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Estudando a série André Luiz
Ano 2 - N° 98 – 15 de Março de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Libertação

André Luiz

(9a Parte)


Damos continuidade ao estudo da obra
Libertação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como são considerados os homens de cultura que não utilizam seus conhecimentos em benefício dos outros?

R.: No julgamento post-mortem, o homem que ajunta letras e livros, teorias e valores científicos, sem distribuí-los a benefício dos outros, é irmão infortunado daqueles que amontoam moedas e apólices, títulos e objetos preciosos, sem ajudar a ninguém. São tratados, pelas leis eternas, como o são os avarentos. (Libertação, cap. V, pp. 75 e 76.)

B. O Espírito Seletor usava pequeno instrumento cristalino. Que aparelho era aquele?

R.: Gúbio disse tratar-se de um captador de ondas mentais. Como a seleção individual exigiria longas horas, as autoridades que dominavam a região preferiam a apreciação em grupo, o que era possível pelas cores e vibrações do círculo vital que rodeia cada um. O instrumento não era, porém, suscetível de marcar a posição das mentes que já se transferiram para uma esfera espiritual mais elevada. Era recurso para a identificação de perispíritos desequilibrados e não atingia a zona superior. (Obra citada, cap. V, pp. 76 a 78.)

C. As entidades desencarnadas daquela região exercem alguma influência sobre os encarnados?

R.: Sim; uma influência considerável, visto que, segundo Gúbio, a determinadas horas da noite, três quartos da população da Crosta se acham nas zonas de contacto com os Espíritos e a maior percentagem permaneciam detidos em círculos de baixas vibrações, como aquele. "Por aqui -- disse ele --, muitas vezes se forjam dolorosos dramas que se desenrolam nos campos da carne. Grandes crimes têm nestes sítios as respectivas nascentes e, não fosse o trabalho ativo e constante dos Espíritos protetores que se desvelam pelos homens no labor sacrificial da caridade oculta e da educação perseverante, sob a égide do Cristo, acontecimentos mais trágicos estarreceriam as criaturas." (Obra citada, cap. VI, pp. 79 e 80.)

Texto para leitura

35. A materialização - A mulher com forma de animal ficaria assim indefinidamente? Gúbio considerou: "Ela não passaria por esta humilhação se não a merecesse. Além disso, se se adaptou às energias positivas do juiz cruel, em cujas mãos veio a cair, pode também esforçar-se intima­mente, renovar a vida mental para o bem supremo e afeiçoar-se à influenciação de benfeitores que nunca escasseiam na senda redentora". "Tudo, André, em casos como este, se resume a problema de sintonia. Onde colocamos o pensamento, aí se nos desenvolverá a própria vida." Ao redor do grupo, as lamentações se fizeram estridentes. Espanto e dor dominavam a todos. O juiz determinou silêncio e censurou, aspera­mente, a atitude dos queixosos. Avisou, em seguida, que os Espíritos Seletores se materializariam, em breves minutos, e que os interessados poderiam solicitar deles as explicações desejadas. Ergueu então as mãos em mímica reverencial e fez uma invocação em alta voz. Terminada a alocução, vasto lençol nebuloso, semelhante a uma nuvem móvel, apareceu na tribuna que se mantinha, até então, despovoada. Três entidades tomaram forma perfeitamente humana, apresentando uma delas -- a de maior hierarquia espiritual -- pequeno instrumento cristalino nas mãos. Suas túnicas eram da cor do amarelo vivo e seu halo era afogueado, mais acentuadamente vivo em torno da fronte, a desferir radiações perturbadoras, que lembravam o ferro em brasa. Os dois acólitos da entidade central ali materializada tomaram folhas de apontamento num cofre próximo e desceram até as vítimas, agora mais quietas. O chefe daquele trio espiritual mostrava infinita melancolia em sua fisionomia. Diante do primeiro grupo, formado de 14 homens e mulheres de vários tipos, ele alçou o instrumento cristalino e efetuou observações que André não conseguiu registrar. Nesse momento, dois dos réus avançaram rogando socorro: "Justiça! justiça!! -- suplicou o primeiro -- estou punido sem culpa... Fui homem de pensamento e de letras, entre as criaturas encarnadas... Por que deverei suportar a companhia dos ava­rentos?" O segundo declarou: "Magistrado venerável, por quem sois!... não pertenço à classe dos sovinas. Imantaram-me a seres sórdidos e desprezíveis! Minha vida transcorreu entre livros, não entre moedas... A Ciência fascinou-me, os estudos eram meu tema predileto... Pode, assim, o intelectual equiparar-se ao usurário?" (Cap. V, pp. 73 e 74) 

36. Avareza diferente - O Espírito Seletor, mostrando reservada piedade no semblante calmo, elucidou, firme: "Clamais debalde, porque desagradável vibração de egoísmo cristalizante vos caracteriza a todos. Que fizestes do tesouro cultural recebido? Vosso tom vibratório demonstra avareza sarcástica. O homem que ajunta letras e livros, teorias e valores científicos, sem distribuí-los a benefício dos outros, é irmão infortunado daquele que amontoa moedas e apólices, títulos e objetos preciosos, sem ajudar a ninguém. O mesmo prato lhes serve na balança da vida". Um outro réu, demonstrando enorme fúria, reclamava por ter sido incluído entre caluniadores confessos, quando houvera de­sempenhado o papel de homem honrado: "Criei numerosa família, nunca traí as obrigações sociais, fui correto e digno e, não obstante apo­sentado desde cedo, cumpri todos os deveres que o mundo me assinalou..." O selecionador respondeu-lhe, sereno: "A condenação transpa­rece de vós mesmo. Caluniastes vosso próprio corpo, inventando para ele impedimentos e enfermidades que só existiam em vossa imaginação, interessada na fuga ao trabalho benéfico e salvador. Debitastes aos órgãos robustos deficiências e moléstias deploráveis, tão somente no propósito de conquistardes repouso prematuro. Conseguistes quanto pre­tendíeis. Empenhastes amigos, subornastes consciências delituosas e obtivestes o descanso remunerado, durante quarenta anos de experiência terrestre em que outra ação não desenvolvestes senão dormir e conver­sar sem proveito. Agora, é razoável que o vosso círculo vital se iden­tifique ao de quantos se mergulharam no pântano da calúnia criminosa".  Num terceiro grupo, mal aplicara o singular instrumento ao campo vi­bratório que lhes dizia respeito, foi o mensageiro abordado por uma mulher pavorosamente desfigurada, que lhe lançou queixas atrozes. Ela, que se dizia dama de nobre procedência, dona de uma casa que a encheu de trabalho, não entendia por que lhe impunham o convívio de meretri­zes. (Cap. V, pp. 75 e 76) 

37. O julgamento de André Luiz - O selecionador, com grande calma, que mais parecia frieza, decla­rou-lhe sem rodeios: "Estamos numa esfera onde o equívoco se faz mais difícil. Consultai a própria consciência. Teríeis sido, realmente, a padroeira de um lar respeitável, como jul­gais? O teor vibratório asse­vera que as vossas energias santificantes de mulher, em maior parte, foram desprezadas. Vossos arquivos mentais se reportam a desregramen­tos emotivos em cuja extinção gastareis longo tempo". "Ao que parece, o altar doméstico não foi bem o vosso lugar." A senhora gritou, gesticulou, protestou, mas os Espíritos Seletores prosseguiram na tarefa a que se impunham. Ao lado do grupo onde estava André, o dirigente aplicou o instrumento, em que se salientavam peque­ninos espelhos, e falou para os auxiliares, definindo-lhes a posição: "Entidades neutras", o que significava que, não havendo sido acusados, lhes seria possível engajar-se no serviço desejado. Que aparelho era aquele? Gúbio esclareceu: "Trata-se de um captador de ondas mentais. A seleção individual exigiria longas horas. As autoridades que dominam nestas regiões preferem a apreciação em grupo, o que se faz possível pelas cores e vibrações do círculo vital que nos rodeia a cada um". Por que eles foram considerados neutros? Explicou Gúbio: "O instru­mento não é suscetível de marcar a posição das mentes que já se trans­feriram para a nossa esfera. É recurso para a identificação de peris­píritos desequilibrados e não atinge a zona superior". Por que naquela casa se falava em nome do Governo do Mundo? Gúbio pediu a André não se esquecesse de que se encontravam num plano de matéria um tanto densa, não nos círculos santificados. Era preciso não esquecer a palavra "evolução" e lembrar que os maiores crimes das civilizações da Terra foram cometidos em nome da Divindade. (Cap. V, pp. 76 a 78) 

38. O Senhor não violenta o coração - De volta à casa de Gregório, o grupo foi transferido da cela trevosa para um aposento de janelas gradeadas, onde tudo desagradava à vista. Sua condição era ainda de simples prisioneiros. Lá fora, o nevoeiro assaltava a paisagem noturna, mas era grande o movimento na via pública, onde grupos variados conversavam, referindo-se quase todos à esfera carnal. questões minuciosas e pequeninas da vida particular eram analisadas com inequívoco interesse, mas as notas dominantes caíam no desequilíbrio sentimental e nas emoções primárias da experiência física. André percebeu diferentes expressões nos "halos vibratórios" que revestiam a personalidade dos conversadores, através de suas cores. Gúbio informou que, a determina­das horas da noite, três quartos da população da Crosta se acham nas zonas de contacto com os Espíritos e a maior percentagem permaneciam detidos em círculos de baixas vibrações, como aquele. "Por aqui -- disse Gúbio --, muitas vezes se forjam dolorosos dramas que se desen­rolam nos campos da carne. Grandes crimes têm nestes sítios as respectivas nascentes e, não fosse o trabalho ativo e constante dos Espíri­tos protetores que se desvelam pelos homens no labor sacrificial da caridade oculta e da educação perseverante, sob a égide do Cristo, acontecimentos mais trágicos estarreceriam as criaturas". André rememorou então o curso incessante das civilizações e percebeu que a Bondade do Senhor "não violenta o coração". O Reino Divino nascerá dentro dele, medrará e crescerá gradativamente, sob os impulsos construtivos do próprio homem. Que temerária a concepção de um paraíso fácil! (Cap. VI, pp. 79 e 80)  

39. Na economia da vida nada se perde - Gúbio confirmou as considerações mentais de André: "Sim, André, a coroa da sabedoria e do amor é conquistada por evolução, por esforço, por associação da criatura aos propósitos do Criador. A marcha da Civilização é lenta e dolorosa. Formidandos atritos se fazem indispensáveis para que o espírito con­siga desenvolver a luz que lhe é própria". O Instrutor esclareceu, então, que o homem encarnado vive simultaneamente em três planos diver­sos. Tal como ocorre à árvore, guarda ele raízes transitórias na vida física, estende os galhos dos sentimentos e desejos nos círculos de matéria mais leve, e é sustentado pelos princípios sutis da mente. "Na árvore, temos raiz, copa e seiva por três processos diferentes de manutenção para a mesma vida e, no homem, vemos corpo denso de carne, organização perispirítica em tipo de matéria mais rarefeita e mente, representando três expressões distintas de base vital, com vistas aos mesmos fins", acrescentou Gúbio. "A vida é patrimônio de todos, mas a direção pertence a cada um." Na economia do Senhor, coisa alguma se perde e todos os recursos são utilizados na química do Infinito Bem. É por isso que mesmo as almas caídas, como as entrincheiradas naque­les sítios, acabam exercendo funções úteis, realizando serviços que para as almas santificadas seria realmente insuportável. O Instrutor lembrou, porém, para que não houvesse qualquer dúvida, que tais cria­turas, "apesar de blasonarem inteligência e poder, permanecerão nos postos que ocupam apenas enquanto perdurar o consentimento da Divina Direção, atento ao princípio que determina tenha cada assembleia o go­verno que merece". (Cap. VI, pp. 80 a 82) (Continua no próximo número.)   

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita