WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
 

Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 106 – 10 de Maio de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(Parte 17)

Damos continuidade ao estudo da obra Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Os atos que praticamos na Terra ficam realmente registrados?

R.: Sim. Focalizando o caso de um homem que estava sendo perseguido por si mesmo, atormentado pelo que fizera e pelo que tinha sido, Gúbio disse que só a extrema modificação mental para o bem poderia conservá-lo no corpo. Uma fé renovadora, com esforço de reforma persistente e digna da vida moral mais nobre, lhe conferiria diretrizes superiores, dotando-o de forças imprescindíveis à autorrestauração, porque ele estava dominado pelos quadros malignos que improvisou em gabinetes escuros, pelo simples gosto de espancar infelizes. "A memória é um disco vivo e milagroso", explicou em seguida o Instrutor. "Fotografa as imagens de nossas ações e recolhe o som de quanto falamos e ouvimos... Por intermédio dela, somos condenados ou absolvidos, dentro de nós mesmos."  (Libertação, cap. XI, pp. 139 e 140.) 

B. No trato da obsessão é indispensável concurso do paciente?

R.: Evidentemente. Nos casos de obsessão em que o paciente ainda pode reagir com segurança, faz-se indispensável o curso pessoal de resistência. “Não adianta retirar a sucata que perturba um ímã, quando o próprio ímã continua atraindo a sucata", asseverou o instrutor Gúbio. A transformação do indivíduo torna-se, pois, fator essencial no tratamento. (Obra citada, cap. XI, pp. 140 a 142.)  

C. Existe no plano espiritual aquilo que aqui conhecemos como suborno? 

R.: Sim. Um exemplo disso se deu na casa a que Margarida foi levada, no qual Saldanha decidiu solicitar a neutralidade dos servos es­pirituais do médium operante, para que este não penetrasse o pro­blema da jovem em sua intimidade. Em troca do favor, o diretor da falange prometeu-lhes excelente remuneração em colônia próxima, descrevendo, com largas promessas, quanto lhes poderia proporcionar em regalo e prazeres no cortiço de entidades per­turbadas e ignorantes, onde vivia Gregório. Registre-se ainda que o próprio médium havia exigido do esposo de Margarida significativo pagamento. O intercâmbio ali, entre os dois mundos, re­sumia-se a negócio tão comum quanto outro qualquer e, não por acaso, o re­cinto estava repleto de entidades em fase primária de evolução. (Obra citada, cap. XI, pp. 142 a 144.) 

Texto para leitura

70. Consequências do mal - Um cavalheiro de idade madura, com mostras de evidente moléstia nervosa, estava ladeado por dois rapazes. Suor frio lhe banhava a fronte e extrema palidez lhe exteriorizava a lipo­timia. (N.R.: Lipotimia é o mesmo que síncope; queda súbita de pressão arterial; delíquio; desmaio.) O enfermo era torturado por visões pavo­rosas no campo íntimo, acessíveis apenas a ele mesmo. Na verdade, vá­rias formas ovoides, escuras e diferençadas entre si, aderiam à sua organização perispiritual. Gúbio explicou tratar-se de um investigador de polícia em graves perturbações, que, não tendo sabido deter o bastão da responsabilidade, dele abusou para humilhar e ferir. Durante algum tempo, conseguiu manter o remorso a distância; todavia, cada pensamento de indignação das vítimas passou a circular em sua atmos­fera psíquica, esperando a oportunidade de fazer-se sentir. Seu proce­dimento cruel atraiu a ira de muita gente e a convivência constante de entidades de péssimo comportamento. Aos primeiros sintomas de senec­tude física, o remorso abriu-lhe grande brecha na fortaleza em que se escondia. "As forças acumuladas dos pensamentos destrutivos que provo­cou para si mesmo, através da conduta irrefletida a que se entregou levianamente, libertadas de súbito pela aflição e pelo medo, quebra­ram-lhe a fantasiosa resistência orgânica, quais tempestades que se sucedem furiosas", informou o Instrutor. Sobrevindo a crise, energias desequilibradas da mente em desvario vergastaram-lhe os delicados órgãos do corpo físico. Os órgãos mais vulneráveis sofreram consequên­cias terríveis. "Não apenas o sistema nervoso padece tortura incrível: o fígado traumatizado inclina-se para a cirrose fatal", acrescentou o mentor espiritual. (Cap. XI, pp. 138 e 139) 

71. A esposa fracassada - Gúbio explicou que aquele homem, no fundo, estava sendo perseguido por si mesmo, atormentado pelo que fez e pelo que tinha sido. Só a extrema modificação mental para o bem poderia conservá-lo no vaso físico. Uma fé renovadora, com esforço de reforma persistente e digna da vida moral mais nobre, lhe conferiria diretri­zes superiores, dotando-o de forças imprescindíveis à auto-restauração. Ele estava dominado pelos quadros malignos que improvisou em ga­binetes escuros, pelo simples gosto de espancar infelizes, a pretexto de salvaguardar a harmonia social. "A memória é um disco vivo e mila­groso", disse o Instrutor. "Fotografa as imagens de nossas ações e re­colhe o som de quanto falamos e ouvimos... Por intermédio dela, somos condenados ou absolvidos, dentro de nós mesmos." Num outro divã, uma respeitável senhora se sentava ao lado de jovem clorótica. (N.R.: Clo­rose é anemia peculiar à mulher, chamada assim pelo tom amarelo-esver­deado que imprime à pele.) Dois Espíritos de aspecto sinistro rodeavam a menina, que proferia disparates, pois não falava por si mesma. Fios tênues de energia magnética ligavam-lhe o cérebro à cabeça do irmão infeliz que estava à sua esquerda e controlava, assim, seus pensamen­tos. A enferma ria sem motivo e falava a esmo, referindo-se a projetos de vingança, com todos os sinais de idiotia e inconsciência. Tratava-se de doloroso drama com raízes no passado. Aquela jovem desposara um homem e desviou-lhe o irmão para vicioso caminho. O primeiro suicidou-se; o segundo asilou-se na loucura: eram os seus acompanhantes do mo­mento. A senhora que a acompanhava, sua avó, preparara-lhe um casa­mento nobre, por recear deixá-la no mundo entregue a si mesma. Entre­tanto, em vésperas de realização do cometimento planejado, as vítimas de outro tempo, cristalizadas mentalmente no propósito de desforra, buscavam impedir-lhe a união esponsalícia. O ex-marido ultrajado, em fase primária de evolução, não conseguira esquecer sua falta e ocu­pava-lhe os centros da fala e do equilíbrio. Enchendo-lhe a mente com suas próprias ideias, ele a subjugava, chamando-a para a esfera em que se encontrava. A jovem permanecia, assim, saturada de fluidos que não lhe pertenciam e já peregrinara por diversos consultórios, sem resul­tado. (Cap. XI, pp. 139 e 140) 

72. O funcionário disciplinador - Elói perguntou se a jovem enferma encontraria ali o remédio adequado. Não! -- respondeu Gúbio, porque o caso exigia renovação interior. Ela obteria, apenas, naquela casa, li­geiro paliativo. "Em casos de obsessão como este, em que a paciente ainda pode reagir com segurança, faz-se indispensável o curso pessoal de resistência. Não adianta retirar a sucata que perturba um ímã, quando o próprio ímã continua atraindo a sucata", asseverou o Instru­tor. Mais ao fundo do salão de espera, dois homens, em idade madura, mantinham-se em silêncio. Um deles revelava indiscutível desequilíbrio orgânico. Muito pálido e abatido, demonstrava sinais de profunda inquietação. Junto deles encontrava-se uma entidade desencarnada de as­pecto humilde. Ela aproximou-se de Gúbio e declarou-lhe, de forma dis­creta, haver-lhe identificado, pelo tom vibratório, a posição de ben­feitor espiritual. Informou que estava ali em defesa do amigo enfermo, pois o operador mediúnico que atendia naquela casa era pessoa sem iluminação interior de maior vulto, que tanto servia ao bem quanto ao mal. "Nesta casa -- disse a entidade --, o enfermo não é amparado pelo socorrista de que se vem valer e, sim, pela assistência espiritual edificante de que possa desfrutar". O enfermo era austero administra­dor de serviços públicos que, incapaz de usar o algodão da ternura em feridas alheias, adquiriu ódios gratuitos e silenciosas perseguições, por tentar reajustar a concepção de funcionários relapsos. Esses ódios lhe vergastavam a mente, sem cessar, havia muitos anos, com perigosos reflexos no sistema circulatório -- a zona menos resistente do seu cosmos físico --, no fígado e no baço, que se apresentavam em lamentá­veis condições. Seus perseguidores conseguiram insinuar nos médicos a necessidade de uma intervenção na vesícula biliar, preparando-se-lhe com isso um choque operatório e, por consequência, a inesperada morte do corpo. O plano fora bem delineado; contudo, pelo bem que existia no fundo da severidade com que o funcionário agia, o plano espiritual buscava socorrê-lo através do médium que iria consultar. A entidade recebera instruções para obstar a operação cirúrgica e confiava no êxito de sua tarefa. (Cap. XI, pp. 140 a 142) 

73. Suborno espiritual - De retorno ao lado de Margarida, Saldanha co­municou a Gúbio que resolvera solicitar a neutralidade dos servos es­pirituais do médium operante. Asseverou que era necessário evitar a piedade do médium e confundir-lhe as observações com todos os meios possíveis. Depois, ele rogou a presença de um dos colaboradores mais influentes da casa e apareceu diante deles a esquisita figura de um anão de semblante enigmático e expressivo. Saldanha pediu-lhe cooperação, esclarecendo que o médium operante não deveria penetrar o pro­blema de Margarida em sua intimidade. Em troca do favor, o diretor da falange prometeu a ele e aos seus companheiros excelente remuneração em colônia próxima, descrevendo-lhe, com largas promessas, quanto lhe poderia proporcionar em regalo e prazeres no cortiço de entidades per­turbadas e ignorantes, onde vivia Gregório. O serviçal mostrou-se muito contente com a proposta e prometeu que o médium nada perceberia. Logo à entrada do consultório, André viu que a casa não inspirava se­gura confiança, porquanto o médium exigiu de Gabriel, adiantadamente, significativo pagamento. O intercâmbio ali, entre os dois mundos, re­sumia-se a negócio tão comum quanto outro qualquer. André notou que o médium era facilmente controlado pelos Espíritos que o serviam. O re­cinto estava repleto de entidades em fase primária de evolução e Sal­danha estava eufórico, porque ele mesmo presidiria aos trâmites da ação mediúnica, após obter plena ajuda das entidades ali dominantes. (Cap. XI, pp. 142 a 144) (Continua no próximo número.)   


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita