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Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 99 – 22 de Março de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(Parte 10)

 
Damos continuidade ao estudo da obra
Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como pode uma pessoa obsidiada por um Espírito libertar-se da maléfica entidade?

R.: Gúbio diz que para isso lhe é preciso manter-se num padrão de firmeza superior, com suficiente disposição para o bem. Com esse esforço, nobre e contínuo, melhorará intensivamente seus princípios mentais e, ao invés de converter-se em material absorvente das irradiações enfermiças e de­pressivas, passará a emitir raios transformadores e construtivos, em benefício de si mesma e das entidades que se lhe aproximarem do caminho. "Em todos os quadros do Universo – aduziu o Instrutor – somos satélites uns dos outros. Os mais fortes arrastam os mais fracos, entendendo-se, porém, que o mais frágil de hoje pode ser a potência mais alta de amanhã, conforme nosso aproveitamento individual." (Libertação, cap. VI, pp. 82 a 84.)  

B. Que significa o fenômeno chamado “segunda morte”?

R.: Essa denominação é aplicada no plano espiritual aos casos em que há perda do veículo perispiritual, que é, segundo o Instrutor Gúbio, transfor­mável e perecível, embora estruturado em um tipo de matéria mais rare­feita.  Assim como há companheiros que se desfazem dele rumo a esferas sublimes, os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos também perdem, um dia, a forma perispiritual. Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões absorventes que por muitos anos ele­geram em centro de interesses fundamentais. "Grande número, nessas circunstâncias, mormente os participantes de condenáveis delitos, imantam-se aos que se lhes associaram nos crimes", informou Gúbio. De fato, diz André, pequenas esferas ovoides, cada uma das quais pouco maior que um crânio humano, estavam ligadas a duas mulheres que conversavam, rente à cela em que ele se encontrava. Grande número de entidades, em desfile nas vizi­nhanças da grade, transportavam essas esferas vivas, como que imanta­das às irradiações que lhes eram próprias. As formas variavam profusamente nas particula­ridades. Algumas denunciavam movimento próprio, ao jeito de grandes amebas, respirando naquele clima espiritual; outras pareciam em re­pouso, aparentemente inertes, ligadas ao halo vital das personalidades em movimento. (Obra citada, cap. VI, pp. 84 a 86.) 

C. Em que, afinal, consiste a existência terrestre?

R.: Ela não passa de um estágio educativo, dentro da eternidade, e a ela ninguém é cha­mado a fim de candidatar-se a paraísos de favor e, sim, à moldagem viva do céu no santuário do Espírito, pelo máximo aproveitamento das oportunidades recebidas no aprimoramento de nossos valores mentais, com o desabrochar e evolver das sementes divinas que trazemos co­nosco. Para tanto, faz-se indispensável a disciplina dos impulsos pessoais, o es­forço perseverante no infinito bem, a aquisição de luz para a vida imperecível. "Cada criatura nasce na Crosta da Terra para enriquecer-se através do serviço à coletividade”, diz Gúbio. “Sacrificar-se é superar-se, con­quistando a vida maior. Por isso mesmo, o Cristo asseverou que o maior no Reino Celeste é aquele que se converter em servo de todos." (Obra citada, cap. VI, pp. 86 e 87.) 

Texto para leitura

40. O "perigo" das orações - André observou depois uma dupla feminina  que conversava na rua, rente à cela. Uma mulher desencarnada falava para a amiga, ainda encarnada, parcialmente desprendida do corpo denso nas asas do sono: "Notamos que você, ultimamente, anda mais fraca, mais serviçal... Estará desencantada, quanto aos compromissos assumi­dos?"  A interpelada, um tanto confundida, disse que seu marido, João, filiara-se a um grupo de preces, o que, de algum modo, lhes vinha al­terando a vida. A entidade desencarnada deu um salto para trás, como um animal surpreendido, e gritou: "orações? você está cega quanto ao perigo que isso significa? Quem reza cai na mansidão. É necessário espezinhá-lo, torturá-lo, feri-lo, a fim de que a revolta o mantenha em nosso círculo. Se ganhar piedade, estragar-nos-á o plano, deixando de ser nosso instrumento na fábrica". A esposa encarnada observou, de modo ingênuo: "Ele se diz mais calmo, mais confiante..." A interlocu­tora insistiu, porém, com a amiga, dizendo-lhe não ser possível fazer milagres. O concurso de João era essencial ao plano em curso, mas tudo seria em vão se continuassem as preces. "Volte para o corpo e não ceda um milímetro. Corra com os apóstolos improvisados. Fazem-nos mal. Prenda João, controlando-lhe o tempo. Desenvolva serviço eficiente e não o liberte. Fira-o devagarinho", tais foram os conselhos da astu­ciosa entidade, que, enquanto falava, envolvia a interlocutora em fluidos sombrios, à maneira dos hipnotizadores comuns. Gúbio, que tam­bém observara a cena, esclareceu que obsessão desse teor apresenta milhões de casos. De manhã cedo, aquela esposa, incapaz de apreciar a felicidade que o Senhor lhe concedera, com um casamento digno e tran­quilo, despertaria no corpo de alma desconfiada e abatida, conver­tendo-se em objeto de aflição para o esposo e prejudicando-lhe as con­quistas incipientes. (Cap. VI, pp. 82 e 83)  

41. Somos satélites uns dos outros - Como a esposa encarnada poderia libertar-se da maléfica entidade? Gúbio esclareceu que, para isso, era-lhe preciso manter-se num padrão de firmeza superior, com sufi­ciente disposição para o bem. Com esse esforço, nobre e contínuo, me­lhoraria intensivamente os seus princípios mentais e, ao invés de converter-se em material absorvente das irradiações enfermiças e de­pressivas, passaria a emitir raios transformadores e construtivos, em benefício de si mesma e das entidades que se lhe aproximassem do ca­minho. "Em todos os quadros do Universo -- disse Gúbio --, somos saté­lites uns dos outros. Os mais fortes arrastam os mais fracos, enten­dendo-se, porém, que o mais frágil de hoje pode ser a potência mais alta de amanhã, conforme nosso aproveitamento individual". O Instrutor ensinou, ainda, que expedimos raios magnéticos e recebemo-los ao mesmo tempo, sendo imperioso reconhecer que aqueles que se acham sob o con­trole de energias cegas, acomodando-se aos golpes e sugestões da força tirânica, demoram-se longo tempo na condição de aparelhos receptores da desordem psíquica. "Muito difícil reajustar alguém que não deseja reajustar-se", disse Gúbio. "A ignorância e a rebeldia são efetiva­mente a matriz de sufocantes males." (Cap. VI, pp. 83 e 84) 

42. Ovoides - André Luiz observou que certas formas indecisas, obscu­ras, semelhantes a pequenas esferas ovoides, cada uma das quais pouco maior que um crânio humano, estavam ligadas à dupla feminina que con­versava, rente à grade. As formas variavam profusamente nas particula­ridades. Algumas denunciavam movimento próprio, ao jeito de grandes amebas, respirando naquele clima espiritual; outras pareciam em re­pouso, aparentemente inertes, ligadas ao halo vital das personalidades em movimento. Aliás, grande número de entidades, em desfile nas vizi­nhanças da grade, transportavam essas esferas vivas, como que imanta­das às irradiações que lhes eram próprias. Em suas explicações, ante a surpresa de André, o Instrutor Gúbio aludiu a um fenômeno que no plano espiritual é chamado "segunda morte"... De fato, André já tivera notí­cias de amigos que perderam o veículo perispiritual, conquistando pla­nos mais altos. O vaso perispirítico, disse Gúbio, "é também transfor­mável e perecível, embora estruturado em tipo de matéria mais rare­feita". Assim como ele vira companheiros que se desfizeram dele, rumo a esferas sublimes, os ignorantes e os maus, os transviados e os cri­minosos também perdem, um dia, a forma perispiritual. Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões absorventes que por muitos anos ele­geram em centro de interesses fundamentais. "Grande número, nessas circunstâncias, mormente os participantes de condenáveis delitos, imantam-se aos que se lhes associaram nos crimes", informou Gúbio. "Se o discípulo de Jesus se mantém ligado a Ele, através de imponderáveis fios de amor, inspiração e reconhecimento, os pupilos do ódio e da perversidade se demoram unidos, sob a orientação das inteligências que os entrelaçam na rede do mal." (Cap. VI, pp. 84 a 86) 

43. A vida física é estágio educativo - O Instrutor mostrou a relação existente entre o enriquecimento da mente com a incorporação defini­tiva de princípios nobres e o desenvolvimento do corpo espiritual, es­truturando-o em matéria sublimada e divina. Nós imergimo-nos dentro dos fluidos carnais e deles nos libertamos, em vicioso vaivém, através de existências numerosas, até que acordemos a vida mental para expressões santificadoras. "Somos quais arbustos do solo planetário", comparou Gúbio. "Nossas raízes emocionais se mergulham mais ou menos profundamente nos círculos da animalidade primitiva. Vem a foice da morte e sega-nos os ramos dos desejos terrenos; todavia, nossos víncu­los guardam extrema vitalidade nas camadas inferiores e renascemos en­tre aqueles mesmos que se converteram em nossos associados de longas eras, através de lutas vividas em comum, e aos quais nos agrilhoamos pela comunhão de interesses da linha evolutiva em que nos encontra­mos." O Instrutor prosseguiu em suas considerações: "A vida física é puro estágio educativo, dentro da eternidade, e a ela ninguém é cha­mado a fim de candidatar-se a paraísos de favor e, sim, à moldagem viva do céu no santuário do Espírito, pelo máximo aproveitamento das oportunidades recebidas no aprimoramento de nossos valores mentais, com o desabrochar e evolver das sementes divinas que trazemos co­nosco". Era indispensável a disciplina dos impulsos pessoais, o es­forço perseverante no infinito bem, a aquisição de luz para a vida im­perecível. "Cada criatura nasce na Crosta da Terra para enriquecer-se através do serviço à coletividade. Sacrificar-se é superar-se, con­quistando a vida maior. Por isso mesmo, o Cristo asseverou que o maior no Reino Celeste é aquele que se converter em servo de todos", acres­centou Gúbio. (Cap. VI, pp. 86 e 87) 

44. Os ovoides podem ouvir-nos - Tentando fazer-se bem claro em suas explicações, Gúbio comparou o homem a uma árvore. O corpo físico é o vegetal, limitado no tempo e no espaço. O perispírito é o fruto, que consubstancia o resultado das várias operações da árvore, após deter­minado período de maturação. A matéria mental é a semente, que repre­senta o substrato da árvore e do fruto. A criatura, para adquirir sa­bedoria e amor, renasce inúmeras vezes, no campo fisiológico, à ma­neira da semente que regressa ao chão. Contudo, muitos se complicam, deliberadamente, afastando-se do caminho reto na direção de zonas irregulares em que recolhem experimentos doentios e atrasam, como é natural, a própria marcha, perdendo longo tempo... Os esferoides poderiam ouvi-lo? possuiriam eles capacidade de sintonia? -- indagou An­dré. "Perfeitamente", respondeu Gúbio; todavia, a maioria das criatu­ras em semelhante posição nos sítios inferiores, quanto aquele, dormi­tam em estranhos pesadelos, registram os apelos recebidos, mas os res­pondem de modo vago, dentro da forma em que se segregam, incapazes de se exteriorizarem de maneira completa, sem os veículos mais densos que perderam, na inércia ou na prática do mal. Parecem fetos ou amebas mentais, mobilizáveis por entidades perversas ou rebeladas, e seu ca­minho é a reencarnação na Crosta da Terra ou em setores outros de vida congênere, como ocorre à semente destinada à cova escura para trabalhos de produção, seleção e aprimoramento. Os Espíritos em evolução na­tural não assinalam fenômenos dolorosos como aquele. A ovelha que prossegue, firme, na senda justa, contará sempre com os benefícios que lhe dispensa o pastor; no entanto, as que se desviam, fugindo à marcha razoável, pelo simples gosto de se entregar à aventura, nem sempre encontrarão surpresas agradáveis ou construtivas. Tornava-se mais clara, agora, para André, a importância da existência terrestre em nosso pro­cesso evolutivo. (Cap. VI, pp. 88 e 89)  (Continua no próximo número.)   


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita