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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 103 – 19 de Abril de 2009

CHRISTINA NUNES
cfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 

Legalização da morte



A trágica história da menina de Pernambuco nos compele a, ainda uma vez, abordar o tema.


Legalização da morte para preservar a vida: desde Nero à nossa era de lutas insólitas, onde forças contrárias se embatem contra e a favor deste despautério, esta sempre foi a grande desculpa de todos os tiranos.


Em todos os tempos os homens mobilizaram ferramentas legais para a justificativa do instrumento do assassínio, estranhamente alegando fatores que envolvem a preservação da vida e da paz. Em todas as épocas promoveram-se guerras e chacinas em países alheios, justamente em prol da paz, e notadamente em nossos tempos, no chamado "combate ao terror".

 
Formaliza-se a pena de morte como punição máxima, contraditoriamente, visando coibir os desmandos insanos da prática, contra o próximo, da violência extrema, da crueldade e da morte.

 

E agora se empenham encarniçadamente em legalizar, mais uma vez, a morte, pretensamente em favor da vida! Trucidando-se barbaramente inocentes indefesos, crianças ainda em formação no ventre materno!


É o paroxismo de terror dos nossos tempos, sequela e sinalização indiscutível dos extremos de insensatez a que chegou uma civilização cujos valores morais, estes, sim, de há muito abortados, para dar lugar a toda espécie de excessos comportamentais que venham não solucionar qualquer problema social ligado à miséria ou à própria violência, mas somar mais violência e intolerância à vida humana.


Há dias publiquei neste espaço, e a Globo transmitia, em reportagem do noticiário das dezenove horas, matéria referindo ao exemplo da Família Santa Clara, um casal empenhado – em Vargem Grande, no Rio de Janeiro, e contando apenas com a própria grandeza d'alma e com subsídios de amigos que se aliam à nobre causa – em acolher dezenas e dezenas de menores em situação de indigência, desvalidos ou segregados socialmente, oferecendo-lhes tudo o que é necessário a uma vida digna, antes de tudo de direito: educação, reintegração sadia na família, lazer, cultura, amparo material, emocional e espiritual – amor!


Uma das múltiplas demonstrações inquestionáveis de que a solução mais cabível, mais bem-vinda para os nossos grandes desafios é a autêntica preservação e valorização da vida em cada indivíduo! Não a disseminação de mais morte como  o querem os fatalistas e precipitados de plantão, imaturos de espírito, desejosos de impor a problemas criados pelos próprios desvarios de nossa sociedade soluções fáceis, práticas e irresponsáveis – para não referir: hediondas! Pois, para confirmá-lo, basta que procurem, por alto, dar uma vista d' olhos, em imagens fotográficas ou em vídeo, no terror que é o aborto! Conversem um pouco com quem priva de perto com tal realidade espúria! E depois que se discuta o assunto em consciência e com propriedade!


Já foi comprovado cientificamente que o feto sente dor. E em nada ajudaria a legalização desta prática, ao contrário do que se pensa, para sanar os problemas das populações socialmente desfavorecidas. Para tanto, educação, sim, é a chave – um investimento a longo prazo que às autoridades não interessa muito, de uma ótica imediatista e eleitoreira, na questão do controle de natalidade, já que não faz estardalhaço como as "Cidades da Música" e o acolhimento da Copa de 2014.


Muito mais fácil e mais prático matar, forjando o ardil das justificativas socialmente louváveis e números estatísticos mentirosos de apoio da população neste sentido, pois é notório em qualquer forum sobre o assunto que a maioria ainda se posiciona contra este ato de absoluta insanidade, crueldade e incompetência para se resolver problemas sérios à coletividade, de modo sensato e saudável, gerados antes pelas desigualdades sociais que encontram suas causas na questão da educação deficitária, como foi dito, e nos descalabros de ordem econômica vigentes no mundo.


O caso da menina de Pernambuco foi mais uma entre as muitas tragédias semelhantes e cotidianas no nosso país. Impossível formular, a nível individual, qualquer julgamento de valor em relação à infeliz família envolvida; e, neste caso, consideramos que, sim, a dita excomunhão da Igreja Católica é autêntica mostra de insensatez. Todavia, saibamos separar as coisas: a Igreja erra no momento em que se arvora em inquisidora e excomunga – pois nem o Criador o faz, renovando os dias para a devida reformulação de atitudes de todos, algozes e vítimas; mas não erra ao defender ferrenhamente a vida!


Busquem-se, então, soluções viáveis, neste como noutros casos extremos, de defesa real da Vida! Adote-se, encaminhe-se à guarda e amparo adequado crianças cujas mães, por uma ou outra razão, se vejam impossibilitadas material e emocionalmente de acolher os pequenos.


Mas não, e nunca!, o assassínio, pois não há justificativa que endosse a matança sanguinária, ainda que legalizada, de crianças! De bebês! Dos nossos futuros filhos, completamente vulneráveis e ainda em formação!

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita