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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 103 – 19 de Abril de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(Parte 14)

Damos continuidade ao estudo da obra Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que espécie de ação os obsessores exerciam contra Margarida?

R.: A principal era a vampirização, que se fazia de forma incessante. As energias usuais do corpo pareciam transportadas às formas ovoides, que se alimentavam delas, automaticamente, num movimento indefinível de sucção. Em vista disso, Margarida estava exausta e amargurada e seus olhos espantados davam ideia dos fenômenos alucinatórios que lhe acometiam a mente, deixando perceber o baixo teor das visões e audições interiores a que se via submetida. Mais alguns dias e tudo estaria concluído, assim pensava o diretor da falange. (Libertação, cap. IX, pp. 115 e 116.) 

B. Na igreja eram muitos os desencarnados em desequilíbrio?

R.: Sim. A turba de desencarnados, todos em desequilíbrio, era talvez cinco vezes maior que a assembleia de crentes encarnados, e eles ali se achavam, evidentemente, com o propósito deliberado de perturbar e iludir. (Obra citada, cap. IX, pp. 116 a 118.) 

C. A fé é importante em nosso processo evolutivo?

R.: Sim, mas sozinha não basta. "A confiança no bem e o entusiasmo de viver que a luz religiosa nos infunde -- disse Gúbio -- modificam-nos a tonalidade vibratória. Lucramos infinitamente com a imersão das forças interiores no sublimado idealismo da crença santificante a que nos afeiçoamos; todavia, o serviço real que nos cabe não se resume só a palavras". "A profissão de fé não é tudo." (Obra citada, cap. IX, pp. 119 e 120.) 

Texto para leitura

57. Em casa de Margarida - No dia seguinte, Gúbio e seus amigos diri­giram-se para confortável residência, onde inesperado espetáculo os surpreenderia. O edifício denunciava a condição aristocrática dos mo­radores. A casa estava cercada por entidades espirituais de aspecto deprimente. Eram muitos os Espíritos inferiores que afluíram à sala de entrada, sondando-lhes as intenções, mas os benfeitores espirituais tudo fizeram para parecerem delinquentes vulgares. Gúbio se fizera tão escuro, tão opaco na organização perispirítica, que de modo algum se faria reconhecível. Saldanha, o diretor da falange operante, veio re­cebê-los. Inicialmente fez-lhes gestos hostis, mas, ante a senha que Gregório lhes dera, admitiu-os na condição de companheiros importan­tes. "O chefe deliberou apertar o cerco?", perguntou Saldanha. "Sim -- informou Gúbio --, desejaríamos examinar as condições gerais do as­sunto e auscultar a doente". Eles passaram então por um vasto corredor atulhado de substâncias fluídicas detestáveis. Saldanha os acompanhou, um tanto solícito, mas também desconfiado, até a entrada de grande quarto. Lá fora, a manhã resplandecia, e o sol penetrava o comparti­mento, através da vidraça cristalina. Margarida, a obsidiada que Gúbio se propunha socorrer, ali estava, mostrando extrema palidez nas linhas nobres do semblante digno. A seu lado, dois desencarnados, de horrível aspecto, inclinavam-se, confiantes e dominadores, sobre o busto da en­ferma, submetendo-a a complicada operação magnética. A surpresa maior, porém, ocorreu quando André examinou com atenção a cabeça da jovem. Interpenetrando a matéria espessa da cabeceira em que descansava, sur­giam algumas dezenas de corpos ovoides, de vários tamanhos e cor plúmbea, assemelhando-se a grandes sementes vivas, atadas ao cérebro da paciente através de fios sutilíssimos, cuidadosamente dispostos na medula alongada. A obra dos perseguidores desencarnados era meticulosa e cruel. (Cap. IX, pp. 113 e 114) 

58. Vampirização incessante - Margarida estava presa não só aos trucu­lentos perturbadores que a assediavam, mas também à vasta falange de entidades inconscientes que se caracterizavam pelo veículo mental, a se apropriarem de suas forças, vampirizando-a em processo intensivo. Verificava-se ali um cerco tecnicamente organizado. Claro que as for­mas ovoides haviam sido trazidas até ela por hipnotizadores desen­carnados. André observou que todos os centros metabólicos da enferma estavam controlados por seus verdugos. A vampirização era incessante. As energias usuais do corpo pareciam transportadas às formas ovoides, que se alimentavam delas, automaticamente, num movimento indefinível de sucção. A infortunada mulher deveria ter sido colhida através do sistema nervoso central, de vez que os propósitos sinistros dos perse­guidores se faziam patentes quanto à vagarosa destruição das fibras e células nervosas. Margarida estava exausta e amargurada e seus olhos espantados davam ideia dos fenômenos alucinatórios que lhe acometiam a mente, deixando perceber o baixo teor das visões e audições interiores a que se via submetida. Gúbio, apesar do sentimento de piedade que nu­tria pela jovem, a quem amava por filha muito querida ao coração, man­teve-se impassível. Depois, demorou o olhar bondoso em Saldanha, como a pedir-lhe impressões mais profundas. Eles estavam em serviço ativo havia dez dias, informou Saldanha, e não haviam contado com qualquer resistência. Mais alguns dias e tudo estaria concluído, avaliou o di­retor da falange. (Cap. IX, pp. 115 e 116)

59. Na igreja - Saldanha, atendendo a uma pergunta de Gúbio, informou que o marido de Margarida não tinha a menor noção de vida moral. "Não é mau homem; todavia, no casamento foi apenas transferido de gozador da vida a homem sério. A paternidade constituir-lhe-ia um trambolho e filhinhos, se os recebesse, não passariam para ele de curiosos brin­quedos", acrescentou o diretor da falange. Pouco depois, o esposo da vítima entrou no quarto e ajudou-a, prestimoso, a vestir-se. Decorri­dos alguns minutos, o casal, acompanhado por extensa súcia de perse­guidores, tomou um táxi em direção de um templo católico. Eles iam à missa, na esperança de melhoras. O veículo parecia um carro de festa carnavalesca. Entidades diversas aboletavam-se dentro e em torno dele, desde o paralamas até o teto. À porta da igreja, André notou estranho espetáculo. A turba de desencarnados, todos em desequilíbrio, era tal­vez cinco vezes maior que a assembleia de crentes encarnados. Eles ali se achavam, evidentemente, com o propósito deliberado de perturbar e iludir. No templo comprimiam-se nada menos de sete a oito centenas de pessoas. A algazarra dos ignorantes desencarnados era de ensurdecer. A atmosfera pesava e a respiração fizera-se difícil pela condensação dos fluidos semicarnais ali reinantes. Dos objetos e adornos do culto ema­nava, porém, doce luz que se espraiava pelos cimos da nave iluminada pelo sol. Era perceptível a nítida linha divisória entre as energias da parte inferior do recinto e as do plano superior. Dividiam-se os fluidos, à maneira de água cristalina e azeite puro, num grande reci­piente. André estranhou no local as imagens de escultura. Gúbio con­firmou que era, realmente, um erro criar ídolos de barro ou de pedra para simbolizar a grandeza do Senhor, quando nossa obrigação principal é render-lhe culto na própria consciência. A Bondade Divina é, porém, infinita e ali eles se achavam perante apreciável quantidade de mentes infantis, a quem o Senhor jamais abandona, socorrendo-lhes sempre as necessidades educativas. Naquela casa de oração, os altares recebiam as projeções de matéria mental sublimada dos crentes. Havia quase um século que as preces fervorosas de milhares deles envolviam-lhe os ni­chos e os apetrechos de culto. Era por isso que eles resplandeciam. (Cap. IX, pp. 116 a 118) 

60. Profissão de fé não basta - Era através daquele material que os mensageiros espirituais distribuíam dádivas espirituais a todos quan­tos sintonizavam com o plano superior. "A luz que oferecemos ao Céu -- disse Gúbio -- serve sempre de base às manifestações do Céu para a Ter­ra". André observou, contudo, que quase todos ali presentes, mesmo aqueles que portavam delicados objetos de culto, revelavam-se mental­mente muito distantes da verdadeira adoração à Divindade. O halo vital de que se cercavam definia pelas cores o baixo padrão vibratório a que se acolhiam. Em grande parte, dominavam o pardo-escuro e o cinzento-carregado. Em alguns, os raios rubro-negros denunciavam cólera vinga­tiva que não conseguiam disfarçar. Entidades desencarnadas, em deplo­rável situação, espalhavam-se em todos os recantos, nas mesmas carac­terísticas. A oração exigia dos crentes imenso esforço. Quando se ini­ciou a cerimônia, André notou com grande assombro que o sacerdote e seus ajudantes, apesar de se dirigirem para o campo de luz do altar-mor, envergando soberba vestimenta, jaziam em sombras, sucedendo o mesmo aos assistentes. Todavia, procedendo de mais alto, três entida­des de sublime posição hierárquica se fizeram visíveis à santa mesa, onde magnetizaram as águas expostas, saturando-as de princípios salu­tares e vitalizantes, como acontece nas sessões de Espiritismo Cristão, e, em seguida, passaram a fluidificar as hóstias, transmitindo-lhes energias sagradas à fina contextura. As entidades inferiores não percebiam, porém, a presença dos nobres emissários espirituais. Na plateia, pelo halo das pessoas, André notou que muitos frequentadores se esforçavam por melhorar sua atitude mental na oração. Reflexos arroxeados, tendendo a vacilante brilho, apareciam aqui e acolá; con­tudo, os malfeitores desencarnados propositadamente se postavam ao pé dos que se candidatavam à fé renovadora e reverente, buscando con­turbá-los. Perto dali, dois espíritos bem atrasados tentavam anular a atenção de uma senhora que buscava alçar-se na prece elevada, suge­rindo-lhe reminiscências de baixo teor que lhe tornavam infrutífera a tentativa. Gúbio aproveitou o ensejo para dizer que a história de gê­nios satânicos atacando os devotos de variados matizes era, no fundo, verdadeira. Interessa às inteligências pervertidas a ignorância das massas. Por isso mesmo, a aquisição de fé demanda trabalho individual dos mais persistentes. "A confiança no bem e o entusiasmo de viver que a luz religiosa nos infunde -- disse o Instrutor -- modificam-nos a tonalidade vibratória. Lucramos infinitamente com a imersão das forças interiores no sublimado idealismo da crença santificante a que nos afeiçoamos; todavia, o serviço real que nos cabe não se resume só a palavras". "A profissão de fé não é tudo." (Cap. IX, pp. 119 e 120) (Continua no próximo número.)   


 


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