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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 103 – 19 de Abril de 2009

WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)


As sacolas plásticas e o
meio ambiente


A utilização de sacolas plásticas está enraizada em nossa cultura e faz parte do repertório de costumes do mundo contemporâneo. Nos supermercados, farmácias, açougues, lojas, o vendedor está condicionado a colocar o produto adquirido dentro da famosa sacolinha plástica. O consumidor, por sua vez, também está condicionado a aceitar de bom grado o produto, com a sacola de brinde. É automático, mecânico, o vendedor saca a sacolinha e deposita o produto dentro, o consumidor a leva embora. O prejuízo desse condicionamento fica para o meio ambiente, que recebe um material com prazo de validade indeterminado. O jornalista André Trigueiro, em seu artigo “A farra dos sacos plásticos”, nos traz a seguinte informação: Lixão em SP recebe 250 toneladas por dia com a multiplicação indiscriminada de sacos plásticos na natureza. Uma notícia lamentável, sem dúvida. Poderia ser diferente. Ah, se poderia... 

Entretanto, justiça seja feita: a mídia e alguns militantes do Verde querem transformar as sacolas plásticas nas grandes vilãs pelo caos ambiental em que estamos mergulhados. Isso é uma verdade parcial. As sacolas não têm vontade própria, obedecem tão-somente às iniciativas do Homem, este sim o grande e verdadeiro responsável pela degradação do meio ambiente. 

No entanto, chega de arrumar culpados. Chega da cultura de procurar culpados e se esquecer da solução. É importante trabalharmos pela solução. E qual a solução para o entrevero envolvendo as sacolas e o meio ambiente? Exterminar as sacolas ou explodir o planeta? Obviamente que nenhuma das alternativas. Há um remédio eficaz para isso, trabalhoso, mas eficaz. A união da educação com a criatividade é o grande caminho para que não necessitemos exterminar as sacolas plásticas nem degradar o meio ambiente. 

Educação que faz um consumidor consciente. Ora, não é preciso colocar um aparelho de barbear, por exemplo, numa sacola plástica. Ele cabe muito bem na bolsa ou  pochete. Na falta de ambas podemos levá-lo com os próprios punhos, dispensando a sacolinha. 

Criatividade que faz do plástico não um material que agride o meio ambiente, ao contrário, um gerador de riquezas. Como? Mágica? Não, nada disso. A partir da reciclagem e fundição que transformam as sacolas plásticas em subprodutos do plástico, dando origem a bancos, cadeiras, descansos para os pés, jogos, móveis, enfim, uma diversidade de produtos que variam conforme a imaginação humana. Uma indústria de embalagem plástica no sul do país faz a seguinte operação: junta as sacolas plásticas, funde, tritura e derrete, transformando-as em material sólido, batizado de tábua de plástico, ou tábua ecológica. Após a operação as tábuas são repassadas aos estudantes do curso de engenharia de uma universidade próxima, o resultado é notável: bancos, floreiras, lembranças para presentes, descanso para os pés, todos oriundos das sacolas plásticas que seriam descartadas no meio ambiente. Um lixo que se transforma em riqueza. Em um banco de plástico são utilizadas 9.000 sacolas plásticas, que em vez de agredirem o meio ambiente colaboram para que necessidades sejam supridas. Questão de bem aproveitar aquilo que tiramos da natureza, ou seja, usar a criatividade. Dá trabalho é verdade, mas o que conseguimos sem trabalho? Detalhe importante: um banco confeccionado a partir do PEAD (Polietileno de Alta Densidade) – é este o nome da matéria-prima das sacolas plásticas –, não pega fungo nem cupim, não apodrece, dura mais e é muito mais higiênico do que os bancos de madeira. 

O governo também deve participar com mais ênfase na questão pertinente às sacolas plásticas. Sim, contribuir subsidiando as pequenas e médias indústrias de embalagens para que elas possam se adequar a essa realidade notável dos subprodutos do plástico. Mas é relevante salientar: a criatividade sem educação vale pouco, pouquíssimo. Ou nos educamos ou vamos explodir o planeta, com ou sem sacolas plásticas. 

Pensemos nisso.

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita