambé (PR), o qual completou 55 anos de existência em dezembro do ano passado, e diretor do Lar Infantil Marília Barbosa, que completou 56 anos em março último, Hugo Gonçalves (foto), 95 anos de vida, tem sido um exemplo para todos nós do meio espírita.

Apesar da idade avançada, ele continua em plena atividade, lúcido, espirituoso e bastante vivaz, como mostra a entrevista seguinte. Aluno e discípulo   de   Cairbar Schutel,   conviveu   com  o

grande missionário de Matão (SP) desde os primeiros momentos de sua atual existência, visto que foi de Cairbar que recebeu o primeiro tapa.

“O seu Schutel era um farmacêutico credenciado, um conhecimento profundo, muito querido, em Matão-SP. Atendia os doentes na roça, onde fosse preciso. Ia de charrete, atendia as pessoas a qualquer hora. Quando minha mãe estava para me trazer ao mundo, a parteira deveria estar meio apurada, o parto estava difícil, o Schutel foi chamado e eu nasci, foi ele quem me deu o primeiro tapa. Aí ele quis pôr-me o nome de Victor Hugo, mas minha mãe não gostou muito, ficou o Hugo, só. Isso foi em 6 de outubro de 1913.”

Eis, a seguir, a entrevista:

– Como foi seu início no Espiritismo?

Iniciei-me no Espiritismo quando reencarnei no planeta Terra, pois foi o Sr. Cairbar Schutel que realizou meu parto quando nasci. Cairbar Schutel foi o pioneiro da Doutrina Espírita na cidade de Matão, cidade localizada no interior do estado de São Paulo.

– Qual a importância do Espiritismo na família?

O fator mais importante que eu poderia encontrar é que a Doutrina Espírita orienta, acalma, esclarece, pois é o ponto energético da união da família fornecendo-lhe os meios de fortalecimento do núcleo familiar.

– Allan Kardec escreveu: “Fora da caridade não há salvação”. Qual a opinião do senhor a respeito disto?

Não existe outro caminho, pois a frase já diz “fora da caridade não há salvação”, ou seja, o dinheiro não traz salvação, o IBOPE na sociedade não traz a salvação, nem os outros fatores a que nós damos muita importância no mundo material. Há um livro que diz: “a dor e o amor salvarão as almas”. Então é preciso o concurso de ambas as coisas, porque, se houvesse só o amor, ficaria mais fácil, tudo seria mais gostoso, lindo e aí não haveria aquele sentimento de força de vontade para enfrentar a luta. Hoje, o homem precisa ser conduzido pela dor, daí então o homem desperta e fortalece o amor que sempre irá caminhar junto da caridade e, por consequência, levará a salvação.

– Como a caridade deve ser aplicada?

Deve ser aplicada com muito amor, pois sem o amor a caridade é falsa, é uma coisa aparente. Quando há este sentimento, a caridade é pura e se não houver o amor, será prova de que aquela caridade é apenas uma demonstração de como somos superior a alguma coisa. Nós realmente temos que amar. Amar como Jesus amou.

– Para o senhor, quem foi o melhor exemplo na prática da caridade?

Tenho como maior exemplo da caridade o Sr. Cairbar Schutel, pois, como diz Kardec, “a melhor caridade a se fazer para a Doutrina Espírita é a divulgação do Espiritismo atingindo toda a sociedade”, e Cairbar Schutel teve uma vida muito simples, mas foi grande dentro da sua simplicidade.

– Qual seria a orientação do senhor às pessoas que são invigilantes em seus pensamentos?

Que observem muito bem, com muito carinho, com muito respeito e atenção, as recomendações do Espírito de Verdade quando diz: “espíritas amai-vos, espíritas instruí-vos”, unindo o útil ao agradável, sabedoria ao amor, e só com essas duas asas ele pode voar acima das impurezas do mundo e alcançar os objetivos que todos nós almejamos, ou seja, a nossa felicidade espiritual.

– Percebe-se em algumas casas espíritas que pessoas se afastam das atividades,  melindrando-se por pequenas coisas. Como os dirigentes destas casas devem agir em momentos como este?

Não se preocupar com elas, fazendo tudo para que aquele companheiro se aproxime mais da casa, sem tocar no assunto e sem nunca censurá-lo, dando oportunidade para que ele trabalhe com os membros da casa espírita. Essa oportunidade deve ser dada com carinho, atenção, desprendimento e renúncia, pois só o amor constrói.

– Nas casas espíritas, existem muitas atividades. Para o senhor, qual a atividade mais importante?

Todas elas são importantes porque é um conjunto de força, de energia e estabilidade para que talvez tenhamos que executar alguma tarefa, mas deve ser bem desempenhada. Não há maneira de dividir nada, pois o amor e a dor salvarão o mundo.

– O que o senhor acha sobre o trabalho dessas casas espíritas para com o jovem, as crianças? É importante este trabalho?

Temos exemplos extraordinários em nossa frente. Devemos estudar, tentando descobrir quais os meios mais úteis, necessários e importantes na aplicação dos trabalhos na casa espírita. Devemos tratar com muito carinho e respeito, pois serão eles o nosso futuro. O trabalho deve ser iniciado desde seu nascimento.

– O senhor há mais de meio século dirige o Lar Infantil Marília Barbosa, sempre cuidando de crianças. O sucesso deste trabalho deve-se a quê? 

Creio que seja a perseverança no trabalho, o que é muito importante, pois se começarmos um trabalho e não o melhorarmos, ele não produz. Se nós o melhorarmos para oferecer nossa contribuição para que tudo corra da melhor forma possível, é o mais importante.

– Além do trabalho na casa espírita com as crianças, qual outro importante trabalho que a instituição realiza?

Se a gente ficasse restrito somente ao trabalho com as crianças, estaríamos já fazendo alguma coisa, pois isso é muito importante, pelo fato de estarmos preparando os trabalhadores do futuro, mas é um conjunto de coisas que têm que acontecer ao mesmo tempo, como a orientação, alimentação correta, exemplos para as crianças, pois não adianta querermos colocar alguém no caminho certo com imponência, firmeza e arrogância, mas sim com o exemplo e carinho.

– Dizem que com o desencarne de Chico Xavier seu mentor Emmanuel está para reencarnar, ou já reencarnou. Qual a opinião do senhor sobre isso?

Penso que não podem faltar na crosta terrestre Espíritos como Chico Xavier e Emmanuel que trazem uma segurança e a certeza da imortalidade da alma, vinculada ao trabalho de orientação, formando pessoas capacitadas para orientar, ser dirigentes na doutrina espírita, pensando sempre no bem e na renúncia. Esses Espíritos superiores vêm nos alertar e nos informar sobre as coisas reais da vida, ou seja, constituem um convite ao trabalho. Possuímos informações de que Espíritos iguais ou melhores do que eles estão reencarnando no planeta Terra, para que o trabalho não pare e continue acontecendo sempre, vencendo os obstáculos da vida com muito esforço e dedicação.

– Ninguém mais do que o senhor conheceu tão bem a D. Dulce Gonçalves. Qual seria o recado que ela gostaria que fosse dado aos filhos, netos, bisnetos e demais familiares?

Que se amem se respeitem e se unam, não tendo nenhuma desavença entre os familiares e que trabalhem em prol dos mais necessitados, pois foi o que ela sempre fez e desejou.
 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita