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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 105 – 3 de Maio de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(Parte 16)

Damos continuidade ao estudo da obra Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Os médicos da Terra contam com amigos espirituais que os ajudam?

R.: Evidentemente. "Todos os médicos – disse Maurício a André Luiz –, ainda mesmo quando materialistas de mente impermeável à fé religiosa, contam com amigos espirituais que os auxiliam. A saúde humana é dos mais preciosos dons divinos". Ele explicou então que, por parte de quantos ajudam a marcha hu­mana, na esfera espiritual, há sempre medidas de proteção à harmonia orgânica, para que a saúde das criaturas não seja prejudicada. Alu­dindo aos erros tremendos que se verificam na medicina, disse que os protetores invi­síveis não os podem evitar. "Nossa colaboração não pode ultrapassar o campo receptivo daquele que se interessa pela cura alheia ou pelo pró­prio reajustamento. Entretanto, realizamos sempre em favor da saúde geral quanto nos é possível." (Libertação, cap. X, pp. 130 e 131.)

B. O Espírito da falecida esposa do psiquiatra rondava seu lar?

R.: Sim. A primeira esposa permanecia ligada à organização doméstica, que considerava sua propriedade exclusiva. Os dois filhos que deixara, em conflito com o pai e com a madrasta, concorriam para mantê-la presente no lar e, por isso, o duelo mental na casa era enorme. Ninguém cedia, ninguém des­culpava e o combate espiritual permanente transformava o recinto numa arena de trevas. (Obra citada, cap. X, pp. 131 a 133.)

C. A beleza física reproduz a beleza da alma encarnada?

R.: Nem sempre. É o que André mostra na obra em foco. Diz ele que a segunda esposa do médico impressionava pelo apuro da apresentação. A pintura do seu rosto era admirável. O traje elegante e sóbrio, as joias discretas e o penteado harmonioso realça­vam-lhe a profundeza do olhar, mas ela rodeava-se de substância fluí­dica deprimente, de um halo plúmbeo que denunciava sua posição de inferiori­dade. Terminado o almoço, após uma infeliz discussão com o marido, a jovem mulher buscou repousar num divã largo e macio, onde adormeceu. André viu, então, que seu perispírito estampava no semblante os si­nais das bruxas dos velhos contos infantis. A boca, os olhos, o nariz e os ouvidos revelavam algo de monstruoso. A própria esposa desencar­nada, ali presente, por medo, recuou semi-espavorida, tentando ocultar-se junto do filho. A cena lembrou a André o livro de Oscar Wilde que conta a história do retrato de Dorian Gray. Maurício esclareceu: "Sim, meu amigo, a imaginação de Wilde não fantasiou. O homem e a mulher, com os seus pensamentos, atitudes, palavras e atos criam, no íntimo, a verdadeira forma espiritual a que se acolhem. Cada crime, cada queda, deixam aleijões e sulcos horrendos no campo da alma, tanto quanto cada ação generosa e cada pensamento superior acrescentam beleza e perfeição à forma perispirítica, dentro da qual a individualidade real se manifesta, mormente depois da morte do corpo denso". "Há criaturas belas e admiráveis na carne e que, no fundo, são verdadeiros monstros mentais, do mesmo modo que há corpos torturados e detestados, no mundo, escondendo Espíritos angélicos, de celestial formosura." (Obra citada, cap. X, pp. 133 a 135.)

Texto para leitura

66. Auxílio aos médicos - A entidade espiritual pousou a destra na fronte do médico e este, embora relutasse bastante, sugeriu ao esposo aflito: "Por que não tenta o Espiritismo? Conheço ultimamente alguns casos intrincados que vão sendo resolvidos, com êxito, pela psicotera­pia..." O esposo de Margarida recebeu com simpatia o conselho do psiquiatra, que, havendo receitado alguns medicamentos, logo se retirou, sob o riso escarninho de Saldanha, que dominava amplamente a situação. Gúbio, após ligeira conversa com o diretor da falange, pediu a André que acompa­nhasse o médico, retornando a casa dentro de algumas horas. Distan­ciado dali, André acercou-se da entidade que assistia o médico de perto e entabulou com o novo amigo amistoso diálogo. Tra­tava-se de Maurício, que fora enfermeiro do esculápio e agora, desen­carnado, re­cebera a tarefa de ampará-lo nos empreendimentos profissio­nais. "Todos os médicos -- asseverou o amigo ---, ainda mesmo quando materialistas de mente impermeável à fé religiosa, contam com amigos espirituais que os auxiliam. A saúde humana é dos mais preciosos dons divinos". Expli­cou então que, por parte de quantos ajudam a marcha hu­mana, na esfera espiritual, há sempre medidas de proteção à harmonia orgânica, para que a saúde das criaturas não seja prejudicada. Alu­dindo aos erros tremendos que se verificam na medicina, disse que os protetores invi­síveis não os podem evitar. "Nossa colaboração não pode ultrapassar o campo receptivo daquele que se interessa pela cura alheia ou pelo pró­prio reajustamento. Entretanto, realizamos sempre em favor da saúde geral quanto nos é possível."  E, numa expressão profundamente signi­ficativa, acentuou: "Ah! se os médicos orassem!" (Cap. X, pp. 130 e 131)

67. Conflitos no lar - A residência confortável onde morava o psiquiatra transbordava de fluidos desagradáveis. O clima doméstico era perturbador. Maurício elucidou estar sumamente interessado em que seu amigo se enfronhasse no trato com as magnas questões da alma, para aperfeiçoar-se na tarefa junto à enferma. Para isso, encaminhara, de forma indireta, livros e publicações sobre o assunto até aquela casa; entretanto, os preconceitos da classe médica e a influência perniciosa de sua segunda esposa agiam contra tais propósitos. O médico, não su­portando a viuvez, desposara cinco anos antes uma jovem que lhe exigia pesado tributo à maturidade respeitável. Além disso, a primeira esposa permanecia ligada à organização doméstica, que considerava sua pro­priedade exclusiva. Os dois filhos que deixara, em conflito com o pai e com a madrasta, concorriam para mantê-la presente no lar e, por isso, o duelo mental na casa era enorme. Ninguém cedia, ninguém des­culpava e o combate espiritual permanente transformava o recinto numa arena de trevas. De fato, André viu a ex-esposa, sem o corpo físico, em singular posição de revolta, abraçada a um dos filhos, moço com presumíveis dezoito anos, que fumava nervosamente. Via-se nele a condição de vaso receptivo da perturbada mente materna. Ideias inquietan­tes e delituosas povoavam a mente do jovem. Fios muito tênues de força magnética ligavam-no à mãe infeliz. Embora o socorro de Maurício, nem ele, nem aquela que fora a sua genitora, se mostravam suscetíveis à influenciação restauradora. O campo era efetivamente refratário ao es­piritualismo de ordem superior, explicou Maurício. Nesse instante, o médico chegou a casa e logo recebeu de seu filho recriminações acer­bas, em vista de se haver demorado para o almoço. Iniciava-se novo "round" de vibrações antagônicas. A ex-esposa veio sobre o esculápio, furiosamente. O dono da casa não lhe assinalou os punhos ativos no rosto, mas o sangue concentrou-se-lhe na região das têmporas, tin­gindo-se-lhe a máscara fisionômica de cólera indisfarçável. Resmungou então algumas palavras saturadas de indignação e perdeu, de todo, o contacto espiritual com seu protetor. (Cap. X, pp. 131 a 133)

68. Uma bruxa em forma de mulher - A cena mostrava por que é difícil aos mentores aproximar-se, na esfera física, daqueles a quem se propõem auxiliar. Um homem intelectualizado, como o médico, deveria sentir santa curiosidade diante da vida, abstendo-se de certo comércio mais intenso com a satisfação egoística da experiência no corpo, mas a criatura humana costuma persegui-la até o desgaste completo da forma carnal. "Por mais que a convoquemos à preciosa viagem da periferia para o centro, a fim de que ela se amolde aos imperativos da vida que a espera, além do sepulcro, nosso esforço é quase sempre considerado adiável e inútil", asseverou Maurício. "E observemos que nos achamos à frente de um homem chamado pelo campo social ao ministério da cura." Posta a mesa para o almoço, a segunda esposa do médico impressionava pelo apuro da apresentação. A pintura do rosto era admirável. O traje elegante e sóbrio, as joias discretas e o penteado harmonioso realça­vam-lhe a profundeza do olhar, mas rodeava-se ela de substância fluí­dica deprimente. Um halo plúmbeo denunciava sua posição de inferiori­dade. Socialmente, devia ser uma dama das de mais fino trato; contudo, terminado o almoço, deixou positivamente evidenciada sua deplorável condição psíquica. Após uma infeliz discussão com o marido, a jovem mulher buscou repousar num divã largo e macio, onde adormeceu. Com surpresa, André viu que seu perispírito estampava no semblante os si­nais das bruxas dos velhos contos infantis. A boca, os olhos, o nariz e os ouvidos revelavam algo de monstruoso. A própria esposa desencar­nada, ali presente, não ousou enfrentá-la, mas recuou semi-espavorida, tentando ocultar-se junto do filho. A cena lembrou a André o livro de Oscar Wilde que conta a história do retrato de Dorian Gray. Maurício esclareceu: "Sim, meu amigo, a imaginação de Wilde não fantasiou. O homem e a mulher, com os seus pensamentos, atitudes, palavras e atos criam, no íntimo, a verdadeira forma espiritual a que se acolhem. Cada crime, cada queda, deixam aleijões e sulcos horrendos no campo da alma, tanto quanto cada ação generosa e cada pensamento superior acrescentam beleza e perfeição à forma perispirítica, dentro da qual a individualidade real se manifesta, mormente depois da morte do corpo denso". "Há criaturas belas e admiráveis na carne e que, no fundo, são verdadeiros monstros mentais, do mesmo modo que há corpos torturados e detestados, no mundo, escondendo Espíritos angélicos, de celestial formosura." (Cap. X, pp. 133 a 135)

69. É essencial o trabalho no bem - Atendendo à sugestão do médico, Gabriel conduziu a esposa enferma ao exame de afamado professor em ciências psíquicas. Gúbio não gostou nada da ideia, porque a medida seria improfícua. Explicou que o professor indicado era portador de dons medianímicos notáveis, mas não oferecia proveito substancial aos que dele se acercavam, por guardar a mente muito presa aos interesses vulgares da experiência carnal. "Fazer psiquismo -- disse Gúbio -- é atividade comum, tão comum quanto qualquer outra. O essencial é desen­volver trabalho santificante." Se o detentor desses recursos não se acha interessado em gastá-los a favor da felicidade dos semelhantes, o conhecimento -- tal como ocorre com o dinheiro e todos os talentos -- apenas lhe agravará os compromissos no egoísmo praticado, na distração inoperante ou na perda lamentável de tempo. Saldanha acompanhou os preparativos do casal, sem desgarrar-se da jovem senhora. Poucos minu­tos antes das 11 horas, estavam todos em vasto salão de espera aguar­dando a chamada. O ambiente assemelhava-se a larga colmeia de traba­lhadores desencarnados, tal o número dos que acompanhavam os encarna­dos ali presentes. Entidades de reduzida expressão evolutiva iam e vinham, prestando pouca atenção a André e seus companheiros. Como Sal­danha mantinha Margarida sob severa custódia, Gúbio, alegando inte­resse na sondagem do ambiente, afastou-se um pouco, junto com André, detendo-se no exame acurado dos consulentes. (Cap. XI, pp. 136 a 138) (Continua no próximo número.)   


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita