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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 105 – 3 de Maio de 2009

WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)
 

 

Homenagem póstuma a

Allan Kardec

 


Apaixonado pela leitura que sou, dias atrás reli o livro “As 100 maiores personalidades da história”, de Michael Hart, publicado pela Difel, editora situada na capital carioca. A obra é muito boa, um banquete para quem gosta de história, pois traz a saga dos grandes vultos que passaram pelos palcos do mundo.

 

Desfilam pelo livro personalidades das mais variadas áreas do saber humano, tais como: Charles Darwin, Jesus Cristo, Lavoisier, César Augusto e tantas outras figuras marcantes da humanidade. O autor tratou de reunir as pessoas que, segundo sua concepção, deixaram marcas indeléveis, não apenas na época em que viveram, mas, também, para a posteridade. E, ao analisar seu critério de avaliação, fui imediatamente levado a sérias reflexões sobre um homem fascinante, mas que ainda tem seu nome pouco conhecido e lembrado pela multidão.

 

No entanto, antes de falar sobre esse homem, dou asas à imaginação e vejo o citado livro sendo reeditado no ano de 2.200 e, nessa reedição, forçoso admitir que muitas mudanças serão impostas pela evolução das ideias. Alguns nomes não serão lembrados, outros surgirão triunfantes. A história tem o poder de consagrar, criar lendas e mitos, bem sabemos.

 

Então, em 2.200, com a humanidade mais amadurecida, voltada à educação, ciente das leis que regem a vida e apta a compreender de fato os objetivos de nossa peregrinação terrena, certamente esse homem não poderia ficar de fora da lista das 100 pessoas mais influentes da história humana. Quem é ele? O pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, notadamente conhecido como Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita. A propósito, foi no mês de março que Kardec teve seus olhos cerrados para a vida física, mais precisamente no dia 31 de março do ano de 1869. No entanto, a obra que codificou e por ela tanto trabalhou continua viva, aliás, mais viva do que nunca, instruindo e consolando infindável número de pessoas. Mas, verdade seja dita: para a maioria dos imortais, inclusive no movimento espírita, Kardec é um mero desconhecido, porquanto muita gente pode ter ouvido falar, mas desconhece seu meticuloso trabalho, sua verve literária e sua personalidade firme e racional. Muitos já ouviram falar de Kardec, mas poucos se propõem a estudar suas obras e pesquisar suas linhas traçadas com suor. Muitos dizem admirar seu legado, mas desprezam a prática da frase que cunhou de forma inspirada: “Fora da caridade não há salvação”.

 

Segundo narra a história, certa vez disse o admirável Ludwig van Beethoven a um crítico: “Minha música não é para você, mas, sim, para uma era futura”. Podemos tomar como  exemplo a frase do compositor e, com algumas modificações, deixá-la assim, referente ao legado de Allan Kardec: “A obra que codificou aterrissou na Terra para instruir os homens no século XIX, no entanto, por teimosia e negligência ainda não é observada em plenitude, ficando, pois, para uma era futura”.

 

Em realidade, caro leitor, os homens de gênio enxergam a vida por cima, do alto de seu conhecimento aquilatado nas incontáveis viagens pelo universo. É, portanto, até natural que o homem comum se surpreenda com as ideias dos grandes vultos e as deixem esquecidas por um tempo. Para tudo é necessário adaptação; diante das grandes descobertas o homem experimenta primeiro o estágio da surpresa e crítica, não raro feroz. Mais adiante, já um pouco mais amadurecido, começa a refletir e, por fim, calejado e experiente atinge o estágio da aceitação e assimilação. Mas isso demanda tempo, anos e anos de experiência, dores e vitórias são transcorridos para o despertar do ser humano.

 

Não há dúvidas que já adentramos o estágio da aceitação dos conceitos codificados por Allan Kardec, haja vista grande parcela da população mundial aceitar temas como: reencarnação, comunicabilidade dos Espíritos e pluralidade dos mundos habitados, porém, é preciso avançar mais para que cheguemos até o estágio da assimilação, principalmente no tocante a já citada frase: “Fora da caridade não há salvação”. E, quando houvermos assimilado a caridade como ensinou Kardec, modificaremos os padrões de nossa Terra escola, transformando-a de mundo de expiação e provas para mundo de regeneração. Portanto, imperioso é homenagear Kardec e seu legado, estudando-o, pesquisando-o e praticando-o. É preciso praticar Kardec, porquanto, quando a maturidade conquistar o cérebro humano e a bondade arrebatar o coração, veremos, sem dúvidas, as lições da codificação da Doutrina Espírita estampadas nas mais diversas religiões, celebrando a paz na Terra e mostrando com clareza a todos os homens as leis que regem com perfeição a sublime sinfonia da vida. Diante disto, certamente o pedagogo francês será lembrado pelas páginas da história como o aplicado aluno de Jesus que ensinou ao homem os caminhos para a autoeducação. Fica, pois, registrada nossa homenagem à grande figura humana de Hippolyte Léon Denizard Rivail, lembrando sempre: É necessário estudá-lo para bem compreendê-lo.
 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita